BEM VIVER

 

            Para viver bem basta possuir e deixar-se possuir pelos gozos.

            Oportunidades, porém, para que você se comprometa com o erro surgem, contínuas, como tentações, desafiando suas forças morais. Resisti-las, todavia, é a decisão que você se deve impor, sem que dessa atitude lhe advenham tristeza e dissabor.

            O homem forte fez-se resistente mediante ingentes lutas que o capacitaram para a vitória sobre si mesmo.

            Ocorre-lhe que as comodidades existem para fruídas, mas você sabe que a viciação é enfermidade moral que deve combater, a benefício próprio.

            Juventude é um estágio transitório do organismo.

            Jovialidade, porém, é um estado que se conquista, a fim de se manter jovem em qualquer idade do corpo.

            Você vê os amigos dando largas concessões ao gozo e atormenta-se, como se estivesse a perder o melhor da vida. E, todavia, os mais preciosos valores da vida são os de natureza moral, espiritual.

            É certo que lhe não sugerimos clausura ou evasão da realidade atual, ascetismo ou fuga da convivência social, antes o conclamamos à saúde interior e à alegria contagiante, que somente possuem aqueles que são livres das conjunturas inditosas, dos acumpliciamentos com a venalidade.

            Liberdade é um estado interior.

            Amar, empreender realizações de enobrecimento, viver, são conseqüências da liberdade de que o homem dispõe para seu gáudio e ventura.

            No entanto, o amor pode expressar-se mediante a comunhão pelo sexo, mas o sexo pode ser exercido automaticamente, sem o amor. E quando tal ocorre, o ser que ama dignifica-se através da elevação matrimonial, enquanto que sem o amor se apaixona, brutalizado, descendo à animalidade e, não raro, aos crimes de nomenclatura variada...

            A honestidade que o fará tranqüilo nos empreendimentos enobrecedores, deve ser cultivada interiormente. Mesmo que ninguém a identifique em você, não se importe.

            O diamante é precioso, apesar de dormir, ignorado, no seio da terra. A lapidação realça-lhe somente a beleza que jaz adormecida no seu imo.

            Quando os impulsos violentos o assaltarem, frene-os. Quem não é capaz de dominar as paixões não é digno de triunfar e ser feliz. O instinto rebelde, se dirigido, transforma-se em usina de força para as realizações da inteligência e da razão.

            Não se afadigue, portanto, pelo prazer que deseja agora e logo mais se lhe terá desvanecido.

            Não infira, disso, que você se deve abster das emoções ditosas. Ao contrário: está, como todos nos encontramos, destinado à felicidade das emoções sem fim e dos gozos sem limite, se aguardar no dever e na honra, o momento próprio da sua vitória.

            A isto chamamos bem viver.

Marcelo Ribeiro

(De “Terapêutica de Emergência”, de Divaldo P. Franco – Diversos Espíritos)

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