SALVAÇÃO MATRIMONIAL

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(...)      O Espiritismo tem uma grande contribuição em favor da estabilidade matrimonial, mostrando-nos que, a par dos imperativos da Natureza, defrontamo-nos, no casamento, com o desafio da convivência, que parte de nosso aprendizado como espíritos eternos.

            Trata-se de uma necessidade evolutiva que lembra antigo recurso para limpeza de pregos quando, por limitações tecnológicas, eles eram produzidos com uma rebarba. Colocados num grande recipiente que ficava girando durante algum tempo, os pregos atritavam-se uns com os outros e perdiam o indesejado apêndice.

            Além da eliminação das “rebarbas” produzidas pela nossa própria inferioridade, a vida em família é, também, um ponto de referência que nos ajuda a manter o contato com a realidade. As pessoas que vivem durante muito tempo sozinhas enfrentam problemas neste sentido. Dificilmente um eremita evitará excentricidades e esquisitices, por falta do referencial, de contato com pessoas que possam apontar suas falhas, seus “desvios de perspectiva” na vivência e apreciação das experiências humanas.

            Há sonhadores que cultivam a idéia do amor romântico, da união com a alma gêmea, imbuídos da idéia de que juntos serão infalivelmente “felizes para sempre”, em gratificante convivência. Será tudo perfeito, desde o início, “amor à primeira vista”, reencontro feliz de metades eternas.

            Muitos casamentos terminam quando os cônjuges descobrem, após a euforia dos primeiros tempos, que a “alma gêmea” transformou-se em “algema”.

Só o amor-paixão, o amor-impulso sexual, é instantâneo. O amor de verdade, o amor-sentimento profundo de comunhão, é um projeto para a vida toda, que começa como tenra plantinha, com florações fugazes de desejo que, para vingar e frutificar, pede empenho diligente e consciente de duas pessoas que podem ter algumas afinidades mas, essencialmente, são diferentes, em múltiplos aspectos — biológico, psicológico, cultural, intelectual, emocional. A lista iria longe.

            Se não há esse entendimento e a convivência vai mal os cônjuges responsáveis, que pensam nos filhos, concordam que é preciso tentar salvar o casamento. Recorrem, então, à religião, aos psicólogos, aos amigos, aos conselheiros matrimoniais.

            De fato o termo é esse: salvar o casamento, não apenas no sentido de evitar a separação, mas, principalmente, no sentido de preservá-lo, de torná-lo capaz de resistir aos desgastes da vida em comum.

(...)

(Extrato do capítulo em epígrafe do livro “Um jeito de ser feliz”, de Richard Simonetti)

           

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