Quinta-feira, 26
de setembro de 2002 25ª
Semana do Tempo Comum, cor litúrgica verde Memória Facultativa de São
Cosme e São Damião, mártires Dia Internacional das Relações Públicas
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Leitura: Ecl 1, 2-11 |
Salmo: 89(90),
3-4.5-6.12-13.14 e 17 |
Evangelho: Lc 9, 7-9 |
Santos do
dia: Cosme
e Damião, Elzeário de Sabran, Eusébio, Vigílio, Cipriano, Justina, Nilo
(1004), Teresa Coudec (virgem, 1885), Delfina de Glandeves (virgem
franciscana, ofs) |
Oração do dia: Ó Pai, que resumistes toda a lei no amor a Deus e ao
próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um
dia à vida eterna. |
Leitura Eclesiastes (Ecl 1, 2-11) SÓ EM
DEUS TEMOS SEGURANÇA E ENCONTRAMOS SENTIDO PARA NOSSA
EXISTÊNCIA
2 "Vaidade das
vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade".
3Que proveito tira o homem de todo o trabalho com o qual se
afadiga debaixo do sol? 4Uma geração passa, outra lhe sucede,
enquanto a terra permanece sempre a mesma. 5O sol se levanta, o
sol se deita, apressando-se para voltar ao seu lugar, donde novamente
torna a levantar-se. 6Dirigindo-se para o sul e voltando para o
norte, ora para cá, ora para lá, vai soprando o vento, para retomar
novamente o seu curso. 7Todos os rios correm para o mal; e
contudo o mar não transborda; voltam ao lugar de onde saíram para tornarem
a correr. 8Tudo é penoso, difícil para o homem explicar. A
vista não se cansa de ver, nem o ouvido se farta de ouvir. 9O
que foi, será; o que aconteceu, acontecerá: 10não há nada de
novo debaixo do sol. Uma coisa da qual se diz: "Eis aqui algo de novo",
também esta já existiu nos séculos que nos precederam. 11Não há
memória do que aconteceu no passado, nem também haverá lembrança do que
acontecer, entre aqueles que viverão depois.
Salmo 89(90),
3-4.5-6.12-13.14 e 17 (R/.1) Ó SENHOR, VÓS FOSTES SEMPRE UM REFÚGIO PARA
NÓS
Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, quando dizeis:
11Voltai ao pó, filhos de Adão!" Pois mil anos para vós são
como ontem, qual vigília de uma noite que passou.
Eles passam como o sono da manhã, são iguais à erva verde
pelos campos: De manhã ela floresce vicejante, mas à tarde é cortada e
logo seca.
Ensinai-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso
coração sabedoria! Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? Tende piedade
e compaixão de vossos servos!
Saciai-nos de manhã com vosso amor, e exultaremos de
alegria todo o dia! Que a bondade do Senhor e nosso Deus repouse sobre nós
e nos conduza! Tomai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho.
Evangelho Lucas (Lc 9, 7-9) AS AÇÕES DE
JESUS E O IMPACTO NA SOCIEDADE
Naquele tempo, 7o tetrarca Herodes ouviu falar
de tudo o que estava acontecendo, e ficou perplexo, porque alguns diziam
que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. 8Outros diziam
que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha
ressuscitado. 9Então Herodes disse: "'Eu mandei degolar João.
Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?" E procurava ver
Jesus.
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Comentando o
Evangelho(1) QUEM É ESTE
HOMEM?
A perplexidade de Herodes tinha razão de ser. Quiçá o
governante prepotente se sentisse ameaçado pelos grandes feitos de Jesus.
Este se mostrava mais poderoso que o tetrarca romano, ao curar as doenças
do povo e recuperar-lhe a alegria e a esperança de viver. Além disso, as
multidões que se agrupavam em torno dele poderiam constituir-se num
problema de segurança. E se resolvessem promover uma revolta?
Todas as explicações dadas pelo povo para definir a
identidade de Jesus eram descartadas por Herodes. Todas se baseavam na fé
na ressurreição dos mortos, a qual o tetrarca rejeitava. Ele não
acreditava que João, nem Elias, nem algum dos antigos profetas tivessem
ressuscitado. Quanto a João, tinha a absoluta certeza de tê-lo
degolado.
Dai seu desejo de avistar-se pessoalmente com Jesus.
"Desejava vê-lo". Com que finalidade? Para armar-lhe uma cilada,
eliminando-o de forma premeditadamente perversa? Para ouvir da própria
boca de Jesus uma definição convincente sobre a sua identidade? Para
exigir dele a realização de algum milagre, a partir do qual pudesse tirar
as suas conclusões? Para desmascará-lo como impostor? Não sabemos!
Herodes só terá a chance de vê-lo por ocasião da paixão,
quando lhe for apresentado por ser governador da Galiléia, pátria de
Jesus. Este, porém, se manterá calado, recusando-se a dirigir uma só
palavra a quem era movido por má-fé. Herodes haveria de morrer sem saber,
afinal, quem era Jesus de Nazaré.
Primeira
Leitura(2)
NÃO HÁ
NADA DE NOVO DEBAIXO DO SOL
O belíssimo texto sapiencial sublinha aspecto da vida
muitas vezes salientado pelo existencialismo: tudo é vaidade, isto é, tudo
é inutilidade, engano, absurdo, "tédio". O homem que vive o instante
fugaz, sem referência religiosa, engana-se e afadiga-se por nada. Absurdo
da condição humana sem Deus! A resposta à sua angústia só pode ser
descoberta no extremo da vaidade do homem. A tragédia de Coélet é a
tragédia de todo homem sem Deus. E um apelo inconsciente a Deus.
Ensina-nos a humildade de ser pobres e de encontrar a salvação somente em
Deus. Compreende-se então a Páscoa de Cristo: Jesus foi ao fundo da
vaidade do homem para nos abrir à esperança de Deus. Celebrando a
Eucaristia, celebramos a liberdade trazida por Deus à humanidade, não
obstante os determinismos e "necessidades" do mundo, abrindo-a à vida sem
fim.
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(1)
Jaldemir Vitório é sacerdote jesuíta, professor das Sagrada
Escritura no Centro de Estudos Superiores, em Belo Horizonte,
MG. Este comentário foi extraído do livro O EVANGELHO NOSSO DE
CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1998; (2/3)
Trechos do COMENTÁRIO BÍBLICO, ©Edições Loyola,
1999 e BÍBLIA DE JERUSALÉM, ©Paulinas,
1991. | |
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