Re: [obm-l] Auto-valores de grafos

2004-08-27 Por tôpico Domingos Jr.
Agora parece ok!
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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Re: [obm-l] Auto-valores de grafos

2004-08-26 Por tôpico Claudio Buffara
on 26.08.04 11:42, Claudio Buffara at [EMAIL PROTECTED] wrote:

> 
> No entanto, sabe-se que a multiplicidade geometrica de um autovalor
> (dimensao do auto-espaco associado) eh menor ou igual que a multiplicidade
> algebrica (multiplicidade do autovalor como raiz do polinomio
> caracteristico). Ou seja, pode ser que d seja uma raiz multipla do polinomio
> caracteristico da matriz de adjacencia de G, apesar da sua multiplicidade
> geometrica seja 1. Como provo que este nao eh o caso?
> 
Esquece! Isso eh consequencia do fato de a matriz de adjacencia ser
simetrica.

[]s,
Claudio.

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Re: [obm-l] Auto-valores de grafos

2004-08-26 Por tôpico Claudio Buffara
on 25.08.04 18:02, Domingos Jr. at [EMAIL PROTECTED] wrote:

> 
>> A coordenada (i, j) de B^k representa o número de passeios no grafo
>> (onde podemos repetir arestas) do vértice i até o vértice j.
>> Como o grafo é conexo, para algum k, B^k tem todas as entradas positivas.
> 
> faltou dizer que é o número de passeios no grafo com <= k arestas.
> =

Eu acabei de ver um argumento simplerrimo:

Um vetor (x1,x2,...,xn)^t de R^n (n = numero de vertices do grafo G)
representa uma funcao F: V(G) -> R (ou seja, que associa um numero real a
cada vertice de G)

No nosso caso, com G sendo d-regular e conexo, um autovetor associado ao
autovalor d da matriz de adjacencia de G representa uma funcao F tal que,
para cada vertice v, adjacente a v1, v2, ..., vd, tenhamos:
F(v1) + ... + F(vd) = d*F(v) ==> F(v) = (F(v1) + ... + F(vd))/d

Seja w o vertice tal que F(w) eh maxima.
Entao, se os vertices w1, w2, ..., wd sao adjacentes a w, a condicao acima
implica que F(w) = F(w1) = ... = F(wd).

Agora, considere os vertices adjacentes a w1 (digamos u1, u2, ..., ud).
F(w1) = (F(u1) + ... + F(ud))/d = maximo ==>
F(u1) = ... = F(ud) = F(w1)

Prosseguindo dessa forma, dado que G eh conexo, concluimos que F eh
constante. Ou seja, (x1,...,xn)^t eh um multiplo escalar de (1,...,1)^t.

Isso significa que o autoespaco associado a d tem dimensao 1.

No entanto, sabe-se que a multiplicidade geometrica de um autovalor
(dimensao do auto-espaco associado) eh menor ou igual que a multiplicidade
algebrica (multiplicidade do autovalor como raiz do polinomio
caracteristico). Ou seja, pode ser que d seja uma raiz multipla do polinomio
caracteristico da matriz de adjacencia de G, apesar da sua multiplicidade
geometrica seja 1. Como provo que este nao eh o caso?

[]s,
Claudio.


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Re: [obm-l] Auto-valores de grafos

2004-08-25 Por tôpico Domingos Jr.

A coordenada (i, j) de B^k representa o número de passeios no grafo 
(onde podemos repetir arestas) do vértice i até o vértice j.
Como o grafo é conexo, para algum k, B^k tem todas as entradas positivas. 
faltou dizer que é o número de passeios no grafo com <= k arestas.
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Re: [obm-l] Auto-valores de grafos

2004-08-25 Por tôpico Domingos Jr.
Vamos mostrar o caso em que o grafo é conexo.
Considere a matriz B = A + I. Note que B é simétrica e real também.
A coordenada (i, j) de B^k representa o número de passeios no grafo 
(onde podemos repetir arestas) do vértice i até o vértice j.
Como o grafo é conexo, para algum k, B^k tem todas as entradas positivas.
Agora note que se x não é múltiplo de (1, ..., 1) e Ax = dx, então Bx = 
(d+1)x e, portanto x é auto-vetor de B.
Seja m tal que x_m é mínimo. Defina y = x - x_m*(1, ..., 1). Veja que y 
é auto-vetor de B (com auto-valor correspondente d+1), cuja menor 
coordenada é 0 e todas as demais são não-negativas.
B^k y = (d+1)^k y, mas isso é absurdo pois y_m = 0 e, portanto, [(d+1)^k 
y]_m = 0, enquanto
[B^k y]_m > 0, pois este valor é a soma de valores não negativos (onde 
pelo menos um valor é estritamente positivo).

Se o grafo tem r componentes conexas, podemos formar explicitamente uma 
base de auto-vetores para a matriz de adjacência. Se há r componentes 
conexas, digamos C_1, ..., C_r, então os vetores {v_i} que possuem 0 nas 
coordenadas correspondentes a C_j com j != i e 1 nas coordenadas 
correspondentes a C_i formam uma base de auto-vetores da matriz de 
adjacência.

[ ]'s
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Re: [obm-l] Auto-valores de grafos

2004-08-25 Por tôpico Claudio Buffara
on 24.08.04 16:38, Domingos Jr. at [EMAIL PROTECTED] wrote:

> hmmm, lendo melhor o que vc escreveu, tem uma falha:
> 
> "Seja u_j a componente de maior valor absoluto de u.
> Entao a j-esima componente de Au serah igual a uma soma de d componentes u_i
> e tambem serah igual a d*u_j (pois u eh autovetor de A associado a d).
> Dada a escolha de u_j, isso soh poderah ocorrer se todos os u_i's forem
> iguais..."
> 
> 
> acontece que você descobriu que esses "d" u_i's são iguais, mas isso não
> prova imediatamente que todos os u_i's são iguais...
> eu tenho uma demonstração interessante, mas vou deixar você pensar um
> pouco mais.
> 
> [ ]'s
>
Verdade! Eu trabalhei com o exemplo de um grafo completo (para o qual o
raciocinio estah correto) e nao atentei para este detalhe.

A primeira ideia que me ocorreu foi tomar tambem a menor componente do
autovetor associado a d.
Como A eh simetrica e real, os seus autovalores sao reais e, portanto, os
autovetores tem componentes reais.
Seja v = (x_1,...,x_n)^t um autovetor associado a d e sejam x_r e x_s a
menor e a maior componente de v, respectivamente.

d*x_s = SOMA(i adjacente a s) x_i = x_i1 + ... + x_id
e   
d*x_r = SOMA(j adjacente a s) x_j = x_j1 + ... + x_jd

Logo, v deve ter pelo menos d+1 componentes iguais a x_r (incluindo x_r) e
pelo menos d+1 componentes iguais a x_s (incluindo x_s).

Isso prova o resultado para o caso em que n <= 2d+1, pois nesse caso os dois
(multi)conjuntos de d+1 componentes se intersectam.

Outra ideia que me ocorreu foi olhar para a matriz A - d*I.
Fazendo a operacao elementar L_n <- L_1 + L_2 + ... + L_n (ou seja, somando
cada uma das linhas a ultima linha dessa matriz) obtemos uma linha de zeros.
Isso prova que A - d*I eh singular e, portanto, que d eh um autovalor de A.
Se, alem disso, tivermos que posto(A - d*I) = n-1, entao acabou, pois nesse
caso, nulidade(A - d*I) = dimensao do autoespaco associado a d = 1.
Eu estou convencido de que isso eh verdade, mas nao consegui provar.

Enfim, qual a sua solucao?

[]s,
Claudio.


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Re: [obm-l] Auto-valores de grafos

2004-08-24 Por tôpico Domingos Jr.
hmmm, lendo melhor o que vc escreveu, tem uma falha:
"Seja u_j a componente de maior valor absoluto de u.
Entao a j-esima componente de Au serah igual a uma soma de d componentes u_i
e tambem serah igual a d*u_j (pois u eh autovetor de A associado a d).
Dada a escolha de u_j, isso soh poderah ocorrer se todos os u_i's forem
iguais..."
acontece que você descobriu que esses "d" u_i's são iguais, mas isso não 
prova imediatamente que todos os u_i's são iguais...
eu tenho uma demonstração interessante, mas vou deixar você pensar um 
pouco mais.

[ ]'s
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http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Re: [obm-l] Auto-valores de grafos

2004-08-23 Por tôpico Domingos Jr.
Chicao Valadares wrote:
eu gostaria que vc enviasse para mim.Estou estudando
metodos probabilisticos e seria de grande utilidade.
ok, eu ainda vou complementar mais a parte probabilística dessa 
monografia... a ênfase até o momento foi na parte construtiva.

http://www.linux.ime.usp.br/~domingos/lb-ramsey.pdf
opiniões são bem vindas.
[ ]'s
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Re: [obm-l] Auto-valores de grafos

2004-08-23 Por tôpico Chicao Valadares
eu gostaria que vc enviasse para mim.Estou estudando
metodos probabilisticos e seria de grande utilidade.


 --- "Domingos Jr." <[EMAIL PROTECTED]> escreveu: 
> perfeito!
> 
> tem vários outros fatos interessantes que eu aprendi
> recentemente na 
> minha iniciação científica.
> estou escrevendo uma monografia pra participar da
> jornada de IC no IMPA.
> se você (ou mais alguém) tiver interesse em ver, eu
> coloco na web.
> 
> [ ]'s
>
=
> Instruções para entrar na lista, sair da lista e
> usar a lista em
> http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
>
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O que há é pouca gente para dar por isso... "
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Re: [obm-l] Auto-valores de grafos

2004-08-23 Por tôpico Eduardo Del Carpio Talaverano
Hola mi nombre es Eduardo y soy un entrenador peruano, me interesa saber cuanto mas se pueda de lo que es grafos, especialmente la aplicacion en problemas de matematicas tipo de olimpiadas, te agradecere si me puedes enviar algun material, gracias."Domingos Jr." <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
perfeito!tem vários outros fatos interessantes que eu aprendi recentemente na minha iniciação científica.estou escrevendo uma monografia pra participar da jornada de IC no IMPA.se você (ou mais alguém) tiver interesse em ver, eu coloco na web.[ ]'s=Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista emhttp://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html=Do You Yahoo!?
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Re: [obm-l] Auto-valores de grafos

2004-08-22 Por tôpico Domingos Jr.
perfeito!
tem vários outros fatos interessantes que eu aprendi recentemente na 
minha iniciação científica.
estou escrevendo uma monografia pra participar da jornada de IC no IMPA.
se você (ou mais alguém) tiver interesse em ver, eu coloco na web.

[ ]'s
=
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Re: [obm-l] Auto-valores de grafos

2004-08-22 Por tôpico Claudio Buffara
on 18.08.04 22:01, Domingos Jr. at [EMAIL PROTECTED] wrote:

> Este aqui é bonitinho:
> Se G é um grafo d-regular com r componentes conexas e A é sua matriz de
> adjacência então A tem d como auto-valor de multiplicidade r.
> 
> [ ]'s
>
Vou supor inicialmente que o grafo eh conexo. O caso em que existem r
componentes conexas sai facilmente se considerarmos que A serah uma matriz
da forma diag(A_1,A_2,...,A_r), onde A_i eh a matriz de adjacencia da
i-esima componente conexa.

Pra ver que d eh um autovalor de A, basta tomar o vetor v = (1,1,...,1)^t e
fazer as contas. Voce vai achar que Av = dv.

Pra ver que d tem multiplicidade 1, considere um autovetor generico u =
(u_1,u_2,...,u_n)^t de A.
Seja u_j a componente de maior valor absoluto de u.
Entao a j-esima componente de Au serah igual a uma soma de d componentes u_i
e tambem serah igual a d*u_j (pois u eh autovetor de A associado a d).
Dada a escolha de u_j, isso soh poderah ocorrer se todos os u_i's forem
iguais, ou seja, u serah um multiplo escalar de (1,1,...,1)^t ==> o
auto-espaco de A associado ao autovalor d tem dimensao 1 ==>
d tem multiplicidade 1.

[]s,
Claudio.


=
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