TOLERÂNCIA E NEGLIGÊNCIA

 

        A pretexto de tolerância, não te facultes a indiferença, derrapando na negligência anestesiante.

        Tolera o enfermo, no entanto, labora contra a enfermidade, não lhe dando trégua.

        Compreende o tombado nas malhas do erro, não obstante, esforça-te por eliminar as matrizes do desequilíbrio.

        Simpatiza com o perturbado, sem embargo, esforça-te por acabar com os fatores que geram a perturbação.

        Aceita a incapacidade do teu próximo, todavia, combate com insistência a ignorância.

        Apieda-te do infeliz, entretanto, estabelece as linhas de luta contra os germes do infortúnio.

        Por toda parte surge a oportunidade de ser vivenciada a lição da tolerância para com os limites e os problemas do próximo. Apesar disso, convém ter-se em mente que a tolerância é sempre melhor para quem a exerce, por propiciar autoburilamento e disciplina no programa da própria evolução.

        Aquele a quem se dirige e se doa a tolerância, invariavelmente padece hipertrofia do sentimento e não se dá conta da chaga moral ou física que o dilacera.

        A tolerância, desse modo, é medicação e amparo a quem sofre ou extrapola da atitude correta, nunca porém, apoio ao equívoco, nem negligência para com o dever.

***

         Pequeno defeito numa peça põe toda a maquinaria em desmantelo.

        Singelo equívoco de cálculo e toda uma obra colossal rui.

        Inexpressivas brechas na represa ameaçam-lhe a resistência.

        Tolerância para com os outros e severidade para consigo mesmo.

        No exercício da tolerância a disciplina deve comparecer ensinando ao trôpego como manter-se de pé; ao caído como levantar-se; ao enfermo como curar-se; ao ignorante como esclarecer-se; ao desorientado como reencontrar o roteiro.

        Lição de tolerância e disciplina dá-nos o organismo físico.

        Determinado excesso a máquina orgânica supera. O abuso, no entanto, fá-la reagir, corrigindo o infrator.

        A vida, que tolera gravames e diatribes, impõe, simultaneamente, a necessidade da corrigenda mediante o impositivo da reencarnação.

        Sê tolerante com as falhas alheias, mas não as assimiles, nem sintonizes com os delíquios morais a pretexto de bondade ou gentileza...

***

        Quando Jesus se viu diante da mulher surpreendida em adultério e foi diretamente convocado a pronunciar-se, aplicando a “Lei de Moisés” ou a “Lei de amor”, utilizou-se da misericórdia revestida de sabedoria mediante cujo argumento dispersou a multidão.

        ¾  “Ninguém te condenou? Nem eu tampouco te condeno. Vai e não tornes a pecar.”

        Não lhe exprobou o comportamento irregular, é certo, levando-a a desespero maior. Sem embargo, não coniviu, não concordou com o seu deslize moral, que a ela própria cabia retificar, aduzindo que não reincidisse no erro.

        Tolerância sempre. Negligência nunca.

(De: “Otimismo”, de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)

Para assinar a lista:............. [EMAIL PROTECTED]
Para enviar:.............................. [EMAIL PROTECTED]
Para sair da lista:.............. [EMAIL PROTECTED]
Nosso site:.............. http://www.geocities.com/listamensageiros/
Sugestões ou dúvidas:..... [EMAIL PROTECTED]

clique aqui Grupos.com.br
página do grupo diretório de grupos diretório de pessoas cancelar assinatura

BEGIN:VCARD
VERSION:2.1
N:LUZ;VINHA DE
FN:VINHA DE LUZ
EMAIL;PREF;INTERNET:[EMAIL PROTECTED]
REV:20020322T123157Z
END:VCARD


Responder a