Exato! O princípio do hardware lock é que você não tem como reproduzir o 
hardware com facilidade ou a custo razoavelmente baixo para justificar a 
pirataria do produto. Assim, fica mais barato comprar a cópia lícita do 
produto do que piratear a trava em hardware. Essa trava, aliás, não é um 
hardware apenas mas, em geral, conta com alguma rotina de autenticação 
do hardware através de algum hash ou outro sistema de criptografia de 
modo que não se trata apenas de *reproduzir* o hardware. Existem dados 
também que precisam ser conhecidos. "Fabricar" esses dados é ainda mais 
difícil.

Com disquete é outro papo. Você pode até forçar a presença do disquete 
mas, mesmo com formatação proprietária e outros esquemas de proteção 
menos ortodoxos, já existem programas capazes de ler e reproduzir o 
disquete na íntegra para a maioria dos casos.

Minha opinião sobre o seu esquema é a seguinte: se seu software é um 
sistema de informação, provavelmente a quantidade de clientes potenciais 
é suficientemente mangejável para que você ofereça um esquema mais 
pessoal e/ou artesanal. Tipo, baixar licenças mensais personalizadas de 
um servidor da web e manter o programa rodando somente quando o usuário 
possuir a licença adequada para o período de execução. As informações de 
verificação podem ser armazenadas no banco num formato criptografado e 
convertido para hexa (para evitar tratar com binários no banco).

Se seu software é um utilitário e que será vendido em prateleira, a 
coisa fica um pouco mais complicada. Minha sugestão é que você estude 
seu produto e as formas de vendê-lo. Adote uma política de baixos preços 
e ofereça recursos avançados através da web, para evitar e/ou reduzir a 
pirataria. Se seu preço for baixo o suficiente em relação ao interesse 
despertado por seu software, as pessoas comprarão e sua margem de perdas 
por pirataria será baixa.

Onde quero chegar? Numa equação simples de equilíbrio: em geral, um 
pouco de investimento anti-pirataria gera um ganho bem razoável mas os 
investimentos adicionais (cada vez mais altos) geram ganhos cada vez 
menores. Isso significa que existe um ponto ótimo entre investimento em 
anti-pirataria e perda de receita por pirataria. Só você pode determinar 
esse ponto conhecendo seu produto, seu mercado, adotando políticas de 
preços diferenciadas (para mais ou menos funções no software) e, 
mantendo seu usuário ligado à sua estrutura através da infra-estrutura web.

Tem um livro que trata de muitos aspectos de comercialização de software 
passando por aspectos técnicos e marketing. Muito ilustrativo de uma 
série de problemas que vivemos no nosso dia a dia de comercialização de 
nossos produtos. Vale a leitura:

Hohmann, Luke. Beyond Software Architecture. Addison Wesley, 2003. ISBN 
0-201-77594-8.

Acredito até que seja possível você ler um capítulo em sites que 
oferecem bibliotecas digitais online, como o Safari da O'Reilly, a 
ACM.ORG ou o COMPUTER.ORG. São todos serviços pagos. Não sei de capítulo 
online gratuito para esse livro. E também acredito que ainda não tenha 
sido traduzido para o português (eles nunca são, né?).

Cordialmente,

Demian Lessa
Salvador - Brasil

Valfrid-Ly Silva Couto wrote:
> Bom... não acredito ser uma boa não. Nunca vi
> funcionando mas lembro de quando o MS Office vinha em
> disquete ainda. A MS tinha uma rotina na instalação
> que "customizava" o seu office com o nome e etc para
> "evitar" a pirataria, mas isso era resolvido
> simplesmente fazendo uma cópia do disquete e deixando
> o  original travado, aí, quando o programa tentava
> gravar o disquete, ele dava erro, você substituia o
> disquete pela cópia e pronto, tinha passado pela
> instalação burlando a rotina da MS. Se você usar
> disquete, dá para fazer a mesma coisa!
> 
> --- Murillo Proença <[EMAIL PROTECTED]> escreveu:
> 
> 
>>Bom dia,
>>
>>alguém já viu alguma rotina onde se utiliza de um
>>disquete para 
>>trabalhar como hardlock? 
>>É que eu vi isto funcionando em um sistema e se
>>funcionar blzinha, 
>>vai ser uma boa, principalmente pelo baixo custo.
>>
>>Abraço a todos
>>
>>Murillo Proença


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