Pois é. Eu gostaria que as coisas dessem certo. Mas no rumo em que estão...
Outra coisa que eu não entendo é como as pessoas não enxergam que não foram as 
classes D e E que subiram. Foram as B e C que desceram.

Carlos Antônio.
  ----- Original Message ----- 
  From: AKA 
  To: goldenlist-l 
  Sent: Wednesday, September 01, 2010 4:55 PM
  Subject: [gl-L] Fwd: {BovespaBrasil} O futuro do rombo




  CC,
  vamos ver até onde o Rubão vai poder ficar comprando as TV LCD com dolar 
subsidiado pela ALICE no pais das maravilhas

  eu diria um dia depois das eleições e um dia antes do pacote de reforma...





       


        Isto é Notícia





        O futuro do rombo

        31 de agosto de 2010 | 19h08

        Celso Ming



        O rombo das contas externas cresce sem parar e os economistas de todas 
as tendências se perguntam até onde pode ir essa situação. Foi o ponto central 
dos debates do 7.º Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas, que terminou 
terça-feira em São Paulo.







        Esse rombo aí é o déficit nas contas correntes, pedaço do balanço de 
pagamentos que reflete o saldo (negativo) entre o que o País tem a receber e a 
pagar no exterior, em mercadorias, serviços e transferências, excetuados os 
fluxos de capitais.



        No passado, sempre que ocorria um fator externo negativo, como os 
choques do petróleo (1973 e 1979), o déficit nas contas correntes que se seguia 
produzia fuga de capitais e a economia brasileira se quebrava como taça que cai 
da mesa. De 2002 a 2007, o Brasil tirou proveito do período de bonança global e 
ostentou superávits. Mas os rombos são crescentes (veja o gráfico).



        O economista e consultor Paulo Rabello de Castro não tem dúvida quanto 
ao desfecho. Bons resultados externos dependem cada vez mais dos altos preços 
das commodities que o País exporta. Mas a alta de hoje não é sustentável e o 
déficit vai se aprofundar, a menos que tudo mude. Yoshiaki Nakano, da FGV, e 
José Luis Oreiro, da UnB, acompanham o prognóstico de Rabello de Castro. E se 
põem a acionar luzes amarelas.



        O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avisa que essas avaliações são 
pessimistas. “É um déficit temporário que será rapidamente revertido”, diz. 
Mantega observa que as fugas de capitais, que no passado quebraram o Brasil, só 
aconteceram porque a economia estava desequilibrada e porque não dispunha de 
reservas externas, que hoje estão em US$ 260 bilhões. O ministro não chega a 
aprofundar as razões que o levam a apostar na transitoriedade desse rombo. Mas, 
além do cacife em reservas, aponta para pelo menos outras três: (1) a crise 
externa, que fez as empresas estrangeiras instaladas no Brasil elevarem a 
remessa de lucros e dividendos (de US$ 25,2 bilhões em 2009), vai ser revertida 
mais cedo ou mais tarde; (2) as exportações continuam crescendo cerca de 33% ao 
ano; e (3) as importações não aumentarão ao ritmo de 40% ao ano, porque o 
consumo será mais moderado.



        Nas vezes em que se manifestou sobre o assunto, o presidente do Banco 
Central, Henrique Meirelles, se negou a fazer previsões de longo curso. 
Preferiu dizer que, por enquanto, esse déficit não assusta, porque vem sendo 
confortavelmente financiado pela entrada de capitais, movimento que tem tudo 
para continuar. Um dos fatores que garante a continuidade desse afluxo, aponta 
ele, é a demonstração de resistência (resiliência) da economia brasileira a 
crises externas.



        O que não está sendo dito mais claramente é que déficit nas contas 
correntes é outro nome macroeconômico para excesso de consumo e este tem a ver 
com a leniência do governo federal para com as contas públicas. O atual 
superávit primário (sobra de arrecadação para pagamento da dívida) está sendo 
construído com truques contábeis. Não é confiável. A variável-chave para 
impedir a deterioração do déficit é a obtenção de um novo equilíbrio das 
despesas do governo, objetivo que vai depender de quem estiver no comando da 
aeronave a partir de janeiro.



        Fonte: O Estado de São Paulo

       
       

       

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