O menino mal-assombrado
(As vidas de Chico Xavier - Marcel Souto Maior - página 11)
 
O pai, João Candido Xavier, balançava a cabeça e remunsgava.
__ É louco.
A madrinha, Rita de Cássia, reagia às alucinações do menino com golpes de vara de marmelo. Entre uma surra e outra, enterrava garfos na barriga do afilhado e berrava:
__ Este moleque tem o diabo no corpo.
Nem padre Sebastião Scarzello conseguiu fazer Chico Xavier um garoto "normal".
Após as confissões, preces, penitências, ele tagarelava com a mãe já morta, via hóstias cintilantes na comunhão, escrevia na sala de aula textos ditados por seres invisíveis e se tornava, assim, o assunto mais exótico da cidade. Na empoeirada e católica Pedro Leopoldo, a 35 quilómetros de Belo Horizonte, era difícil emcontrar quem apostasse na santidade de Chico Xavier.
Para espantar o diabo e pagar seus pecados, o garoto seguia a risca as receitas paroquianas. Chegou a desfilar em procissão com uma pedar de 15 quilos na cabeça e a repetir mil vezes seguida a ave-maria. Rezava e contava. Não foi fácil. Um espírito desocupado fazia caras e bocas para atrapalhar seus cálculos. Na igreja, assombrações flutuavam sobre os bancos e beijavam os santos.

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