mas esse texto é um oasis! Em 17/12/07, mbraz <[EMAIL PROTECTED]> escreveu: > > bem legal, mas ficou um gostinho de quero mais... ;) > > abs > > mbraz > > Em 17/12/07, Felipe Fonseca <[EMAIL PROTECTED] > escreveu: > > > > recebi do pajé e pedi autorização pra encaminhar por aqui... > > acho fundamental incorporar na discussão, em tempos nos > > quais a apropriação vem sendo apropriada, por vezes em > > termos e níveis diferentes do que a gente gostaria. em > > tempos nos quais software livre é a moda do momento, > > a nova onda dos negócios, uma possibilidade de fazer > > mais e melhores bizness. em que o governo federal vem > > por aí dizendo que virou colaborativo, tático, udigrudi e de > > vanguarda. em que as corporações falam em crowdsourcing, > > em deixar os clientes fazerem o trabalho mais importante > > ao mesmo tempo em que o lucro (e as ofertas no IPO) > > continuam a crescer. > > > > "aberto" e "livre"? até que ponto? > > > > efe > > > > ---------- Forwarded message ---------- > > From: pajé < [EMAIL PROTECTED]> > > Date: Dec 16, 2007 2:49 PM > > > > um trecho recente da introdução do meu trabalho, com carinho, para vcs. > > > > É recorrente entre aqueles envolvidos com uma mudança social, > > especificamente vinculada aos sistemas tecnológicos de produção de > > subjetividade, uma defesa pela "desmitificação" da tecnologia. De que > > a "caixa preta" precisa ser aberta. Alternativas como o software > > livre, as novas licenças de propriedade para material cultural, a > > reutilização de material tecnológico obsoleto dão a impressão de que > > basta uma abertura de alternativas para que se desconstrua o sistema. > > Isso leva técnicos, leigos, músicos, cientistas sociais, comunicadores > > e demais, a buscarem nas formas "abertas" da tecnologia (open culture, > > open source, open work, open bussiness) uma possibilidade de revelação > > e esclarecimento, que se oporia a construção fechada e mistificada do > > aparato tecnológico. A intuição que salta pelo conhecimento técnico e > > pela aproximação criativa é a de que o "aberto", possibilita > > aprendizagem, enquanto o fechado limita as operações e o conhecimento. > > Com isso, inverte-se a equação e o que era um apelo pela > > desmistificação torna-se o próprio mito. A revelação e a busca de uma > > constituição que oferece a possibilidade de intervenção torna-se o > > ente pela qual se dobra e para qual se recorre em caso de erro. A > > facilidade oferecida pela qualidade aberta das tecnologias é uma > > liberdade concedida e não conquistada. Não obstante, minimiza as > > críticas e esconde o problema, já que o processo de filiação a estas > > tecnologias suplanta o pensamento sobre os conflitos sociais que o > > desenvolvimento tecnológico impõe. > > > > O debate da recente cultura ocidental sobre tecnologias "fechadas" e > > "abertas" é falho, por que não considera a quebra da separação entre > > sujeito e objeto dentro do processo operativo e constitutivo da > > relação homem-máquina. Esta cultura, mais do que se situar como "um > > sistema de defesa designado a salvaguardar o homem das técnicas" 4 em > > nossos tempos, tem assimilado a ideologia dominante alocadas nas > > técnicas, e dicotomizando as tecnologias, parecendo não perceber que > > ela (a cultura) se reproduz enquanto relação de dominação entre homens > > projetada na dominação ideológica na técnica. > > > > Os slogans proto progressistas igualmente não funcionam caso > > queiramos ter uma noção das influencias e modificações impostas pela > > massificação de tecnologias de consumo na vida cotidiana. Sociedade em > > rede, da informação, cognitiva, pós industrial etc, não são somente > > insuficientes, totalizantes e artificiais, como também revelam um > > processo político de dominação e exclusão, já que a própria > > classificação da sociedade e o atestado de realidade de uma situação > > ainda amórfica, deixa de fora grupos, instituições, comportamentos, > > lógicas e crenças que, a não ser pelo esmagamento de suas > > singularidades, não se encaixariam nestes termos classificatórios. > > > > -- > > * Linux registered user # 402094 > > * faça e pense rádio livre > > * leia guimarães rosa, mario quintana e patativa do assaré > > > > > > -- > > FelipeFonseca > > > > http://efeefe.no-ip.org - Blogue > > http://bricolabs.net - BricoLabs, né? > > http://metareciclagem.org - Nova versao! > > http://pub.descentro.org - Virou... > > _______________________________________________ > > Lista de discussão da MetaReciclagem > > Envie mensagens para metarec@colab.info > > http://lista.metareciclagem.org > > > > > > -- > ൬βռăʒ > > --> Yeats: "Mirror on mirror mirrored is all the show." > --> Flusser: "Espelho por espelho espelhado e' todo o espetaculo." > _______________________________________________ > Lista de discussão da MetaReciclagem > Envie mensagens para metarec@colab.info > http://lista.metareciclagem.org >
-- Rafael de Lima Franco "faz-se o chamado e disponibiliza-se a ser chamado: - perguntando caminhamos, distraídos venceremos." Amalgama D'Citacione MSN: [EMAIL PROTECTED] Celular: +55 19 96461849 Limeira - SP - Brasil
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