Ola, gosto muito de ler o que os especialistas em lógica discutem e vez ou 
outra, tomo a "liberdade" (la libéralité !) de escrever ou pelo menos tentar.
1- Sobre o controle da internet, já expus uma vez e ainda continuo convicto que:
uma das formas que o Brasil vem avançando para a maioria da população (50 % 
+1(eu) ou mais) é através da pirataria, infelizmente diga-se de passagem.
Sendo assim cada vez que se impõe controle (mesmo que seja o controle da 
própria internet) apenas eleva-se o descontentamento de uma parcela da 
população.
Acredito que alguns "revoltados" tenderão a encontrar algum caminho para burlar 
a regra (sempre!).
 
2- Recomendo o que o professor Décio colocou: Adapte-se ou caia fora, e c'est 
fini.
 
3- Aproveite a oportunidade e faça-se "ladrão", esqueça le prestige de estar na 
França, aproveita e aprenda, roube dos franceses "o conhecimento", afinal das 
contas você é mesmo um espião, e se achar que vale a pena ensine-os...
 
4- Tenho um primo que viveu vários anos na França, trabalhando como contratado 
do governo e acabou casando-se com uma inlgesa, depois claro, de volta ao 
Brasil trouxe-a na mala...
 
5- Trabalhei um período sendo funcionário de um engenheiro francês, muito 
esperto sim, que "corrigia" vários projetos da Petrobrás na área de vazão e vez 
por outra quando os cálculos apresentados pelos engenheiros brasileiros estavam 
totalmente errados, ele classificava os engenheiros como imbecis, claro eu me 
demiti depois que arrumei outro trampo, mas isso não resolveu o problema de 
alguns engenheiros serem burros...
 
Concluindo, entrou na chuva é pra se queimar, infelizmente, querer mudar o 
mundo, vais acabar na guilhotina ou queimarão seu carro, que é a melhor saída, 
"elimina-se a diferença".
 
xx
 
Sobre o texto do professor Alfredo Pereira.
 
Gostaria de acrescentar como pensa o "cidadão mediano" (eu) conforme já li nas 
literaturas que perambulam pela internet..
 
O cidadão mediano, olha, pensa, coça a cabeça, respira, enfia o dedo no nariz, 
tenta pensar de novo, e conclui:
 
Não vou participar disto, é o que acontece com a religião, política, escola e 
vai por ai, simplesmente se abandona porque "a uva tá verde mesmo", nalguns 
casos tá é podre..
 
O fato do Brasil estar enricando, enquanto sua população "sobrevive" como pode, 
apenas retrata a forma de pensamento dos administradores das políticas 
públicas, qual seja: Pão e cirque du soleil, pra que mais? e pior, vai ao circo 
quem não precisa !!
 
Recentemente, recebemos aqui em casa o kit do governo do estado contendo 3 
cadernos sendo um produzido com material reciclado e mais caneta, lápis, 
apontador, cola, tudo muito bacana mesmo !!, logo todos ficaram eufóricos, 
olhei, olhei e conclui: que estranho, onde o governo estadual arrumou dinheiro 
pra comprar esse kit e pra tantos alunos ????
Bom, deve ser ano eleitoral (ih é mesmo), bom alguém vai pagar a conta !! deve 
ser dos impostos, claro, pera ai !!  (quanta oralidade num cidadão mediano..) 
pra o governo estadual ter dinheiro deve ter sido repassado pelo governo 
federal, afinal o governante não vai tirar do bolso dele, logo alguém lá do DF 
repassou verbas, logo a máquina funciona sim, mas só em ano eleitoral ?? Deviam 
fazer eleições todos os anos !! Cruz credo, eu odeio Big Brother do horário 
eleitoral., logo não assisto, não voto, não participo... logo faço parte de 5% 
(amostra insignificante..)
 
A primeira lei da economia mundial que o professor Alfredo Pereira pode incluir 
no texto é a lei da oferta e procura, quem tem, quem procura, quem oferta e 
quem compra.
 
Hoje já se pode afirmar, que a internet nos países do terceiro mundo, é uma 
ferramenta com alguma utilidade para muitos e pouquissima utilidade para 
muitos, procure algo no google, vais achar so o capitulo 1, raro achar o 
capitulo 2 , a menos que encontre os livros (entramos de novo na pirataria...) 
(e o rei Arthur !!)  circundamos a lei da oferta e da procura (eta circulo 
visceroso).
 
Concluindo: Não vejo nada demais, em o Brasil se tornar rico, vamos imaginar o 
pensamento Lules, encho o Brasil de carros, logo os governantes deverão mexer 
na infra-estrutura e melhorar ruas, avenidas, etc. como pensa o governante 
local "formado" logo vou encher de radar e multar pra tudo que é lado pra 
arrecadar mais...
 
Como pensa as associações de moradores de bairro: Vamos fazer o asfalto, mesmo 
sem rede de esgoto, pelo menos vamos ter asfalto, e se vier o esgoto, eles (os 
governantes) que quebrem !!
 
Como pensam os estudantes: Vamos fazer amor, ouvir drogas, digo músicas e beber 
cerveja.
 
Tá tudo certo, não há nada de norvo debaixo dum céu de brigadeiro.
 
Sds.
 
sphgf


--- Em sex, 19/2/10, logica-l-requ...@dimap.ufrn.br 
<logica-l-requ...@dimap.ufrn.br> escreveu:


Tópicos de Hoje:

   1. França aprova em primeira instância lei que permite controle
      da internet (Bruno Woltzenlogel Paleo)
   2. Lógica da Economia (Alfredo)
   3. Re: França aprova em primeira instância lei que permite
      controle da internet (Decio Krause)
  
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Message: 1
Date: Thu, 18 Feb 2010 16:51:27 +0100
From: Bruno Woltzenlogel Paleo <bruno.wp.mailingl...@googlemail.com>
Subject: [Logica-l] França aprova em primeira instância lei que
    permite controle da internet
To: logica-l@dimap.ufrn.br

>   1. França aprova em primeira instância lei que permite controle
>      da internet (Rodrigo Oliveira)


Parece que a "Liberté" já era...

Me mudei pra França há 2 meses pra fazer um PostDoc no INRIA 
(http://www.inria.fr/), e há 1 mês o serviço de segurança francês exigiu que o 
INRIA bloqueie o acesso a estrangeiros fora do horário normal de trabalho. 
Estrangeiros que trabalham no INRIA agora só podem entrar no prédio e em suas 
salas de trabalho entre 8:00 e 18:00, de segunda a sexta, enquanto o acesso a 
cidadãos da União Européia continua livre em qualquer dia e qualquer horário. 
("Egalité"?)

Sempre que o INRIA quer contratar um estrangeiro,  é necessário enviar dados do 
estrangeiro para o serviço de segurança francês, que então decide se o 
estrangeiro pode ser contratado ou não. Normalmente, a autorização é dada sem 
problemas. No meu caso, no entanto, a autorização foi apenas condicional: o 
INRIA deveria, teoricamente, restringir meu acesso apenas ao tópico da minha 
pesquisa, provavelmente por suspeita de espionagem. Desde quando logicians e 
proof theorists passaram a ser suspeitos de espionagem? (E suspeitar dos outros 
sem motivo não soa muito compatível com "Fraternité"...) 

De qualquer forma, a situação na França ainda é melhor que, por exemplo, na 
Inglaterra, onde não é possível andar nem 100 metros sem ser filmado por várias 
cameras CCTV e pesquisadores são interrogados para poder entrar no país e 
participar de conferências, ou na Austria, em que 30% da população vota pra 
partidos nazistas...

Até,

Bruno

--
Bruno Woltzenlogel Paleo

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Message: 2
Date: Thu, 18 Feb 2010 15:05:28 -0200
From: "Alfredo" <a...@ibb.unesp.br>
Subject: [Logica-l] Lógica da Economia
To: <logica-l@dimap.ufrn.br>
Message-ID: <003101cab0bc$92237d20$a0859...@ibbalfredo>
Content-Type: text/plain; format=flowed; charset="iso-8859-1";
    reply-type=original

Caros, envio o texto abaixo, que escrevi para o jormal da Associação de 
Docentes da UNESP-Botucatu,
para despertar uma discussão sobre a lógica da economia contemporânea, ou - 
talvez - sobre meus sofismas...
Abraços
Alfredo Pereira Jr.

Grandiosas Reflexões de um Administrador que virou Filósofo

Alfredo Pereira Jr.



Pois é, eu me graduei em Administração de Empresas e Filosofia, e acabei 
optando pela segunda área de conhecimento como ocupação profissional. O que 
me dá uma certa liberdade para especular sobre questões do âmbito da 
primeira.

A economia política mundial, na contemporaneidade, desafia o entendimento 
científico. É como se todas as teorias até então formuladas tivessem deixado 
escapar algo de muito importante. Tomemos como base de comparação o 
colonialismo inglês, do qual o Brasil foi uma das vítimas (ou 
beneficiário?). A lógica do colonialismo é que o colonizador fique cada vez 
mais rico, e o colonizado cada vez mais pobre. Sempre houve um limite para a 
exploração (a saber, a sobrevivência produtiva do explorado), mas não 
existia e não existe (ainda) um limite para o endividamento. Deste modo, o 
que se via até então era o país colonizado (Brasil) contrair uma monstruosa 
dívida externa, tendo o colonizador (Inglaterra) como credor.

Mas agora as coisas estão diferentes. Em muitos aspectos, os EUA colonizam a 
China. Milhões de chineses pobres trabalham arduamente para prover os 
cidadãos americanos de produtos de baixo custo, que possibilitam um alto 
nível de consumo (se isso é qualidade de vida é algo a ser discutido, mas em 
muitos casos parece ser). Entretanto, quem está ficando cada vez mais rica é 
a China, e os EUA estão cada vez mais endividados.

A lei que rege a economia contemporânea, que ainda não foi descoberta pelos 
economistas, parece ser mais ou menos a seguinte: no contexto atual, para um 
país enriquecer é preciso que, entre outras coisas, sua população seja 
pobre. Países nos quais a população alcançou um alto padrão de consumo (e/ou 
qualidade de vida) tendem a empobrecer.

Agora que a lei está mais ou menos formulada, uma certa lógica das relações 
econômicas internacionais começa a transparecer. Sim, havendo um processo de 
globalização, com acesso quase irrestrito à informação via Internet, e 
possibilidade de intercâmbio comercial generalizado, a concorrência 
capitalista (mesmo com os protecionismos vigentes) faz com que, 
progressivamente, quem tem produtos mais baratos e com certa qualidade (nos 
níveis mínimos requeridos pelos consumidores) consiga dominar o mercado. 
Ora, só tem produtos mais baratos quem tem uma população mais pobre e/ou 
recursos naturais mais fartos que os concorrentes. O Brasil tem ambos, 
logo - todas as demais condições sendo iguais (por exemplo, todos os países 
concorrentes tendo acesso a tecnologias e métodos de administração 
eficazes) - o Brasil tem boas perspectivas de sucesso econômico.

Nesta ótica, muitos acontecimentos que parecem ser absurdos começam a fazer 
algum sentido. Por exemplo, a existência de enormes favelas nas grandes 
cidades brasileiras é de interesse econômico-político. A criminalidade é um 
problema grave, mas não inviabiliza o desenvolvimento econômico.

Constato então que não é de fato a universidade pública o agente fundamental 
do processo de desenvolvimento econômico brasileiro. Nos cabe fornecer uma 
preparação para que a sociedade tenha condições mínimas de participar do 
processo produtivo dentro dos padrões atuais de tecnologia incorporada e 
racionalidade administrativa. Porém, a existência de massas de trabalhadores 
pobres e a possibilidade de dilapidar o meio-ambiente para obtenção de 
matéria-prima barata seriam os dois fatores decisivos.

Espero estar redondamente enganado...



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Message: 3
Date: Thu, 18 Feb 2010 15:25:39 -0200
From: Decio Krause <deciokra...@gmail.com>
Subject: Re: [Logica-l] França aprova em primeira instância lei que
    permite controle da internet
To: Bruno Woltzenlogel Paleo <bruno.wp.mailingl...@googlemail.com>
Cc: logica-l@dimap.ufrn.br
Message-ID: <3f601002-4a05-46e7-bdb7-53a300522...@gmail.com>
Content-Type: text/plain; charset="iso-8859-1"

Oh, Bruno
Mais uma vez eu vou ser retrógado (como  acho que sou sempre). Qual o  
problema em ser filmado a cada 100m? Você anda com o dedo no nariz?  
Acho essas medidas seguras, e eles devem mesmo se proteger. Câmeras em  
todo lugar, na minha opinião, são necessárias (e não somente bem  
vindas). Passar em RX no areoporto mostrando "tudo"? ("tudo"o quê?)  
Sem problemas.  Nada contra eles. Eles que estabeleçam suas regras, e  
se quisermos frequentar, devemos estar de acordo, ou não vamos.  
Deveríamos fazer coisa parecida, se fosse possível. Estou errado?  
Muito radical?
Em todo caso, isso chateia mesmo, mas são coisas da atualidade. Boa  
sorte, e acho que seu caso não trará problemas.
Décio
________________________________
Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-990 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokra...@gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause
_________________________________
'according to the modern theory [quantum mechanics], if a particle of  
a person's body were exchanged with a similar particle in one of the  
bricks of his house then nothing would happened at all.'' (R. Penrose,  
The Emperor's New Mind)

"all in all you're just another brick in the wall" (Pink Floyd)



      
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