Prezado Colega José Alves Junior,

Os textos que inclui dizem mais ou menos o mesmo que sua apresentação.
São extensissimos e eivados de um choro interminável, que reflete o ânimo de
seus  autores, num panorama agrícola em que ficam para trás os pobres e os
mal preparados.
Se eles defendem a sobrevivência, está mais do que justo e humano, porque
todos estamos neste mundo sem saber exactamente porquê, a não ser os que
assumem as teorias religiosas com sua fé, especiamente a inabalável, quase
fundamentalista.
Na verdade com todos esses textos, não se vai muito longe. Continua faltando
neles o Planejamento e o marketing.
Quando os referiidos autores dominarem essa desciplina, forçosamente, pela
lógica , incentivarão a saida dessas legiões de agricultores despreparados
que, estando no campo, não participam do agro negócio. Apenas vêem passar os
caminhões dos empresários de sucesso, rumo aos mercados conquistados, para
poucos.
Na verdade, tais ditos agricultores que se pretendem escolarizar em mais
agricultura, já sentiram o silêncio dos bancos quanto a mais créditos. Os
Bancos sabem que esse dinheiro que pedem emprestado, produzindo ou não, tem
grande probabilidade de nunca ser devolvido por gerar excedentes não
vendáveis e portanto não emprestam, ou emprestam muito menos.
Todos os capitalistas sabem disso. Parece que alguns Agrónomos não sabem.
Temos gente demais no campo, produzimos o suficiente para quase todos
estarem em risco de galopante obesidade, e não queremos saber de reciclar
nossas habilitações profissionais.
Por isso os autores desses textos, optaram por catequizar e reunir aderentes
para, quem sabe, enfiarem mais uma reforma agrária pela goela do Brasileiro
pagante de impostos. Não funciona. Já temos deslocados de reforma agrária
demais , acantonados sob plastico preto. Não produzem nada e se produzissem
não teriam mercado para vender.
A agricultura tem tamanho certo e tem quem entenda dela, fazendo-a. O
mercado é limitado e cada errada de planejamento ou ausência dele, distribui
ondas de prejuizo no mercado agricola, transferindo lucros para os
especuladores.
Cada abertura de mais fronteira agricola, esquece as terras já abertas e
derruba mais mata, para roubar da extinta, a fragil e escassa fertilidade.
Nossos supostos agricultores de origem, apenas porque foram paridos no
campo, têm muito de ser respeitados como humanos , mas também devem respeito
ao património coletivo que é a Terra e admitirem conduta não predatória dos
recursos ecológicos.
Uma boa atitude será , para muitos que terão de sair da atividade agrícola,
admitirem sua candidatura a novas profissões. Nessa altura com um rearranjo
quantitativo dessas massas, já sobrarão técnicos competentes, menos
faculdades , mas mais competentes, menos egressos , mas mais competentes,
para uma obra que não é assim tão vasta . Alimentar 190.000.000 de
Brasileiros pode demandar apenas 10.000.000 de pessoas ocupadas na
agricultura moderna. Creio que tem muita gente para sair dessa.
Portanto não se pregue tanto, qualidade técnica em conjunto com emprego para
todos, que tal dualidade é antagónica.
Quanto mais qualidade técnica menos emprego na agricultura. A não ser que se
mude o atual paradigma social do Brasil.
Ressalvo aqui que os textos, exibem certas colocações muito interessantes e
verdadeiras, de mistura com conteúdos de caris panfletário, repassadas de
uma aparente demagogia, que me deixou meio "cabreiro"!!
Fazer agricultura não precisa de tanta conversa.
Aliás, devemos estar preparados para vermos que os próximos patrões de
grande parte da agricultura serão as estruturas a criar pelos atuais Bancos.
Reconheceram finalmente, depois dessa onda de Banco que engole Banco, que a
mais valia da produção de alimentos é muito melhor que os rendimentos
financeiros de parceria com ondas inflacionárias.
Foi fácil desmontar os pequenos agricultores e agora tomarão as rédeas da
produção com métodos e tecnologias modernas, mas sem o tradicional Jeca
Tatu, que não teve culpa de perder a corrida.
A onda capitalista não parou ainda e vai demonstrar como se domina o mundo
pela boca. São coisas sérias e imparáveis. São realidades que avançam com
todos os direitos reconhecidos em cartório. Vai ter muito choro , mas de
nada adiantará.
A chance que resta para os não participantes, é a sensibilização desse poder
para que destribua suas atividades de forma humanitária e inteligente,
reformando erros do passado e do presente, para que não sejamos assolados
por revoluções que sempre atrasam a Humanidade.

Atenciosamente,
Jorge de Sousa
[EMAIL PROTECTED]



----- Original Message ----- 
From: "Jose Alves Junior" <[EMAIL PROTECTED]>
To: <irriga-l@feis.unesp.br>
Sent: Saturday, February 12, 2005 4:48 PM
Subject: Re: [irriga-l] Se a educacao rural fizesse os "deveres de
casa"....os problemas os problemas da agricultura estariam solucionados.


> Caro Colega Jorge Júlio de Sousa
>
> Agradeço pela gentileza da sua contribuição ao debate.
>
> Envio-lhe textos adicionais (anexo) relacionados com este assunto que
> acredito ser de interesse de todos da lista...
>
> Saudações
> José Alves Júnior
>
>
> > Bom dia  José Alves Junior,
> > Meus comentários ao seu texto.
> >
> > O tema descreve um mundo de assuntos relativos ao meio agrícola,
> misturando
> > muitas coisas desse meio, que tem muito a ver com a irrigação ,
> alguma mal
> > feita e outra bem feita.
> > O problema da agricultura no Mundo e no Brasil também passa por
> outras
> > circunstâncias que não foram enumeradas e que exercem uma força
> muito grande
> > em toda essa "gritaria " sobre o que está errado e o que está certo.
> > Seu texto não deixa de ser um alerta  a mais, para que pensemos no
> que está
> > errado. Mas experimente levar em consideração apenas esta palavra:
> > PLANEJAMENTO . Acrescente talvez Marketing, a esses novos
> ingredientes e
> > você poderá trabalhar com outras visões , uma das quais é sem dúvida
> esta: O
> > mercado tem um tamanho igual ao da fome das pessoas vivas.
> > Não adianta aumentar indiscriminadamente a produtividade de todos
> quantos
> > querem fazer a vidinha económica produzindo muitas batatas, cebolas
> e
> > tomates, quando o que se produz já é suficiente a abarrotar os
> mercados de
> > quem tem dinheiro para pagar comida.
> > A realidade é essa. Não existe outra fómula senão produzir
> competitivamente
> > como vc grita em seu texto mas dentro de um tamanho da propriedade
> rural que
> > produza planejadamente aquilo que se consome. Leve em conta que os
> indices
> > mundiais de productores rurais indicam que 5% a 10% da população,
> quando bem
> > treinada em produção de alimentos, produz tudo quanto se consome
> pelos 100%
> > dos viventes. Significa isso que  as tendências que se vêem de
> abandono do
> > campo pelos campesinos , especialmente esses menos escolarizados, é
> um
> > fenómeno que por si só, é demonstrativo da realidade inexorável:
> > Temos gente demais no campo e não sabemos que outras profissões
> daremos para
> > elas.
> > Mas o seu treinamento de maus agricultores para bons agricultores,
> > simplesmente não resolveria o problema económico de ninguém nem das
> escolas
> > que pretende ver mais activas e eficientes, porque o destino de toda
> essa
> > super safra de alimentos seria a lixeira por serem excedentárias as
> > produções.
> > Se vc introduz mais produtores nesse campo, tem de retirar
> equivalentes
> > productores de outra parte , ou eles vão se danar na inviabilidade
> da
> > atividade rural por excesso de produção. Ou seja, todos os nossos
> institutos
> > de ensino ainda não confessaram que isso é uma realidade palpável,
> vista
> > diariamente, porque navegam no mesmo barco de quererem " Não se
> reciclar"
> > num mundo onde o que está fazendo falta é "modo de vida económica
> fora da
> > agricultura" para aqueles que estão sendo expurgados do campo,
> empurrados
> > pelos competentes.Pontualmente e em certas regiões vc terá
> necessidade de
> > algumas correções no numero e qualidade desse staff profissional de
> > agricultores, técnicos e escolas, etc, mas se der uma passeada por
> esse
> > Brasil vai ver quantas fazendas estão paradas com toda a
> infraestrutura
> > enferrujando , por não terem mercado que pague sua produção.
> > No mais, e a meu ver, sua explanação é pertinente para o momento,
> mas erra
> > por uma visão que não resolve o problema de ninguém. Deixe triturar
> quem
> > está a mais no sector, pois com catequese, ninguem vai a lado
> nenhum.
> > Há sim um problema social enorme, que pelos vistos, nem o governo
> nem as
> > escolas, nem os agricultores estão sabendo como resolver. Os
> assentamentos
> > da reforma agrária estão aí para demonstrar que 99% está errado,
> muito
> > embora usem os nossos impostos para enganar temporáriamento esse
> povo até
> > que todos eles compreendam que a produção agricola não pode ficar ,
> enquanto
> > actividade económica, em mãos de gente despreparada, porque o
> mercado está
> > já por conta dos competentes.
> > Poderemos ser mais competentes que os atuais competentes? Certamente
> , mas
> > sobrará mais gente expurgada do campo que precisa de outras
> profissões que
> > não na agricultura do agro negócio. Sobrevivência entretanto é outro
> > assunto!
> >
> > Um abraço para todos
> > tenham um bom dia.
> > Jorge de Sousa
> > [EMAIL PROTECTED]
> >
> > ----- Original Message ----- 
> > From: "Jose Alves Junior" <[EMAIL PROTECTED]>
> > To: <irriga-l@feis.unesp.br>; <[EMAIL PROTECTED]>;
> <[EMAIL PROTECTED]>;
> > <[EMAIL PROTECTED]>; <[EMAIL PROTECTED]>;
> <[EMAIL PROTECTED]>;
> > <[EMAIL PROTECTED]>; <[EMAIL PROTECTED]>;
> <[EMAIL PROTECTED]>;
> > <[EMAIL PROTECTED]>; <[EMAIL PROTECTED]>; <[EMAIL PROTECTED]>
> > Sent: Saturday, February 12, 2005 8:45 AM
> > Subject: [irriga-l] Se a educacao rural fizesse os "deveres de
> casa"....os
> > problemas os problemas da agricultura estariam solucionados.
> >
> >
> > > Se a educação rural fizesse os "deveres de casa"...os problemas da
> > > agricultura estariam solucionados
> > > Polan Lacki
> > >
> > > No mundo globalizado  existe um macrofator que, no final das
> contas,
> > > determina o êxito ou o fracasso econômico dos produtores rurais;
> todos
> > > os demais fatores, reais ou imaginários, são menos importantes.
> Este
> > > macrofator chama-se eficiência, dentro e fora das porteiras das
> > > propriedades rurais. Aliás, os agricultores que já são eficientes,
> têm
> > > rentabilidade, são competitivos e simplesmente não necessitam de
> > > ajudas paternalistas. Os mais problemáticos, dependentes e
> vulneráveis
> > > são, coincidentemente, os mais ineficientes. Na América Latina, os
> > > governos não têm - e não terão em um futuro previsível - condições
> de
> > > compensar as ineficiências desses agricultores através de
> subsídios e
> > > outras ajudas paternalistas. Insistir na generalização e
> perpetuação
> > > dessas compensações significaria perder tempo, pois tal
> possibilidade
> > > é nula. Em vez de subsidiar os ineficientes, deveremos educá-los
> para
> > > que eles mesmos se transformem de ineficientes e dependentes em
> > > eficientes e emancipados. Entr
> > >  etanto, só teremos êxito nesta
> > > empreitada emancipadora se abandonarmos os eufemismos e
> enfrentarmos,
> > > com determinação e coragem, "a causa das causas" que está
> originando
> > > as ineficiências desses agricultores. Esta causa está dentro do
> > > sistema de educação rural, isto é, nas escolas fundamentais
> rurais,
> > > nas escolas agrotécnicas, nas faculdades de ciências agrárias e
> nos
> > > serviços de extensão rural.
> > >
> > > Uma verdade que deve ser dita, sem "dourar" a pílula
> > >
> > >  A principal razão pela qual esses agricultores estão fracassando
> > > economicamente é que eles não sabem produzir, administrar nem
> > > comercializar com eficiência; não por culpa deles, evidentemente.
> Não
> > > sabem fazê-lo porque, com honrosas exceções, o mencionado sistema
> de
> > > educação rural não proporcionou - e continua não proporcionando -
> aos
> > > agricultores os conhecimentos adequados às necessidades do mundo
> > > contemporâneo, o qual, ao ser altamente competitivo, exige que os
> > > agricultores sejam muito eficientes. Então, sejamos objetivos: se
> as
> > > principais causas dos problemas desses agricultores estão nas
> > > ineficiências do sistema de educação rural, é lá que deverão ser
> > > adotadas as medidas corretivas para eliminá-las. Conseqüentemente,
> o
> > > referido sistema deve assumir, como sua, a tarefa de corrigir as
> suas
> > > debilidades e imperfeições. Deverá fazê-lo "de baixo para cima e
> de
> > > dentro para fora", sem esperar por macrodecisões políticas e
> recursos
> > > adicionais; mesmo porque algumas dessas sempre de
> > >  sejadas "ajudas externas" são
> > > inviáveis e outras simplesmente prescindíveis.
> > >
> > > Proposta estratégica: Substituir as dispersas, efêmeras e
> excludentes
> > > ajudas paternalista-dependentes por uma estratégia
> > > educativo-emancipadora de dependências. Ou seja, oferecer aos
> > > habitantes rurais uma educação, formal e não formal, cujos
> conteúdos
> > > os próprios educandos possam aplicar na correção das suas
> > > ineficiências e na solução dos seus problemas, com menor ajuda
> > > governamental, pois esta é decrescente e, para a grande maioria
> dos
> > > agricultores, simplesmente inexistente.
> > >
> > > Proposta executiva: Para concretizar esta estratégia
> > > educativo-emancipadora, será necessário adotar apenas as seguintes
> > > medidas:
> > >
> > > 1. Exigir que as escolas agrotécnicas e faculdades de ciências
> > > agrárias formem extensionistas que tenham real capacidade
> > > teórico-prática de corrigir as ineficiências dos produtores
> rurais,
> > > pois são elas as principais causas dos seus fracassos econômicos.
> > > Essas escolas não podem continuar ignorando que, enquanto se
> queixam
> > > de insuficiência de recursos orçamentários, estão desperdiçando em
> > > grande parte os que já possuem, porque estão formando egressos
> para o
> > > desemprego.Tampouco podem ignorar que, em grande medida, o
> desemprego
> > > de extensionistas existe porque os seus egressos não respondem às
> > > necessidades dos empregadores e dos agricultores. Isto significa
> que a
> > > principal causa desse desemprego não necessariamente é a demanda
> > > insuficiente do mercado de trabalho, e sim a oferta inadequada das
> > > escolas agrotécnicas e das faculdades de ciências agrárias. Na
> > > verdade, a agricultura do mundo contemporâneo está "pedindo aos
> > > gritos" uma enorme quantidade de extensionistas "corretores das
> > >   ineficiências e solucionadores
> > > dos problemas" existentes no meio rural; entretanto, a oferta
> > > educativa não está sendo capaz de satisfazer tal demanda. Isto
> ocorre,
> > > em primeiro lugar, porque as "receitas" que essas escolas estão
> > > ensinando não são compatíveis com os "ingredientes" que a maioria
> dos
> > > agricultores possui; em segundo lugar, porque a formação que os
> > > educandos estão recebendo é excessivamente teórica, com mínimas
> > > oportunidades para que os estudantes desenvolvam a criatividade e
> as
> > > habilidades práticas. Essas escolas, em vez de entediar os alunos
> com
> > > excessivos e irrelevantes conteúdos teóricos nas salas de aula,
> devem
> > > ensinar-lhes a produzir, administrar e comercializar com
> eficiência,
> > > produzindo, administrando e comercializando com eficiência. E
> devem
> > > executar este "ensinar e aprender fazendo" preferentemente lá onde
> os
> > > problemas ocorrem, isto é, nas propriedades, nas comunidades, nas
> > > agroindústrias e nos mercados rurais. Essas habilidades práticas
> eles
> > > devem adquirir enquanto estão nas escolas e
> > >   não, como ocorre com demasiada
> > > freqüência, vários anos depois de formados, às custas dos erros
> que
> > > cometem com os agricultores.
> > >
> > > 2. Exigir que as escolas fundamentais rurais ( do primeiro ao
> oitavo
> > > ou nono ano ) "agriculturalizem" e "ruralizem" os seus conteúdos
> > > educativos; que proporcionem aos seus alunos uma educação que
> > > desenvolva as suas potencialidades latentes e que eleve o seu
> > > ego/auto-estima/autoconfiança/desejo de superação. Uma educação
> que os
> > > energize e "empodere", para que adquiram a vontade e a capacidade
> de
> > > corrigir, eles mesmos, os erros que os habitantes rurais cometem
> nos
> > > seus lares, nas suas propriedades e comunidades rurais. Ao
> egressar
> > > das referidas escolas fundamentais, os jovens rurais deverão: I) -
> > > estar conscientes de que eles mesmos podem e devem assumir uma
> maior
> > > participação/parcela de responsabilidade/compromisso na correção
> das
> > > ineficiências e na solução dos problemas que ocorrem no meio
> rural;
> > > II)- possuir a motivação e as competências ( conhecimentos,
> > > habilidades e atitudes ) que lhes permitam assumir, com
> eficiência,
> > > este novo e fascinante desafio de autodesenvolvimento;
> > >   e III) - estar aptos a buscar,
> > > selecionar e adquirir novos conhecimentos para se manter sempre
> > > atualizados.
> > >
> > > 3. Exigir serviços de assistência técnica e/ou de extensão rural-
> > > SATER -que: Em primeiro lugar, contem com os extensionistas cujo
> > > perfil foi descrito no item 1; com aptidões e atitudes mais
> > > pragmáticas e construtivas que lhes permitam: I)-diagnosticar as
> > > causas elimináveis que estão originando os problemas dos
> produtores;
> > > II)- identificar as potencialidades e oportunidades existentes nas
> > > propriedades rurais; III)-identificar e corrigir as ineficiências
> > > cometidas e corrigíveis pelos produtores rurais e solucionar os
> > > problemas que são solucionáveis pelos próprios agricultores.
> > > Extensionistas que identificam causas não elimináveis pelos
> produtores
> > > rurais, que solicitam recursos externos antes de utilizar
> > > racionalmente aqueles que os agricultores já possuem, que em vez
> de
> > > solucionarem, eles mesmos, os problemas reivindicam que outros o
> > > façam, são extensionistas improdutivos e, por este motivo, sérios
> > > candidatos ao desemprego.
> > > Em segundo lugar, que esses agentes de extensão disponham de meios
> > > (veículos, combustíveis, diárias, etc.) para permanecer nas
> > > comunidades rurais. Em certos casos será necessário que os
> executivos
> > > dos SATER adotem a medida drástica de reduzir as suas estruturas
> > > burocrático-operativas; e com os recursos poupados ofereçam aos
> > > extensionistas os referidos meios. Será muito mais produtivo
> manter 50
> > > extensionistas bem remunerados e capacitados educando no campo que
> > > manter 100 agentes mal remunerados, não capacitados e
> desmotivados,
> > > burocratizando nos escritórios, tal como, lamentavelmente,  está
> > > ocorrendo há mais de 25 anos na maioria dos SATER estatais da
> América
> > > Latina. Entretanto, para que essas adaptações possam ser
> executadas,
> > > será necessário "desestatizar" os atuais SATER e delegar a sua
> > > administração à instituições privadas sem fins lucrativos,
> > > desburocratizadas e despolitizadas, como por exemplo as
> cooperativas e
> > > outras entidades associativas que genuinamente representem os
> > >   interesses econômicos dos
> > > agricultores; porque a rigidez burocrática dos serviços estatais e
> as
> > > nefastas interferências político-partidárias simplesmente
> inviabilizam
> > > a adoção dessas medidas saneadoras e "eficientizadoras" nos
> serviços
> > > estatais de extensão rural.
> > >
> > > Felizmente, muitas dessas medidas corretivas podem ser adotadas
> pelos
> > > próprios professores e extensionistas, em muitos casos sem
> necessidade
> > > de recursos adicionais nem de macrodecisões políticas, mesmo que
> ambos
> > > sejam desejáveis. Os documentos incluídos na Página web
> > > http://www.polanlacki.com.br    descrevem e demonstram "o que" e
> > > "como" os próprios educadores (professores, extensionistas e
> diretores
> > > das suas respectivas instituições) podem fazer para tornar-se,
> eles
> > > mesmos, mais eficientes; e como, através da somatória das
> eficiências
> > > individuais, podem melhorar a eficiência das suas respectivas
> > > instituições.
> > >
> > > Se o sistema de educação rural adotar apenas essas medidas
> > > "eficientizadoras" e emancipadoras, dos seus educadores e das suas
> > > respectivas instituições, os principais problemas da maioria dos
> > > produtores rurais estarão resolvidos; e, o que é mais importante,
> > > serão solucionados pelas próprias famílias rurais; sem
> paternalismo,
> > > sem dependências e sem humilhações. Entretanto, se essas medidas
> não
> > > forem adotadas - não tenhamos nenhuma dúvida - todo o discurso do
> > > desenvolvimento rural com eqüidade, dos direitos humanos, da
> justiça
> > > social e da inclusão dos excluídos, continuará sendo uma ingênua
> > > manifestação de boas intenções ou, o que é muito pior, um
> vergonhoso e
> > > lamentável deboche do sofrimento dos pobres rurais, pois o
> > > paternalismo estatal demonstrou e continua demonstrando que não
> tem
> > > condições de fazê-lo.
> > > (1) E-Mail:  [EMAIL PROTECTED]
> >
> >
> >
> ======================================================================
> ================
> > Saiba o que já foi discutido na IRRIGA-L em:
> > http://www.agr.feis.unesp.br/irriga-l.htm
> >
> >
> > Para sair da lista IRRIGA-L, envie um e-mail para:
> > [EMAIL PROTECTED]
> > e no corpo da mensagem digite:
> >
> > unsubscribe irriga-l (seu endereco eletronico)
> >
> > Nao envie mensagens com este conteudo diretamente para a lista.
> >
> ======================================================================
> ================
> >
> Jose Alves Junior
> Engenheiro Agronomo pela FEIS/UNESP e Doutorando em Irrigacao e
> Drenagem ESALQ/USP, Departamento de Engenharia Rural (Representante
> Discente) 13418-900.
> Piracicaba - SP. Fone: res:(19) 34326043, cel: (019)91860274, sala:
> (19)34294217 - ramal: 266. E-mail: [EMAIL PROTECTED]
> http://www.sivie.hpg.ig.com.br/jose.htm


======================================================================================
Saiba o que já foi discutido na IRRIGA-L em:
http://www.agr.feis.unesp.br/irriga-l.htm


Para sair da lista IRRIGA-L, envie um e-mail para:
[EMAIL PROTECTED]
e no corpo da mensagem digite:

unsubscribe irriga-l (seu endereco eletronico)

Nao envie mensagens com este conteudo diretamente para a lista.
======================================================================================

Responder a