On Friday, July 31, 2009, Francisco Antonio Doria <famado...@gmail.com> wrote:
> Olha, me assumo como intelectual-cabra. Sou medíocre, pequeno, feio e chato, 
> e só falo de coisas desinteressantes...
>
> 2009/7/31 Eduardo Ochs <eduardoo...@gmail.com>
> Oi Arthur (e oi Márcia),
>
> você acha que a lista de Lógica é composta principalmente por estes
> intelectuais-cabras? Como você a compararia com os outros grupos com
> quais você tem contato? Outra coisa: você acha que essa sua mensagem
> vai ser eficaz pra fazer com que nós vejamos as cordas nos nossos
> pescoços e comecemos a roê-las? O seu objetivo é fazer com que nós nos
> libertemos - e viremos pessoas melhores, menos amarguradas, e que daí
> vão ter menos motivos pra brigar entre si e com você, etc - ou você
> mandou a mensagem só pra descarregar e pra desabafar?...
>
>   [[]],
>     Eduardo Ochs
>     eduardoo...@gmail.com
>     http://angg.twu.net/
>
>
> 2009/7/31 Arthur Buchsbaum <arthu...@gmail.com>:
>> Era uma vez uma cabra que viveu toda a vida sozinha, em uma grande campina,
>> repleta de capim, flores e pequenas plantas. Desde pequena esta cabra, logo
>> após desmamada, viveu atada, por uma corda, a uma estaca profundamente
>> fincada na terra.
>>
>> A corda era razoavelmente comprida, de forma que esta cabra alcançava uma
>> boa extensão do terreno, e daí tinha acesso a uma boa porção de plantas
>> comestíveis, e havia tempo para os tocos restantes das plantas consumidas se
>> recuperarem até a cabra voltar a se alimentar das mesmas.
>>
>> Assim viveu a cabra toda a sua vida nesta área delimitada pelo comprimento
>> da corda presa à dita estaca. Havia um número bem grande de plantas
>> comestíveis de outras variedades nesta campina, mas além do alcance da
>> cabra.
>>
>> Esta sequer deu-se ao trabalho de libertar-se da corda, e até poderia
>> fazê-lo, se quisesse, mas, como viveu, quase a vida toda, pelo menos até
>> onde a sua memória pessoal alcançava, presa por aquela corda, ela julgava
>> que a própria corda e a estaca faziam parte de seu organismo.
>>
>> O mundo no qual a cabra vivia era muitíssimo mais vasto, quase infinito,
>> perante o diminuto terreno no qual a cabra vivia, as experiências que esta
>> poderia ter poderiam ser muitíssimo mais ricas e vastas, mas a cabra julgava
>> que a extensão de seu universo limitava-se só ao terreno que ela alcançava.
>>
>> Com o tempo, a cabra não mais enxergava o terreno além da corda, via apenas
>> a extensão circular que ela podia alcançar, que passou a ser para ela a
>> totalidade da existência.
>>
>> E assim ela viveu e morreu, neste diminuto terreno, e encontrou nele toda a
>> nutrição, satisfação e água necessárias, sem sequer suspeitar que ela
>> poderia ter vivido uma existência infinitamente mais rica.
>>
>>
>>
>> +++++++++++++++++++++++++++++++++
>>
>>
>>
>> Assim vivem e agem a maioria dos ditos “intelectuais” de hoje, que pululam
>> nas universidades e academias, perfazendo suas diminutas especulações
>> intelectuais, mas nunca ultrapassando uma pequena área de exame, pois julgam
>> que a totalidade da existência circunscreve-se às suas bem limitadas
>> manobras e jogos intelectuais.
>>
>>
>>
>> a) Arthur Buchsbaum
>>
>> _______________________________________________
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>>
>>
> _______________________________________________
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>
>

-- 
Alexandre Rademaker
http://web.me.com/arademaker/
_______________________________________________
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

Responder a