Já expliquei: a principal condição de contorno do problema foi violada, i.e., 
quando as gaivotas firmaram um pacto de comportamento coletivo, elas, 
inequivocamente, se comunicaram, o que não é permitido!

Vou repetir:

Veja que, ao adotarem um comportamento padronizado, i.e., pactuado a priori, as 
gaivotas violaram uma condição de contorno do problema - e logo a mais 
importante: uma gaivota não pode se comunicar com outra gaivota, logo não é 
possível concretizar um comportamento coletivamente pactuado!

ESTE COMPORTAMENTO PADRONIZADO SÓ PODE SER PACTUADO ATRAVÉS DE ALGUM TIPO DE 
COMUNICAÇÃO ENTRE AS GAIVOTAS. REPARE QUE OUTROS COMPORTAMENTOS SÃO IGUALMENTE 
POSSÍVEIS, BASTA QUE AS GAIVOTAS O ADMITAM E, ASSIM, PACTUEM - VEJA ABAIXO:

Se tal fosse admitido, seria mais simples - e mais eficaz! - que uma gaivota, 
ao ver uma outra infectada, lhe desse uma bicada, lhe tacasse um pescado nas 
fuças, lhe atirasse um ovo, sei lá...

----- Original Message -----
From: Felipe <[EMAIL PROTECTED]>
To: obm-l@mat.puc-rio.br
Date: Wed, 12 Nov 2008 14:04:59 -0300
Subject: Re: [obm-l] RE: [obm-l] RES: [obm-l] Traição numa ilha grega

> pode explicar com detalhes qual o problema que voce ve nessa solucao??
> Felipe
> 
> 2008/11/12 Bouskela <[EMAIL PROTECTED]>
> 
> > Olá!
> >
> > A solução que você apresentou está correta. Na verdade existem muitas
> > soluções - todas elas são variantes desta que você apresentou.
> >
> > Repare, entretanto, que se trata de uma solução pra lá de chinfrim -
> > explico-me:
> >
> > Veja que, ao adotarem um comportamento padronizado, i.e., pactuado a
> > priori, as gaivotas violaram uma condição de contorno do problema - e logo a
> > mais importante: uma gaivota não pode se comunicar com outra gaivota, logo
> > não é possível concretizar um comportamento coletivamente pactuado!
> >
> > Se tal fosse admitido, seria mais simples - e mais eficaz! - que uma
> > gaivota, ao ver uma outra infectada, lhe desse uma bicada, lhe tacasse um
> > pescado nas fuças, lhe atirasse um ovo, sei lá...
> >
> > Bem, de qualquer maneira, a solução é esta mesmo. Quem gostou, gostou, que
> > não gostou, paciência...
> >
> > Saudações,
> > AB
> >
> >
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: Samuel Wainer <[EMAIL PROTECTED]>
> > To: listaobm <obm-l@mat.puc-rio.br>
> > Date: Wed, 12 Nov 2008 15:47:19 +0000
> > Subject: [obm-l]  RE: [obm-l] RES: [obm-l] Traição numa ilha grega
> >
> > >
> > > Tudo bom?
> > >
> > > Eu imaginei um solução aqui, mas não sei se está correta.
> > >
> > > Assim, um dado do problema é que existe a doença na ilha, ou seja, pelo
> > menos uma gaivota está doente (essa é a minha dúvida, posso afirmar isso?).
> > Assim, se apenas uma gaivota estivesse doente, na primeira reunião ela (a
> > doente) olharia a nuca de todas as outras, e não veria mancha alguma, logo
> > só ela pode estar doente. Ela se mata na mesma noite. Agora, se duas tiverem
> > doentes, qualquer uma delas (as doentes) olharia a nuca de cada uma das
> > outras e veria apenas uma gaivota com mancha. Portanto ela esperaria uma
> > noite e se a gaivota que ela viu com a mancha não se matasse, elas se
> > encontrariam na reunião do dia seguinte, assim saberiam (as duas) que ela e
> > outra que ela viu estariam com a mancha e se matariam na mesma noite
> > (segunda noite). De mesmo modo se tivéssemos 3 gaivotas doentes elas se
> > matariam na noite do terceiro dia. Por fim, como solução do problema (eu
> > acho) teríamos nailha 39 gaivotas doentes.> From: [EMAIL PROTECTED]> To:
> > obm-l@mat.puc-rio.br> Subject: Re:!
> >  [obm-l] RES: [obm-l] Traição numa ilha grega> Date: Wed, 12 Nov 2008
> > 11:33:42 -0200> > Olá!> > Vou lhe enviar a solução asap, mas não espere nada
> > de (muito) inteligente: a solução é bem fajuta.> > Sds.,> AB> > -----
> > Original Message -----> From: "João Paulo V. Bonifácio" <
> > [EMAIL PROTECTED]>> To: obm-l@mat.puc-rio.br> Date: Wed, 12 Nov
> > 2008 07:02:43 -0200> Subject: Re: [obm-l] RES: [obm-l] Traição numa ilha
> > grega> > > Olá,> > Muito legal esse problema... não consegui resolvê-lo.
> > Poste a solução, por> > favor, Bouskela.> > > > Abraços> > > > 2008/11/4
> > Bouskela <[EMAIL PROTECTED]>> > > > > Olá!> > >> > > Este problema é
> > bastante conhecido. Faltaram, entretanto, nesta versão que> > > você
> > apresentou, algumas informações, sem as quais a solução (mesmo inexata> > >
> > - ver adiante) não é possível:> > >> > > 1] TODAS as mulheres gregas se
> > reúnem uma única vez por dia, mas não> > > falam - ABERTAMENTE - sobre a
> > traição dos parceiros das outras;> > > 2] EXATAMENTE, não há uma!
> >  solução possível dentro da Lógica Cartesiana,> > > i.e., a s!
> > olução possível é um tanto ou quanto "acochambrada";> > > 3] O enunciado
> > clássico (e mais cuidadoso) deste problema é, dentre> > > outras variantes
> > possíveis, o seguinte:> > >> > >> > > Havia uma ilha habitada apenas por
> > gaivotas. Algumas dessas gaivotas> > > contraíram uma doença letal, porém
> > não contagiosa. O único sintoma da doença> > > é uma mancha escura na nuca,
> > mas sem qualquer protuberância ou aumento de> > > sensibilidade na região,
> > de modo que não é possível para a gaivota que tem a> > > mancha ter
> > consciência disso, mas todas podem perceber facilmente a mancha> > > na nuca
> > de cada uma das outras. Depois de alguns meses, as gaivotas> > > infectadas
> > morrem de maneira terrível. Por isso, para minimizar o> > > sofrimento,
> > quando uma gaivota tem certeza de possuir a doença, ela comete> > > suicídio
> > exatamente às 23:00h do mesmo dia que toma conhecimento de estar> > >
> > doente. Essas gaivotas são muitíssimo inteligentes, mas não conseguem se> >
> > > comunicar umas com as out!
> > ras. Elas sabem contar e sabem qual é o número> > > total de gaivotas na
> > ilha. Uma vez por dia, exatamente às 12:00h, todas elas> > > se reúnem para
> > que umas vejam as manchas nas nucas das outras, mas nunca uma> > > consegue
> > ver a mancha na própria nuca nem pode receber essa informação de> > > outras
> > gaivotas. Se uma gaivota tem mancha na nuca, necessariamente tem a> > >
> > doença. Durante os primeiros 39 dias de reuniões, nenhuma delas se> > >
> > suicida.> > >> > > Transcorridos 39 dias e feitas 39 reuniões, todas as
> > gaivotas com mancha na> > > nuca se suicidaram às 23:00h.> > >> > > Desde a
> > primeira reunião até o dia dos suicídios, não nasce e não morre> > > nenhuma
> > gaivota, nenhuma vai embora e não chega nenhuma gaivota nova.> > > Quantas
> > gaivotas se suicidaram e como elas descobriram que tinham a mancha?> > >> >
> > >> > >> > > Sds.,> > > AB> > > [EMAIL PROTECTED]> > > [EMAIL PROTECTED]>
> > > >> > > ------------------------------> > > *De:*
> > [EMAIL PROTECTED] [mailto:owner-!
> > [EMAIL PROTECTED] *Em> > > nome de *Ojesed Mirror> > > *E!
> > nviada em:* terça-feira, 4 de novembro de 2008 23:08> > > *Para:*
> > obm-l@mat.puc-rio.br> > > *Assunto:* [obm-l] Traição numa ilha grega> > >>
> > > > As mulheres de uma ilha grega sabem quais delas estão sendo traídas por>
> > > > seus perceiros, mas não sabem sobre si mesmas.> > > Se alguma delas
> > tiver certeza da traíção de seu parceiro, tem o direito de> > > cortar o mal
> > pela raíz.> > > Elas não falam sobre este assunto entre si.> > > Um dia
> > chega a Rainha nesta ilha e afirma que lá existe pelo menos um> > > traidor
> > e vai embora.> > > O que acontece depois disto ?> > >> > > Ojesed.> > >> >
> > >> > > > > > -- > > João Paulo Vieira Bonifácio> > > > Universidade Federal
> > de Uberlândia> > Faculdade de Engenharia Elétrica> > Programa de Educação
> > Tutorial (PET/Eng. Elétrica)> > Fone: (34) 9942 - 7427 / (34) 3239 - 4754> >
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