CONSANGÜINIDADE
Recebes no lar a herança do
passado, com a qual reestruturas o próprio destino, na direção do
futuro.
É aí, no cadinho fervente das reações espirituais
intensivas que se nos exercita o coração para servir à família maior,
a estender-se na
Humanidade.
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Recorda que entre as quatro paredes da organização
doméstica, recolhes os desafetos mais profundos para transformá-los em
sagrados depósitos afetivos, sob o selo do esquecimento com que a lei
do Senhor socorre a vida
física.
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O Cristo reúne nos mesmos laços de sacrifício,
aqueles que se algemaram no pretérito a delitos obscuros e ajuda-os no
resgate das faltas perpetradas em comum, sustentando-os nos conflitos
purificadores que tantas vezes surgem, estranhos e contundentes, nos
elos da consangüinidade.
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Se possuis a teu lado alguém que se constitua num
fardo vivo a carregar, compadece-te e ajuda
sempre.
*
Todos nós, quando no mundo, recebemos a imposição
de auxiliar aqueles que, retardados na senda evolutiva, esperam de
nosso esforço, a migalha de luz que os arrebatará ao domínio das
trevas.
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Se foste defrontado, contrariamente aos teus
sonhos, por familiares que não se harmonizam com o teu modo de ser,
lembra-te de que o credor antigo comparece em tua casa reclamando-te
pagamento.
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Se surpreendes naqueles em que depunhas a melhor
esperança, modificações que te envolvem nas inquietantes vibrações do
desapontamento e da amargura, silencia, desculpa e segue adiante,
amparando-os como
puderes.
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Não valem a deserção das obrigações regeneradoras
ou a fuga da renunciação ao áspero serviço que nos cabe atender,
porque amanhã a vida constranger-nos-á, de novo, a regressar ao cálice
de fel menosprezado, a benefício de nossa própria
cura.
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Ama aqueles que o Senhor te confiou quais são e
não como desejarias tu fossem eles, porque, pelos teus votos bem
cumpridos, encontrarás o caminho do acesso à sublime comunhão nas
alegrias de tua família
espiritual.
Emmanuel
(Fonte: Mãos Marcadas, de Francisco Cândido
Xavier, Espíritos
Diversos).