2011/4/4 Julio César Saldaña <saldana...@pucp.edu.pe>: > Oi Samuel e Bernardo, desculpem , acho que eu tinha entendido mal o conceito > de > distância. Oi Julio,
> Só para conferir > > Se tenho dos círculos de radio 1, e os centros etão ém (0,0) e (0,3), então a > distância entre eles seria: 5, isso é correto? > > Acho que eu tinha interpretado errado e achava que distância nesse exemplo é > 1. Vamos lá, com calma. A definição, pra começar: h(A,B) = inf { r , para cada x em A, existe y em B tq d(x,y) < r e para cada y em B, existe x em A tq d(x,y) < r} Ou seja, para todo ponto a de A, você tem um ponto b_a (ou seja, que pode mudar em função de a) em B a distância menor ou igual a h(A,B) (o problema do inf é que muda os quantificadores), e o mesmo com b em B, e um ponto a_b em A. (Aqui, você usa que os conjuntos são compactos para garantir a desigualdade no limite). O melhor é separar a definição em "distância de A até B" e "distância de B até A", cada uma sendo uma das metades, e ver que como a gente exige que o "r" valha para os dois, então temos que h(A,B) é o máximo dessas duas distâncias (que não são simétricas, por isso que a gente não as usa) Se você tem o seu círculo em (0,0) de raio 1 (ele é o meu A), o ponto "mais longe" do outro círculo (o B) é (-1,0), mas para todo r > 3 existe um ponto (o (2,0) para ser mais exato) que está a uma distância menor do que r de (-1,0). Os outros pontos (a,b) têm pontos (a+3,b) correspondentes no outro círculo também, de forma que a "distância de A até B" é 3. Como a figura é simétrica, a distância (tal como definida pelo Samuel) é 3. Para dar um exemplo um pouco mais interessante, veja que se A = segmento [0,1] e B = segmento [2,20], a "distância de A até B" como eu defini é 2 porque todo ponto em A está a uma distância <= a 2 do [2,20]. Por outro lado, a "distância de B até A" é 19, porque o ponto 20 está a uma distância de 19 do 1, que é o ponto mais próximo do A. Agora, de volta ao problema: Uma forma interessante de ver essa definição da h(A,B) é a seguinte: defina a "distância entre x e A" (um conjunto) como a menor distância entre x e um ponto de A, ou seja, d(x, A) = inf{ d(x,a) / a pertence a A}. Note que essa distância é sempre realizada quando A é um conjunto fechado, porque você pode pegar uma seqüência decrescente de distâncias, e os pontos que as realizam formam uma seqüência em A, logo qualquer limite está em A, e porque elas estão a uma distância < constante, isso dá um compacto, donde você pode extrair uma subseqüência. Agora, defina d(A -> B) = sup{ d(a,B) / a pertence a A} = "distância de A até B", e h(A,B) = max{d(A -> B), d(B -> A)}. Isso quer dizer que B inter {vizinhança de espessura r > h(A,B) em volta de A} é não vazio para todo r, e reciprocamente em A e B. Repare que não é o mesmo que pedir que B esteja contido na "bola em volta de A" de raio r. ("bola em volta de A" = vizinhança de espessura r = conjunto dos pontos cuja distância a A é menor do que r). Agora, para concluir o problema, vai uma dica: use a desigualdade triangular original, mais o fato que h(A,B) < r te dá um ponto em B para cada ponto de A, e o mesmo para h(B,C) < s para fazer pontos em C. E depois dê uma jogada de epsilon/2 e pode partir pro abraço. Abraços, -- Bernardo Freitas Paulo da Costa ========================================================================= Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html =========================================================================