Completando mais uma vez :-)

Thadeu Penna wrote:

Vou falar como professor universitário embora não seja professor específico do Curso de Computação:

* uma boa faculdade faz diferença sim, principalmente em início de carreira. Se você ainda não provou nada, como é que o patrão vai decidir Fazendo provinha ou mandando você escrever um programa ? Claro que não: vai ver de onde você veio para ter maior chance de acertar na escolha.

Bom, nesse ponto eu nao concordo muito (tenho muitos colegas que sairam da Unicamp e tem (literalmente) uma anta como chefe, que fez uma faculdade bem pior em termos de conceito).
Mas sei que muitas empresas fazem recrutamento especifico em certas faculdades, e nesse ponto vc pode levar vantagem.
Ex: A Procter & Gamble só contrata via trainee, de faculdade de ponta.


* querer só estudar o que é aplicado também não é o mais acertado: você só vai aprender o que os outros já sabem. Você tem saber algo diferente para se destacar. "Formar para o mercado" é uma grande besteira de instituições de ensino que não são vinculadas à pesquisa: a universidade é que cria e faz o mercado.

O diferencial é realmente importante - é isso que leva algum depto de RH escolher uma ou outra pessoa num empate. Mas em geral, não acho que eles pesam tanto assim (exceto se houver uma coincidência de área)


* sobre grafos: basta procurar os artigos mais recentes na estrutura, robustez e fragilidade da Web - é pura aplicação de redes e grafos. Esta conexão só poderia ser feita em um universidade, que é onde as novas idéias são criadas. Veja a aula 8 do curso de Sistemas Complexos em http://www.if.uff.br/~tjpp (se quiser veja as outras aulas tb. :)

Eu concordo com vc, eu vejo sistemas distribuidos e processamento paralelo como o grande foco de pesquisas nos próximos anos. Eu nao sei exatamente do que se tratava aquela aula especifica de grafos, mas em estudou sabe que existem milhoes de propriedades e teoremas (grafos uni e bidirecionais, separáveis ou não, coloridos com 2 3 4 ... cores, bipartido, etc etc etc) e nem todas são aplicáveis imediatamente...
E uma parte extremamente teórica acaba meio que desmotivando os alunos ao longo do tempo


* tenho um ex-estudante de doutorado em Física que hoje trabalha em grandes empresas, no setor de computação. Quando ele disse na entrevista, que não tinha experiência com banco de dados, o entrevistador disse:
"Você tem doutorado em Física. Você é capaz de aprender qualquer coisa."
Se tiver uma pós-graduação em uma universidade respeitável, você já provou algo...

Bom, tbm já ouvi histórias de pessoas que deixaram de ser contratadas por execesso de qualificação... e foi bem recente!



* é lamentável a tendência dos cursos de computação em retirar física dos curricula. O estudante de computação não sabe como dados são gravados em CD's, meios magnéticos, como funcionam fibras óticas, wireless, novos meios de armazenamento, leds, cristais líquidos, etc..

Hehehehehehe.. não sei o curso de CC, mas a engenharia de computação na unicamp tem fisica e bastante! Alias, chego a pensar que nos confundem com físicos mesmo, já que estudamos desde quantica até gravitação! :-)


Agora, o que não tinha mesmo era aplicação: pra que servem, na *pratica*, no *dia-a-dia*, todas aquelas terorias de difração de ondas, interferencias, etc? Acabei ficando com várias lacunas na cabeça...

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Marcos


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