Parabéns pelas informações

Alexandre Moraes de Castro e Silva wrote:

> Beleza então.  Como eu não palpito em áreas de tecnologia, e são quase
> todas, deixa eu aproveitar pra esclarecer o que eu sei.  E aproveito para
> esclarecer uma dúvida antigacom o Luis que eu fiquei devendo... Do Cochrane
> nem vou falar pq acho que todo mundo sabe, né?  Britânico, lutou contra
> Napoleão na RN, fez as independências do Chile e do Brasil como mercenário e
> dizem que só pensava e falava em dinheiro, mas é verdade também que o D.
> Pedro não pagou a ele o que tinha prometido.  Enfim, já éramos o Brasil
> naquela época...
>
> John Taylor (1796-1855) comandou a Niterói durante a Guerra de Independencia
> e foi ele que realizou aquele façanha que eu mencionei aqui na lista...  Não
> lembram não?  Que brigaram comigo até, achando que ia ofender o Luís?
> Peraí... :)  Adoro Portugal, não vou brigar por causa de coisas que
> aconteceram 170 anos atrás!!
>
> De qualquer modo, foi a Niterói de John Taylor que perseguiu a esquadra
> lusitana fugitiva da baía de todos os santos até a barra do Tejo.  Agora
> estou com os livros aqui na frente pra não errar.  Os portugueses evacuaram
> Salvador na calada da noite de 2 de junho de 1823, um comboio gigantesco de
> mais de 60 ou 80 navios, e correram pra o Maranhão, onde os lusitanos ainda
> resistiam, sendo então perseguidos por quatro navios brasileiros, entre eles
> a Niterói. Ao longo do percurso, os brasileiros capturaram justamente dois
> dos navios nos quais iam o grosso das tropas de desembarque portuguesas e o
> almirante luso decidiu mudar de planos e rumar para Lisboa.  Nesse ponto, os
> outros navios brasileiros tiveram que voltar e a Niterói ficou sozinha na
> perseguição. A Niterói perseguiu a esquadra portuguesa até a embocadura do
> Tejo, que alcançou a 12 de setembro. Deu um tiro de saudação a Portugal e
> começou o caminho de volta. Graças aos esforços das forças perseguidoras,
> especialmente a Niterói, foram capturados mais de um terço das tropas
> portuguesas e cerca de metade dos navios -- 30. Alguns dizem que essa
> perseguição foi essencial para o sucesso da guerra, pois argumentam que se
> as forças tivessem chegado em Portugal intactas, os portugueses seriam
> tentados a reforçar e socorrer os seus patrícios ainda resistindo no Pará,
> Piauí e Maranhão., Taylor ainda se abasteceu em Flores e Madeira e capturou
> mais meia dúzia de navios portugueses retardatários na viagem de volta.
>
> Por fim, essa viagem também é muito bem documentada, por contar com um
> participante ilustre: um certo Joaquim Marques Lisboa, marinheiro
> voluntário, de tenros 16 aninhos.  Quem não sabe quem é, eu não digo! Basta
> dizer que todas as biografias de Lisboa enfatizam que a perseguição teve
> grande impacto sobre ele...
>
> Além disso, o Taylor ainda ralou muito. "Pacificou" a província de
> Pernambuco no pós-independência, combateu a confederação do equador,
> combateu na cisplatina, combateu os mercenários amotinados no rj em 1831 e,
> por fim, comandou as forças navais da regência que desbarataram os cabanos
> em 1836.  Morreu no posto de Vice-Almirante.
>
> João Guilherme Greenhalgh (1845-1865) era brasileiríssimo, guarda-marinha e
> é o nosso "martir" de Riachuelo. Ele morreu a bordo da Parnaíba, de um modo
> bem peculiar e que explica as homenagens que ele recebeu.  A Parnaíba tinha
> encalhada e estava sob abordagem de quatro navios paraguaios. A luta era no
> convés, de espada, no braço, o que houvesse, tudo para impedir a abordagem.
> Nisso, Greenhalgh viu um paraguaio tentando arriar nossa bandeira. Ele corre
> até lá, toma a bandeira do paraguaio e enrosca-se nela. O paraguaio voa nele
> e Greenhalgh lhe dá um tiro na cara. Nisso, os outros paraguaios pulam nele,
> e ele morre de dezenas de feridas de machadinha e de balas. Mas o que
> importa para a lenda é nao só ele caiu literalmente enroscado na bandeira,
> como que também nem a bandeira e nem a Parnaíba caíram nas mãos do inimigo.
>
> Já o Dodsworth, é preciso que me digam que Dodsworth! Tem vários!  De
> qualquer modo, pro século XX eu tenho pouca coisa. Na Primeira Guerra
> Mundial, temos apenas o Primeiro-Tenente Jorge Dodsworth Martins, que fez
> parte do Estado Maior da DNOG, e o Capitão de Corveta Alfredo Andrada
> Dodsworth, que comandou a Piauí.
>
> Sobre os Dodsworths, eu nao tenho mais nada...
>
> alexandre
>
> -----Mensagem original-----
> De: Alexandre Fontoura <[EMAIL PROTECTED]>
> Para: [EMAIL PROTECTED] <[EMAIL PROTECTED]>
> Data: Domingo, 5 de Dezembro de 1999 23:55
> Assunto: Re: [naval] nomes estranhos (errata)
>
> >Alexandre Fontoura wrote:
> >
> >> Wellington Rossi Kramer wrote:
> >>
> >> > Desculpem a minha ignorância, mas qual a razão de nomes como Dotsworth,
> >> > Green...etc. em navios da MB?
> >> >
> >> > ==============================================
> >> > Lista naval
> >> > Para sair desta lista mande mensagem para:
> >> > [EMAIL PROTECTED]
> >> > sem nada no Subject
> >> > e com o comando a seguir no corpo da msg:
> >> > "unsubscribe naval" (sem aspas)
> >> > ==============================================
> >>
> >> Dodsworth, Greenhalgh, Cochrane, Taylor e outros são oficiais e marujos
> >> ingleses contratados por D. Pedro I que fizeram carreira e escola na
> >> Marinha do Brasil, logo após sua formação, quando não havia oficiais
> >> brasileiros em numero suficiente para fazer frente às esquadras
> >> portuguesas, depois da independência do Brasil.
> >>
> >> --
> >> [ ]s
> >> __________________________
> >> Alexandre Fontoura
> >> Manaus (AM)
> >> mailto:[EMAIL PROTECTED]
> >> mailto:[EMAIL PROTECTED]
> >> ICQ #: 23526339
> >> __________________________
> >> In a free world with no fences or walls,
> >> who needs Gates and Windows?
> >>
> >> =============================================Lista naval
> >> Para sair desta lista mande mensagem para:
> >> [EMAIL PROTECTED]
> >> sem nada no Subject
> >> e com o comando a seguir no corpo da msg:
> >> "unsubscribe naval" (sem aspas)
> >> =============================================
> >
> >Depois de enviada a msg me toquei que nem todos os nomes citados são de
> >oficiais ingleses e muito menos da época da Independência. Cochrane com
> >certeza. Foi quem estruturou nossa esquadra. Greenhalgh e Taylor acho que
> >lutaram no Paraguai e não tenho certeza se eram ingleses e sim brasileiros
> >com sobrenome estrangeiro, como é o caso do Alte. Dodsworth, que lutou na I
> >Grande Guerra.
> >Sorry...
> >
> >
> >--
> >[ ]s
> >__________________________
> >Alexandre Fontoura
> >Manaus (AM)
> >mailto:[EMAIL PROTECTED]
> >mailto:[EMAIL PROTECTED]
> >ICQ #: 23526339
> >__________________________
> >In a free world with no fences or walls,
> >who needs Gates and Windows?
> >
> >
> >Lista naval
> >Para sair desta lista mande mensagem para:
> >[EMAIL PROTECTED]
> >sem nada no Subject
> >e com o comando a seguir no corpo da msg:
> >"unsubscribe naval" (sem aspas)
> >
>
> ==============================================
> Lista naval
> Para sair desta lista mande mensagem para:
> [EMAIL PROTECTED]
> sem nada no Subject
> e com o comando a seguir no corpo da msg:
> "unsubscribe naval" (sem aspas)
> ==============================================



==============================================
Lista naval
Para sair desta lista mande mensagem para:
[EMAIL PROTECTED]
sem nada no Subject
e com o comando a seguir no corpo da msg:
"unsubscribe naval" (sem aspas)
==============================================

Responder a