Terça-feira, 2
de abril de 2002 Oitava da Páscoa,
cor litúrgica branca |
Leitura: At 2, 36-41 |
Salmo: 32
(33), 4-5.18-19.20 e 22 |
Evangelho: Jo 20, 11-18 |
Santos do
dia: Francisco de Paula, Afiano e Teodósia (mártires), Maria do Egito,
Nicécio ou Nizier (bispo), João Payne (beato e mártir), Leopoldo de Gaiche
(beato, confessor franciscano da 1ª ordem). |
Leitura At 2,
36-41 CONVERSÃO E BATISMO
No dia de Pentecostes, Pedro disse aos judeus:
36"Que todo o povo de Israel reconheça com plena certeza: Deus
constituiu Senhor e Cristo a este Jesus que vós crucificastes".
37Quando ouviram isso, eles ficaram com o coração aflito, e
perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: "Irmãos, o que devemos fazer?"
38Pedro respondeu: "Convertei-vos e cada um de vós seja
batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos vossos pecados. E vós
recebereis o dom do Espírito Santo. 39Pois a promessa é para
vós e vossos filhos, e para todos aqueles que estão
longe, todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar para
si". 40Com muitas outras palavras, Pedro lhes dava testemunho,
e os exortava, dizendo: "Salvai-vos dessa gente corrompida!"
41Os que aceitaram as palavras de Pedro receberam o batismo.
Naquele dia, mais ou menos três mil pessoas, se uniram a eles.
Salmo 32 (33),
4-5.18-19.20 e 22 (R/.5b) TRANSBORDA EM TODA A TERRA A BONDADE DO
SENHOR
Reta é a palavra do Senhor, e tudo o que ele faz merece
fé. Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua
graça.
Mas o Senhor pousa o olhar sobre os o temem, e que
confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e
alimentá-los quando é tempo de penúria.
No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso
auxílio e proteção! Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma
que em vós nós esperamos!
Evangelho Jo 20,
11-18 MARIA ANUNCIA A RESSURREIÇÃO DE CRISTO AOS
DISCÍPULOS
Naquele tempo, 11Maria estava do lado de fora
do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do
túmulo. 12Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados
onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.
13Os anjos perguntaram: "Mulher, por que choras?" Ela
respondeu: "Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram".
14Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de
pé. Mas não sabia que era Jesus. 15Jesus perguntou-lhe:
"Mulher, por que choras? A quem procuras?" Pensando que era o jardineiro,
Maria disse: "Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste,
e eu o irei buscar". 16Então Jesus disse: "Maria!" Ela
voltou-se e exclamou, em hebraico: "Rabuni" (que quer dizer mestre).
17Jesus disse: "Não me segures. Ainda não subi para junto do
Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso
Pai, meu Deus e vosso Deus". 18Então Maria Madalena foi
anunciar aos discípulos: "Eu vi o Senhor!", e contou o que Jesus lhe tinha
dito.
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Comentando o Evangelho(*) NÃO ME RETENHAS!
A cena comovente do encontro de Maria de Mágdala com
Jesus evidencia a mudança de relacionamento entre o discípulo e o Mestre,
operada a partir da ressurreição. A nova condição de Jesus exigia um novo
tipo de relacionamento.
Maria expressou o carinho que nutria por Jesus nos vários
detalhes de seu comportamento. A notícia do desaparecimento do corpo do
Senhor deixou-a perplexa. Com isso, perdia um sinal seguro da presença do
amigo querido, mesmo reduzido a um cadáver. Sem ele, não teria um lugar
preciso ao qual se dirigir quando quisesse prantear a perda irreparável do
amigo. Por isso, mesmo que todos tivessem se afastado, ela permaneceu
sozinha, à entrada do túmulo, chorando.
Seu diálogo com os anjos ocorreu de maneira espontânea,
sem ela se dar conta de estar falando com seres celestes. Só lhe importava
saber onde puseram "o meu Senhor". Da mesma forma aconteceu o diálogo com
o Ressuscitado. Num primeiro momento, Maria pensou tratar-se de um
jardineiro. Demonstrando uma admirável fortaleza de ânimo mostrou-se
disposta a ir, sozinha, buscar o cadáver do Mestre para recolocá-lo no
sepulcro. Tão logo reconheceu a voz do Mestre, tentou agarrar-se a ele.
Ele, porém, exortou-a a mudar de comportamento. Doravante, o sinal de
amizade que o Senhor queria dela era que se tornasse missionária da
ressurreição. Já se fora o tempo em que podia tocá-lo fisicamente.
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(*) Jaldemir Vitório é sacerdote jesuíta,
professor das Sagrada Escritura no Centro de Estudos Superiores, em
Belo Horizonte, MG. Este comentário foi extraído do livro O
EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1998
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