Pedro,

Com os contatos que tive durante meu tempo na ENGESA, e por artigos do mesmo
que li em varias  revistas brasileiras de armamento, faz com que o grau de
confiabilidade que tenho por qualquer noticia publicada pelo Pedro Paulo
Rezende, se aproxime de zero.

Será que alguém do Poder Naval poderia confirmar estas noticias e
comentários?

Bacchi

----- Original Message -----
From: Pedro M. Calmon <[EMAIL PROTECTED]>
To: <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Sunday, November 21, 1999 6:26 AM
Subject: [naval] LEIAM


> Materia publicada no Correio Braziliense desse
> domingo.
>
>
> França usa empresas brasileiras para entrar no mercado
> latino-americano de armas
>
>
> Pedro Paulo Rezende
> Da equipe do Correio
>
>
> A França quer usar o Brasil como ponte para conquistar
> o mercado de armas latino-americano. Além de uma
> controvertida associação da Marcel Dassault com a
> Embraer, brasileiros e franceses estão trabalhando no
> projeto de um barco invisível.Para tratar desses
> assuntos, uma comitiva da Direction General de
> l'Armements (DGA), holding que coordena as indústrias
> militares da França, iniciou na sexta-feira uma visita
> de quatro dias ao Brasil.
>
>   O grupo, chefiado pelo ex-embaixador da França no
> Brasil, Jean-Bernard Ouvrier, visitou o ministro da
> Defesa do Brasil, Élcio Álvares. No encontro, tentou
> empurrar um velho navio construído em 1960, o
> porta-aviões Foch, pela bagatela de US$ 50 milhões -
> uma proposta feita pela primeira vez ao ex-ministro
> Mauro Rodrigues em 1995.
>
>   Recebeu alguns sinais positivos, mas ouviu das
> autoridades navais navais brasileiras que a prioridade
> é obter tecnologia para construir reatores compactos
> para submarinos, campo em que a Direction des
> Constructions Navales (DCN), empresa ligada à DGA, já
> mostrou excelência.
>
>   A DCN é uma holding que concentra os estaleiros
> militares franceses. Ela está colaborando com a
> Empresa de Engenharia e Projetos Navais (Engepron) -
> ligada ao Ministério da Defesa brasileiro - no projeto
> de uma revolucionária fragata antiaérea de
> características furtivas, desenvolvida a partir da
> Classe La Fayette.
>
>
>
> SOFISTICAÇÃO
>
>   Os detalhes do projeto, voltado para o mercado
> latino-americano, ainda não estão prontos, mas o barco
> ( que se for completado será a maior embarcação de
> combate construída no país) terá cerca de 150 metros
> de comprimento e deslocará perto de 5 mil toneladas.
>
>   Seus sistemas de armas incluirão mísseis antiaéreos
> de defesa de área, capazes de atingir aviões e mísseis
> de cruzeiro a 50 quilômetros de distância, mísseis
> mar-mar de nova geração, desenvolvidos a partir do
> Exocet francês, helicópteros e mísseis anti-submarinos
> e canhões de 40mm e 115mm.
>
>   A classe La Fayette é um dos maiores sucessos
> comerciais da indústria naval francesa, que
> recentemente vendeu seis desses barcos para Taiwan e
> quatro para a Arábia Saudita. A Marinha Nacional da
> França recebeu este ano a sexta e última unidade do
> grupo.
>
>   São navios com 115 metros de comprimento e
> deslocamento de 4 mil toneladas. As linhas do projeto
> procuram evitar as chamadas armadilhas para radar,
> saliências e reentrâncias que emitem ecos eletrônicos.
> Os barcos salva vidas, por exemplo, estão abrigados
> por trás de cortinas plásticas especiais, que absorvem
> impulsos elétricos.
>
>   Os motores diesel, colocados sobre suspensões
> especiais antivibração, funcionam como geradores para
> o sistema principal de propulsão, formado por motores
> elétricos. Com isso, as La Fayette conseguem operar em
> completo silêncio, uma característica extremamente
> bem-vinda em situação de combate em águas infestadas
> de submarinos.
>
>
>
> SUBMARINO
>
>   Outra área de associação visaria a construção do
> submarino nuclear brasileiro um projeto iniciado em
> 1982, no governo do general João Figueiredo. O
> protótipo de um reator de 12 megawatts já está em
> funcionamento, no campus do Instituto de Pesquisas
> Nucleares da Universidade de São Paulo, em São Paulo,
> mas fracassaram todos os esforços para torná-lo mais
> compacto. Com isso, surgiu um impasse: ele é mais
> largo que o casco do submarino projetado, com
> tecnologia alemã, para abrigá-lo.
>
>   Para solucionar esse problema, o extinto Ministério
> da Marinha começou várias gestões junto a fabricantes
> internacionais durante a gestão do ministro Mauro
> César Rodrigues, em 1995. Foram feitos contatos com
> empresas britânicas, francesas, ucranianas e russas,
> mas a associação com a DCN parece que deu um ponto
> final à busca de um sócio.
>
>   Graças a um desenho revolucionário do sistema de
> propulsão, os franceses conseguiram construir os
> menores submarinos nucleares em operação - os das
> classes Rubis e Amethyste - que deslocam apenas 2.400
> toneladas (um submarino nuclear de ataque americano
> tem três vezes esse tamanho).
>
>   O projeto do submarino nuclear brasileiro, graças ao
> tamanho do reator, já estava com 4 mil toneladas
> previstas quando foi desacelerado por questões
> orçamentárias em 1995. Com um sistema de propulsão
> menor, esse peso seria reduzido para cerca de 3 mil
> toneladas.
>
>   O Ministério da Marinha já aplicou US$ 700 milhões
> no projeto do barco e do reator e US$ 600 milhões para
> o domínio do ciclo do combustível. A esse valor, devem
> ser somados US$ 1 bilhão, para completar o barco
> propriamente dito e construir sua base de apoio.
>
>   É bom lembrar que a propulsão nuclear não é um fim
> por si própria e um submarino é um sistema de armas
> complexo, que não poderia existir sem toda uma gama de
> equipamentos modernos.
>
>   França, Suécia, Itália, Alemanha e Grã Bretanha
> ofereceram sociedade ao Brasil para desenvolver e
> fabricar sistemas modernos de armas submarinas,
> inclusive torpedos guiados e mísseis antinavio, mas a
> conversa esbarrou na crônica falta de verbas para as
> forças militares brasileiras.
>
>
>
>
> --------------------------------------------------------------------------
------
>
>
> Minas, um barco duro de matar
>
>
>
>   O Minas Gerais poderia ser comparado ao ator Bruce
> Willis na série Duro de Matar. Quando seu fim parece
> próximo, alguém dá um jeito de ressuscitá-lo para mais
> uns anos de operação. Nau-capitânea da Armada, o
> navio, construído pela Grã-Bretanha em 1944, já passou
> por seis reformas completas. Na última, recebeu
> catapultas retiradas do seu irmão gêmeo 25 de Mayo,
> que serviu na Marinha Argentina por mais de duas
> décadas até ser aposentado durante o governo Menem.
>
>   O problema está em que não é mais possível
> remendá-lo. Suas máquinas não conseguem levá-lo a mais
> de 18 nós, cerca de 34 quilômetros por hora, o que é
> insuficiente para lançar os aviões A-4K Skyhawks que o
> Brasil comprou recentemente do Kuweit. Isso causa um
> grande embaraço para as autoridades navais que
> lutaram, durante mais de 30 anos, para reativar sua
> força de aviões, numa disputa contínua com a
> Aeronáutica. Os pilotos navais treinados para pousar e
> decolar os Skyhawks em porta-aviões estão perdendo
> suas habilitações recém adqüiridas, ao custo de US$
> 100 mil cada.
>
>   A maioria dos almirantes acredita que a melhor opção
> para a Aviação Naval é a construção de um novo navio.
> A DCN já apresentou para o Ministério da Marinha,
> durante a gestão do ministro Mauro Rodrigues, duas
> propostas, usando as instalações do falecido Estaleiro
> Verolme, de Angra dos Reis. A primeira seria uma
> versão do Charles de Gaulle movida por turbinas a gás
> e motores diesel-elétricos, deslocando 38 mil
> toneladas, capaz de levar até 40 aviões e
> helicópteros. Custaria a bagatela de US$ 800 milhões.
>
>   A segunda, mais palatável, poderia ser construída ao
> módico preço de US$ 450 milhões, deslocaria 25 mil
> toneladas e levaria entre 20 e 30 aeronaves. Mas há
> alternativas mais baratas da Espanha, Itália,
> Grã-Bretanha, Rússia e Ucrânia.
>
>   O Foch, tecnicamente, ainda é uma boa opção. Foi
> vistoriado há três anos e está bem conservado e com
> manutenção superior. Desloca 32 mil toneladas e leva
> 40 aviões e helicópteros de combate. Sua baixa na
> Marinha Nacional da França coincidirá com o fim
> previsto do Minas.
>
>   Pela proposta da DGA, o Foch seria entregue daqui a
> cinco anos, prazo que as autoridades francesas
> acreditam necessário para colocar em funcionamento
> todos os sistemas do Charles de Gaulle, um
> porta-aviões nuclear que levou mais de dez anos para
> ser completado e vem apresentando sucessivos problemas
> operacionais.
>
>   O navio precisaria passar por uma ampla reforma
> antes de atender as necessidades brasileiras. Suas
> catapultas a vapor não são adequadas ao lançamento de
> aviões de fabricação estadunidense, como os A-4. Além
> disso, o barco seria entregue sem os sistemas de
> armas. As soluções para esses problemas seriam
> relativamente simples: transferir as catapultas e os
> sistemas do Minas Gerais a um preço estimado entre US$
> 12 milhões e US$ 20 milhões.
>
>   Mas há outras dificuldades. A Marinha brasileira não
> tem nenhuma instalação capaz de repará-lo. O dique
> seco Rio de Janeiro, o maior disponível, precisaria
> ser aumentado em vinte metros, uma obra cara, que
> envolveria toda a infra-estrura do Arsenal de Marinha.
> Seriam mais US$ 10 milhões. A grande questão é se
> valeria a pena investir esse dinheiro num barco com
> mais de 40 anos de vida.
>
>   Segundo fontes do mercado de armas, o comandante da
> Marinha, almirante Carlos Chagastelles, teria uma
> forte razão para fechar o negócio: a DGA estaria
> insistindo na compra do Foch para liberar um
> financiamento de US$ 520 milhões do banco francês
> Paribas. A proposta está sob exame da Comissão de
> Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado e
> serviria para o reequipamento do Corpo de Fuzileiros
> Navais e a repotencialização dos helicópteros Super
> Puma. (PPR)


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