Terça-feira, 13 de novembro de 2001
XXXII Semana do Tempo Comum, cor litúrgica verde
"Provai e vede como Javé é bondoso."

I Leitura:
Sb 2, 23-3,9
Salmo:
34/33, 2-3.16-17.18-19
Evangelho:
Lc 17, 7-10

Santos do dia:
Diogo de Alcalá (ou Diego, 1463), Arcádio (437), Brício (444, bispo de Tours), Eugênio (657, Arcebispo de Toledo), Maxelinda (ou Mazielinda, 670, virgem e mártir), Quiliano (Séc. VI), Nicolau I (86, papa), Abo de Fleury (1004, abade), Homobono (1197), Estanislau Kostka (1568), 


I Leitura
Sb 2, 23-3,9
AS ALMAS DOS JUSTOS ESTÃO NAS MÃOS DE DEUS

23Deus criou o homem para a imortalidade e o fez à imagem de sua própria natureza; 24foi por inveja do diabo que a morte entrou no mundo, e experimentam-na os que a ele pertencem. 3,1A vida dos justos está nas mãos de Deus, e nenhum tormento os atingirá. 2Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido; sua saída do mundo foi considerada uma desgraça, 3e sua partida do meio de nós, uma destruição; mas eles estão em paz. 4Aos olhos dos homens parecem ter sido castigados, mas sua esperança é cheia de imortalidade; 5tendo sofrido leves correções, serão cumulados de grandes bens, porque Deus os pôs à prova e os achou dignos de si. 6Provou-os como se prova o ouro no fogo e aceitou-os como ofertas de holocausto; 7no dia do seu julgamento hão de brilhar, correndo como centelhas no meio da palha; 8vão julgar as nações e dominar os povos, e o Senhor reinará sobre eles para sempre. 9Os que nele confiam compreenderão a verdade, e os que perseveram no amor ficarão junto dele, porque a graça e a misericórdia são para seus eleitos.

   

Salmo
34/33, 2-3.16-17.18-19
BENDIREI O SENHOR DEUS EM TODO O TEMPO!

Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!

O Senhor pousa seus olhos sobre os justos, e seu ouvido está atento ao seu chamado; mas ele volta a sua face contra os maus, para da terra apagar sua lembrança.

Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta e de todas as angústias os liberta. Do coração atribulado ele está perto e conforta os de espírito abatido.

 

Evangelho
Lc 17, 7-10
LIÇÃO DE HUMILDADE: SOMOS POBRES SERVOS

Naquele tempo, disse Jesus: 7"Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: 'Vem depressa para a mesa'?

8PeIo contrário, não vai dizer ao empregado: 'Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso tu poderás comer e beber?' 9Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado? 10Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: 'Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer"'.

Comentando o Evangelho(*)
O CUMPRIMENTO DO DEVER

O discípulo é constituído para o serviço do Reino. E na vocação de servidor que se realiza e encontra um sentido para sua vida. Sua alegria consiste em entregar-se, sem reservas, ã missão recebida, sem nada exigir. Basta-lhe a consciência do dever cumprido.

Jesus desenvolveu este tema, servindo-se de uma parábola baseada nos costumes da época. A inescrupulosa atitude do senhor, em relação a seu servo, justificava-se na sociedade de então. A falta de um contrato de trabalho, em que se estipulava o limite de horas de trabalho diário e se reconhecia as horas extras, possibilitava aos senhores explorar, ao máximo, os seus empregados. Por outro lado, o escravo era propriedade de seu dono, portanto, sem qualquer direito. Tudo quanto fizesse, por mais duro e esgotante que fosse, restava-lhe somente dizer: "Cumpri apenas meu dever!"

Aplicado ao Reino, a lição funciona assim: se o escravo, serve por obrigação, submete-se a todos os caprichos de seu patrão, resigna-se ao pensar que faz o seu dever, quanto mais o discípulo do Reino, cuja opção é livre, está a serviço de um Pai misericordioso, e tem como obrigação somente praticar o amor e a justiça? Por mais que tenha feito, cabe-lhe dizer: "Sou um empregado inútil, fiz apenas o que era minha obrigação!" É se dá por satisfeito por estar a serviço do amor.

 

(*) Jaldemir Vitório é sacerdote jesuíta, professor das Sagrada Escritura no Centro de Estudos Superiores, em Belo Horizonte, MG. Este comentário foi extraído do livro O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano C, ©Paulinas, 1997

Ao entrarmos em contato com Deus devemos nos colocar inteiramente em suas mãos, seguindo a sua vontade como servos que obedecem seu senhor. (LITURGIA DIÁRIA Nº 119, ©PAULUS)

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