rubão,
plus que ça change plus que c~est la meme merde....

hoje em dia a briga é dp PT x PMDB pelos cargos no governo...

*plus que ça change plus que c~est la meme merde....
*
CQD


2010/9/6 Rubens <rub...@mandic.com.br>

>
>
> ...
> AKA| "Num país onde se pratica o fisiologismo explícito e o uso
>
> | e abuso da máquina pública em proveito próprio, a reeleição
> | pode conduzir a um processo de mexicanização". O alerta foi
> | emitido em 1996 por Luiz Inácio Lula da Silva em artigo
> | publicado pela Folha. (...)
>
> | Lula chamava a atenção para o peso desproporcional que os
> | detentores do poder podem exercer num processo eleitoral
> | por meio do aparelhamento o Estado e nebulosa arrecadação
> | de fundos: "O Estado mobiliza um conjunto de obras e recursos
> | que podem ser postos a serviço de caixinhas eleitorais e troca
> | de favores. Não é segredo para ninguém que as grandes obras
> | públicas podem ser sobrefaturadas, e um significativo percentual
> | delas acaba nas contas numeradas dos assessores dos mandatários,
> | não para uso pessoal, dirão eles, é claro, mas para financiar a
> | futura campanha. São rios de dinheiro [...] para fazer propaganda
> | de campanha e programas mirabolantes, com a mais sofisticada
> | técnica de comunicações para ludibriar o eleitorado".
>
> Lulla aprendeu bem (e so ganhou a eleicao por causa disso).
> Mas o artigo é bom, mostra claramente que, quando o PSDB estava
> no poder, seus apoiadores fingiam nao ver nada disso, enquanto
> o PT, na oposicao, reclamava de mexicanizacao.
>
> Agora, temos o mesmo velho filme repetido, so que com os
> personagens invertidos: os apoiadores do PT fingem nao ver
> o que acontece, enquanto o PSDB, na oposicao, reclama de
> mexicanizacao.
>
> E eu vou perder meu tempo com isso, pra que? O principal
> nao muda mesmo, quando muito muda os atores e mais nada.
>
> [ ] Rubens
>
>
> -----Original Message-----
> From: AKA
> Sent: Monday, 06 September, 2010 15:09
> To: goldenlist-l; jipenet-...@googlegroups.com<jipenet-off%40googlegroups.com>
> Subject: [gl-L] O alerta de Lula
> ----------------------------------------------------------
>
> quem te viu quem te vê...
>
> Subject: O alerta de Lula
> São Paulo, domingo, 05 de setembro de 2010
>
> Editoriais
> editori...@uol.com.br <editoriais%40uol.com.br>
>
> O alerta de Lula
>
> Há 14 anos, em artigo na Folha, o atual mandatário acenava com os riscos de
> "mexicanização" e uso abusivo da máquina pública
>
> "Num país onde se pratica o fisiologismo explícito e o uso e abuso da
> máquina pública em proveito próprio, a reeleição pode conduzir
> a um processo de mexicanização". O alerta foi emitido em 1996 por Luiz
> Inácio Lula da Silva em artigo publicado pela Folha.
>
> O líder petista, que havia dois anos perdera a eleição no primeiro turno
> para Fernando Henrique Cardoso, mostrava-se preocupado. Via
> o risco de, aprovada a possibilidade de renovação do mandato, o PSDB
> transformar-se numa espécie de Partido Revolucionário
> Institucional -o PRI, que governou o México de 1926 a 2000.
>
> Lula chamava a atenção para o peso desproporcional que os detentores do
> poder podem exercer num processo eleitoral por meio do
> aparelhamento o Estado e nebulosa arrecadação de fundos:
> "O Estado mobiliza um conjunto de obras e recursos que podem ser postos a
> serviço de caixinhas eleitorais e troca de favores. Não é
> segredo para ninguém que as grandes obras públicas podem ser
> sobrefaturadas, e um significativo percentual delas acaba nas contas
> numeradas dos assessores dos mandatários, não para uso pessoal, dirão eles,
> é claro, mas para financiar a futura campanha. São rios
> de dinheiro [...] para fazer propaganda de campanha e programas
> mirabolantes, com a mais sofisticada técnica de comunicações para
> ludibriar o eleitorado".
> Diante das pretensões da situação, favorável à continuidade de FHC para que
> o Brasil prosseguisse dando certo, Lula alfinetava: "E
> por que, então, não ressuscitar de uma vez o partido monarquista e colocar
> FHC no trono do Brasil para sempre?".
>
> Como se sabe, aprovada e emenda da reeleição, o tucano conquistou mais um
> mandato e foi sucedido pelo próprio petista. Os artifícios
> retóricos e os argumentos que constavam do artigo de Lula poderiam, quase
> que integralmente, ser agora esgrimidos contra seu próprio
> governo.
>
> De fato, poucas vezes na história republicana o fisiologismo foi tão
> explícito e subordinou-se tanto a máquina pública ao proveito
> partidário. Por certo, tornaram-se ainda mais caudalosos os rios de
> dinheiro vertidos na candidatura continuísta -e mais
> sofisticadas as técnicas de comunicação para "ludibriar o eleitorado".
>
> Utilizou-as Lula, com sua vocação de animador de plateias, para inventar a
> herdeira que, sem nenhuma experiência eleitoral, poderá
> ocupar seu trono -ou melhor, a cadeira presidencial.
> As recorrentes comparações com a história mexicana, que ora voltam à cena,
> podem ser úteis nos torneios verbais, mas não vão muito
> além disso. Por mais longos que possam ser os ciclos de grupos políticos no
> poder, as democracias evoluídas (o que não era o caso do
> México) acabam sempre por experimentar uma saudável alternância
> administrativa.
>
> São os fundamentos desse sistema de governo que, acima de tudo, precisam
> ser fortalecidos no Brasil. Não há dúvida de que a
> experiência democrática em nosso país já atingiu padrões elogiáveis de
> funcionamento. É preciso porém cultivá-la para que não se
> perca em consensos perigosos -mais ainda neste momento em que o continuísmo
> político poderá consumar-se em inédita hegemonia.
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