Pois é, Francisco, e a questão é: a teoria "neoclássica" - sejamos precisos com 
o que primeiro quiseram dizer com isso: o neoliberalismo - no qual colocam a 
Terceira Via britânica, o FHC, decerto o Roberto Camos, o estatismo 
desenvolvimentista dos milicos brasileiros, Guilherme Merquior et caterva -  
tudo, enfim, que não seja Lula, Dilma, Castro e todos os outros democratas que 
conhecemos tão bem - simplesmente não representa o liberalismo em geral e muito 
menos o liberalismo de Mises e Rothbard, pra citar apenas os dois maiores 
expoentes. Esse meio-de-caminho, esse vai-não-vai que alguns liberais, que não 
são liberais o suficiente para abandonar as teses socialistas nem socialistas o 
bastante para largar as teses liberais, não representa o cerne mesmo da visão 
de livre mercado, me desculpe. Dos austríacos, por exemplo, o mais radical 
deles, Rothbard, NEGA a utilização da matemática ou sua relevância no estudo da 
economia. E ele era
 matemático também. Repito: longe de mim negar a sofisticação lógica da 
refutação. Apenas estou dizendo: refutaram a tese errada. Criaram um 
espantalho, bateram bastante nele, mas não perceberam que o alvo não era aquele.



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 De: Francisco Antonio Doria <famado...@gmail.com>
Para: Georgenes Gustavo Nogy <gustavon...@yahoo.com.br> 
Enviadas: Terça-feira, 28 de Fevereiro de 2012 11:25
Assunto: pvt
 

Vou te responder em pvt: um dos pontos centrais da teoria neoclássica é o 
teorema de Arrow-Debreu, que afirma, sumariamente, todo mercado competitivo tem 
preços de equilíbrio. 


On Tue, Feb 28, 2012 at 11:07 AM, Georgenes Gustavo Nogy 
<gustavon...@yahoo.com.br> wrote:

Só uma observação: a discussão aqui não começou tão gratuitamente quanto 
parece. Não foi o Décio, salvo engano, quem linkou o artigo sobre a suposta 
refutação do livre mercado neoliberal via procedimentos lógicos. E daí começou 
a quizumba.
>
>Manjo (ainda) menos de lógica do que gostaria. Mas noto apenas o seguinte: do 
>ponto de vista do livre mercado, ao menos no que toca ao liberalismo clássico 
>e, especialmente, à escola austríaca de economia, a refutação está refutada 
>por dois motivos muito simples.
>
>a) neoliberalismo não é admitido pelos liberais clássicos e especialmente 
>pelos austríacos (Mises, Rothbard) como válido. É, já, uma mistureba de 
>conceitos liberais com esquerdismo soft. Enfim, a tal da terceira via.
>
>b) a tese de que os liberais professam oequilíbro do livre mercado 
>simplesmente não se aplica. O livre mercado é estruturalmente desequilibrado, 
>por sua própria natureza de processo de troca de informações no tempo e 
>preferências subjetivas e, portanto, pouco ou nada previsíveis. O "equilíbro 
>do mercado", como se este pudesse ficar todo certinho e distribuir os recursos 
>bonitinho para todos, não é uma tese que liberais, de fato, defendam. É uma 
>tese dos neoliberais mais propensos à esquerda ou ao estatismo que à 
>liberdade. Então, me perdoem: podem ter refutado o neoliberalismo, que é muito 
>menos liberal do que se imagina. Agora o livre mercado não refutaram.
>
>Por fim, percebo que muitos tomam desequilíbrio como sinônimo de pobreza para 
>muitos e riqueza para uns poucos. E isso são problemas outros.
>
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