olá pessoal, a uns dias atras estava trocando uns
mails, com o Andreas Leber, sobre misseis, escrevi
esta pequena resposta sobre o PHOENIX, como imagino
que tenha mais gente que se interesse, passo na
integra a resposta de um dos mails que trocamos.
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Olá Andreas, tudo bem, também sou grande fã do
PHOENIX, ele é um míssil superlativo, grande alcance,
peso, velocidade, preço etc. ...
alguns dados dele.
Comprimento. 4.01metros...... diâmetro do corpo. 38cm
... envergadura.... 92.5cm
Peso. 447Kg
Ogiva 60Kg.... espoleta de proximidade ativada por
radio freqüência.
Velocidade > 5 MACH
Alcance. Variável com a altitude e velocidade do
lançamento de do alvo, porem na faixa de 150Km.
Preço. Varia entre 800mil a 1milhao de dólares.
Ele pode realizar uma interceptaçao para um alvo que
vai desde poucos metros acima do nível do mar, até um
a 25.000 metros como um MIG-25.
O sistema de guiagem assim como o do MICA e do AMRAAM,
é o radar ativo com meio curso inércial.
Funciona assim, quando um alvo é detectado pelo radar
de bordo do avião e o piloto decide ataca-lo o míssil
é programado para voar até uma região imaginaria do
espaço que chamamos de área de busca e isto o míssil
faz com o seu radar de bordo desligado, usando apenas
o sistema interno de navegação inércial.
Esta área de busca no caso do PHOENIX tem é um arco
com 20Km de raio e uns 120graus de abertura, quando
se chega nesta área o radar de bordo é ligado, o alvo
entao estando dentro desta área de busca é rastreado e
tem o buscador de radar travado sobre ele, com o
piloto automático do míssil levando-o até o impacto
final contra o alvo.
A área de busca ao qual o míssil deve se dirigir é
definida antes do lançamento pelo sistema de controle
de fogo do F-14, e é fruto de uma estimativa feita
através da analise do perfil de vôo do alvo de qual
região do espaço este vai estar quando o míssil tiver
chegado na área de busca.
Pode acontecer do alvo adotar um padrão de manobra que
o deixe fora da área de busca do míssil que já foi
lançado, neste caso o F-14 ou o meio AEW&C que estiver
acompanhando o alvo manda para o míssil já em vôo um
sinal codificado para que ele mude sua trajetória e vá
ate a nova área de busca em que o alcance do radar do
míssil possibilite atingir o alvo.
Uma outra forma de disparo do PHOENIX é já com o
buscador travado no alvo antes do lançamento, oque
seria desejável em um combate de menor distancia, com
o F-14 tendo que dar conta de um numero grande de
alvos muito próximos deles.
Qualquer míssil guiado a radar, seja ele ativo como
estes que citei, ou semi ativo como o SPARROW tem
capacidade all aspect, pois não dependem da irradiação
IR da turbina do alvo.
Já a capacidade de atingir alvos acima ou abaixo da
linha de lançamento é um pouco diferente, basicamente
acima da linha de lançamento é apenas uma questão da
quantidade de combustível que o míssil tenha e da
capacidade de manobra que ele possa ter a uma altitude
maior onde o ar é rarefeito, se bem que esta
consideração tem a contraposição de que o alvo também
sobre para manobrar em alta altitude.
Para alvos em baixa altura a coisa não é em termos de
aerodinâmica mais sim em termos eletrônicos, pois a
grande dificuldade de atingir um alvo voando baixo é
que os ecos do sinal de radar que iluminam o alvo são
muito fortes. Para que o receptor de radar do míssil
saiba se aquele sinal de retorno esta vindo do alvo ou
do solo ele analisa a freqüência do sinal, já que o
alvo devido ao seu movimento devolve um sinal em uma
freqüência diferente que o solo, que esta parado
obviamente. O PHOENIX claro tem esta capacidade, mas é
importante dizer uma coisa, se para um alvo voando
livre do retorno do solo o alcance máximo do radar
ativo do míssil é de 20Km, para um alvo voando rente
ao mar este alcance cai para pelo menos uns 12Km.
O perfil de vôo para um PHOENIX disparado a grande
distancia é o seguinte, ele sai do F-14 e assume uma
trajetória de subida chegando 30.000 metros em alguns
casos e nesta altura ele faz seu cruzeiro até as
proximidades da área de busca quando entao assume uma
atitude de buscar o alvo em um movimento de descida.
Isto ocorre por dois motivos, primeiro porque a grande
altura a densidade do ar é menor entao ele gasta menos
energia no cruzeiro a mais de 20.000 metros, para quer
você tenha uma idéia a cada 4000 metros que se sobe a
densidade do ar cai pela metade aproximadamente, e
cada vez que a densidade do ar cai pela metade a força
de arrasto aerodinâmico cai também pela metade. O
segundo motivo pelo qual este perfil de vôo é usado
decorre do fato de que o míssil vindo de cima ele vai
recuperando velocidade e por consseguencia capacidade
de manobra conforme se aproxima do alvo.
Uma coisa que muitos podem estranhar sobre este míssil
é o tamanho da sua ogiva, que de forma alguma é sinal
de que ele não tem precisão ou do tamanho dos alvos
que teria que destruir, no caso um bombardeiro russo,
na verdade ogiva de míssil grande é grande por uma
razão, capacidade de manobra.
Quando maior o alcance que queremos para um míssil,
mas combustível e eletrônica teremos que incorporar a
ele para que ele cumpra a missão, logo o peso de
célula dele fica grande, com um peso grande, sua
capacidade de manobrar fica menor, logo ele tem que
transportar uma ogiva maior para poder compensar uma
manobra violenta do alvo que tenta escapar dele. Uma
ogiva de 60Kg conduz para uma estimativa de raio letal
de uns 25 a 30 metros.
Bom Andreas , isto é um pouco do que sei sobre o
PHOENIX, espero que tenha satisfeito seu interesse,
este assunto é mesmo fascinante.
Pode me chamar de Elizabeth sim, na lista que o
pessoal tem o costume de chamar pelo sobre nome, alias
é o único lugar que me chamam de Koslova é lá, no
trabalho é pelo nome mesmo.
Me fale de você, onde mora, tem quantos anos, oque faz
da vida?
Beijos Elizabeth
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