Primeiramente, obrigado por aceitar o debate, ServoLíquido.
Segundamente, nada do que eu digo é pessoal, porque parece que a realidade das personalidades individuais é hipótese muuuuito mais frágil e útil que a de praxis. São as condutas sedimentadas que é útil questionar, pessoas são Dchuang Tz sonhando borboleta sonhando Dchuang Tz...

liquid slave wrote:
On 1/5/07, Stalker <[EMAIL PROTECTED]> wrote:

Frangamente, vc não acha muito judaico-cristão esse papo de "n newba tem
q sofrer"?



Não acho não, e newba tem que sofrer, pra aprender a  estudar e  largar a
mão de ser  newba.
Cara, mas não precisa sofrer para aprender. Precisa querer crescer. Tem uma angústia de não saber que a partir de um certo limiar gera reações de desesperança, falta de auto-estima e conformismo. Qdo um cara sofre demais, ele volta para o proprietário. Isso tem que ser dosado, o q eu queria dizer é q o sofrimento não é nem critério nem motor do ganho de poder da gente.

Ou é ainda pior, a conversa aqui é corporativa: q todo mundo instale
linux para os geeks ganharem mais dinheiro ou terem mais gente pedindo e
devendo favor para eles/nós?


E geek sempre pagou as contas com as newbagens dos outros ou não ?
É, mas pagam por que são obrigados ou porque se sentem orgulhosos? (Tá vendo a volúpia do martírio, judaico-cristã, outra vez?)

Sim, a babel de distros é um problema sério. Problema político sério,
precisava de um congresso internacional para definir convenções e
processos universais.

Já existe isso, não precisa de congresso não, freedesktop.org o modelo
aberto incentiva
tanto a colaboração quanto os forks e também o contrário.
Newba pergunta: o que é fork?
Ainda bem que
tem 9.000 distros + a que eu faço pra mim nas madrugadas, se não certamente
teria bem menos gente usando e desenvolvendo.
Explica isso melhor, porfa. Não é uma dispersão de esforços? (Eu não acho que é, mas quero q vc exponha sua perspectiva de quem já tá com uma distro rodopiando por aí...)

Vamos parar com o geekcentrismo! Até onde eu me lembro, o problema q os
metarecs assumem é dar liberdade de informação e comunicação para o
público amplo, não ficar se autocongratulando pelas nossas grandes
competências!



Se isso foi pessoal, nem respondo, mas repito newba tem que sofrer, tem que
aprender
a pensar, tem que aprender a se virar, nada de computadores pensando por
vc.  Quem
quer ter sistema linux bom e de graça tem que trabalhar, vai no fórum
reportar bugs, abre
o vim e edita o código, vai no banco e deposita doação na conta do geek que
faz o programa.
Se quer windão ou macosx bom compra ações da empresa e enche o saco da
diretoria...
Sem essa de vítima, isso é muito newba, newba tem que sentar ler o manual,
dar uma folheada
no help, pesquisar no google pelos tutoriais que os geeks escrevem para que
os newbas deixem
de ser newbas.
Nem todo mundo se sente encorajado ou capaz. Na boa, falta uma percepção mais "antropológica" do uso das máquinas e algoritmos pelas pessoas reais, porque a linguagem que nós achamos claríssima pode ser completamente obscura para gente que vive em ou vem de outro mundo de experiências.

Te conto um caso pessoal: minha mãe não sabe usar um gravador k7, eu já ensinei milhares de vezes, não consegui pq ela acha q não consegue e rola um bloqueio afetivo; no entanto, acho que tenho uma atitude impaciente e autoritária, então o bloqueio só aumenta; quando minha sobrinha ensina para a avó, ela chega a conseguir usar os play/stop/rew/ff durante uns dois dias....

Não é papo de vítima, mas se a gente quer lutar contra o soft-proprietário, temos que ter mais cuidado com as pessoas do que ele tem, e não há muito cuidado com isso nos fóruns, tutoriais e helps...

Se newba tá na frente do computador , e não sabe o que fazendo, e não quer
saber, tem que
sofrer, tem que cair em dependece hell, tem que queimar no mármore do
ndiswrapper,
?
Nascemos com o pecado original de usarmos as máquinas antes de aprender como elas funcionam. Depois quando queremos mudar seu funcionamento, somos expulsos do paraíso da interface gráfica e temos que ganhar nossas aplicações com o suor de nossos dedos escrevendo as linhas de comando... e quando cedemos à tentação das ferramentas obscuras ou de código fechado, temos que nos purgar com penitências, com medo do castigo do inferno da dependência.

Veja como você tá só confirmando essa moralidade do circuito pecado-culpa-martírio-expiação. Pára com isso, Slave!

O newba tem mais motivos do que apenas a preguiça ou o preconceito com o trabalho "técnico" dos outros. E mesmo essa preguiça e esse elitismo, se a gente não descobre a origem e arruma jeito de dispersar nas práticas, só são reforçados por essas recriminações.
tem que
escolher entre cancelar e fechar, tem que quebrar a cabeça pra fazer
periférico funcionar até
entender que computador tem falhas de projeto, programas tem bugs, e a peça
entre o teclado
e a cadeira é responsável por 90% dos problemas do mundo da informática, e
estudar pra deixar
de ser newba !
Bem, 100% dos problemas: os outros 10% são problemas do humano entre dois não humanos que se incorporaram quando esses não humanos foram bolados e construídos.



Sejamos mais generosos, ninguém se ilumina com castigos e ameaças.
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note;quoted-printable:"Da =C3=A1gua estagnada se espera o veneno" (W.Blake) 
version:2.1
end:vcard

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