Vou tentar ser curto e grosso. Temo ser meio vago, mas vamos lá........

 Webservices é uma idéia velha dentro de uma proposta nova de arquitetura.
Quem já ouviu falar de CORBA, deve-se lembrar da grande promessa que a
tecnologia trazia.... criar-se um repositório internacional de objetos
distribuídos de tal forma que eu pudesse solicitar serviços pela rede e
pouco me importava quem, quando e como este serviço estava sendo provido.
Infelizmente, a tencologia não pegou como se esperava.

 Assim tmb aconteceu com muitas tecnologias para distribuição de serviços,
como EJB. É indiscutível a qualidade de aplicações desenvolvidas sobre a
plataforma J2EE, mas ainda não existe um consenso internacional sobre sua
adoção. Muitos serviços já estão em produção, o que implicaria na reescrita
de uma série de legados, para a utilização de J2EE em seus lugares. Além do
mais, a interoperabilidade entre os mundos Java e .NET é dificultada ao
máximo e utilizar qualquer uma dessas tecnologias forçosamente implica no
acréscimo de um middleware para gerenciar este ambiente disperso de
componentes. Estes são os principais fatores que dificultam a unificação do
modelo global de desenvolvimento.

 A utilização em massa de qualquer nova tecnologia efetivamente implica numa
mudança de costumes e paradigmas. Migrar da programação local para o mundo
distribuído CORBA de objetos implica na criação de interfaces IDL e
posterior geração de stubs e skeletons. Utilizar EJBs significa assimilar o
funcionamento de algum servidor de aplicações. É exatamente neste ponto que
os webservices ganham vantagem. Todos os produtos que penetraram
anteriormente no mercado sofreram restrições devido à sua complexidade,
detalhes proprietários, suporte de softwares, dentre outros. Webservices
buscam a integração de uma gama de aplicações já existentes no mundo legado
através de uma tecnologia de fato já aceita no mercado internacional, o XML.

 Neste sentido, a proposta dos webservices é a de criar um ambiente
distribuído no qual aplicações e componentes possam se interoperabilizar de
uma forma independete de linguagem e plataforma, semelhante às idéias já
desenvolvidas pelas especificações de CORBA e EJB, mas agora focando na
utilização de um idioma já bastante difundido para a comunicação entre
diferentes corporações. Com isso, seremos capazes de montar facilmente um
novo serviço a partir do assemble de outros webservices menores já
disponibilizados no mundo por empresas especializadas naquele tipo de
serviço.

 Basicamente, um webservice deve contemplar algumas características:
 - Serem fracamente acoplados
- De preferêcia, com serviços de alto nível
- Síncronos ou assíncronos
- Suportar chamadas remotas de procedimentos
- Garantir todas as características acima através de configurações XML

 Webservices é um ramo muito novo, e muita coisa ainda está sendo bolada.
Até o momento, as peças que melhor caracterizam o funcionamento de um web
service são:
- SOAP. Simple Object Access Protocol. Simples estrutura para a realização
de RPCs através da troca de documentos XML independente do protocolo de
transporte.
- WSDL. Web Service Description Language. Exterioriza as características de
um web service. É através do WSDL que os clientes podem descobrir
dinamicamente o tipo de serviço provido por um webservice, os parâmetros
necessários, etc
- UDDI. Universal Description, Discovery and Integration. É aonde os
webservices se registram para poderem ser encontrados pelos clientes.

 Em resumo, podemos exmplificar a integração destes 3 protocolos da seguinte
forma: um cliente que deseja encontrar um webservice que está em algu, lugar
da rede. Ele então procura este webservice no UDDI pelo seu nome, categoria
ou alguma outra informação que o identifique. Após encontrá-lo, o UDDI
fornece ao cliente o WSDL relativo àquele webservice, onde será possível ao
cliente compreender na hora como interagir com aquele serviço. Uma vez
compreendida a estrutura de requisição do serviço, o cliente cria uma
mensagem SOAP de acordo com o XML Schema encontrado no WSDL e a envia ao
host que hospeda o webservice. Simples assim!

 Fazendo uma analogia com o CORBA: SOAP -> CORBA, WSDL -> IDL, UDDI -> ORB.
Agora com RMI: SOAP -> RMI, WSDL -> interface Remote, UDDI -> RMI Registry.
Viu ? A idéia não é nova. A grande jogada está na utilização de XML em todos
os pontos, o que possibilita que uma aplicação COBOL ou Fortran seja um
webservice que atenda a requisições de qualquer tipo de cliente webservice.

 Era isso que eu tinha pra dizer. Fiquem ligados pois 50% do JavaOne falou
sobre isso. No mínimo, muitas grandes empresas vão especular nesse
sentido..........

Bem, em linhas tortas, é isso. Quem quiser saber mais, assita a palestra de
Kentaro Takahashi, dia 26, na Fenasoft.

[]s
By Ale!

----- Original Message -----
From: "SILVA Rafael P CONFAB" <[EMAIL PROTECTED]>
To: <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Thursday, April 18, 2002 8:20 AM
Subject: RES: [java-list] Web Service!!!!


Daniel,

Verifique em: http://www.mundooo.com.br <http://www.mundooo.com.br>  lá tem
vários links para este assunto.

[]´s
Rafael Pioli

-----Mensagem original-----
De: Daniel Felipe (Bonão) [mailto:[EMAIL PROTECTED]]
Enviada em: segunda-feira, 15 de abril de 2002 23:14
Para: [EMAIL PROTECTED]
Assunto: [java-list] Web Service!!!!


E ai pessoal...tudo bem com vc's....

Alguém sabe de algum tutorial e mesmo um artigo sobre "Web Services" ? Por
favor se alguém sabe algo sobre isto me envie......

Um grande abraço,

Bonão


------------------------------ LISTA SOUJAVA ----------------------------
http://www.soujava.org.br  -  Sociedade de Usuários Java da Sucesu-SP
dúvidas mais comuns: http://www.soujava.org.br/faq.htm
regras da lista: http://www.soujava.org.br/regras.htm
historico: http://www.mail-archive.com/java-list%40soujava.org.br
para sair da lista: envie email para [EMAIL PROTECTED]
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