Obrigado, Artur.
De onde saiu esse problema?

[]s,
Claudio.

2018-08-17 21:08 GMT-03:00 Artur Steiner <artur.costa.stei...@gmail.com>:

> OK,  aí vai minha solução.
>
> Antes, uma definição. Diremos que o par (x, y)  é um par cíclico  da
> função g de D em D se (x, y) for um elemento de D^2 tal que g(x) = y e g(y)
> = x, com x e y DISTINTOS. Como ordem aqui não importa, vamos acordar que
> (x, y) = (y, x).
>
> Suponhamos que g = f o f para alguma f.  Vamos mostrar que g não pode ter
> precisamente 1 par cíclico (pode ter mais de 1 ou nenhum, mas nunca
> exatamente 1).
>
> Suponhamos, por absurdo, que g tenha precisamente 1 par cíclico. Então, 
> f(f(x))
> = y e  f(f(y)) = x. Façamos f(x) = u, f(y) = v. Segue-se que  f(u) = y =>
> f(f(u)) = v e, similarmente, f(f(v)) = u. Ou seja, g(u) = v e g(v) = u,
> indicando que (u, v) é um par cíclico de g. Como, por hipótese, (x, y) é o
> único par cíclico de g, isto nos leva a que u = x e v = y ou a que u = y e
> v = x. No 1o caso, chegamos a f(x) = u = x, g(x) = f(x) = u = x. Mas como
> g(x) = y, obtemos x = y, contradição. No 2o caso, obtemos f(x) = u = y,
> g(x) = f(y) = v = x. Mas como g(x) = y, temos novamente a contradição de
> que x = y.
>
> Se vc continuar indutivamente, vai concluir que ou g tem uma infinidade de
> pares cíclicos ou tem um número par dos mesmos.
>
> No nosso caso, se (x, y) for par cíclico de nosso trinômio do 2o grau g,
> então (x, y) é solução do sistema
>
> ax^2 + bx + c = y
> ay^2 + by + c = x
>
> Observemos que a simetria deste sistema leva sempre a duas soluções, não
> necessariamente distintas,  da forma (s1, s2) e (s2, s1). Só originarão um
> par cíclico se s1 e s2 forem reais distintos. Se s1 = s2, que neste caso
> são reais, será gerado um ponto fixo de g, o que não impede a existência de
> f. Se não houver solução real, f não tem nenhum par cíclico, o que também
> não impede a existência de f (estamos no domínio real). Assim, para que f
> possa existir, devemos evitar o caso s1 e s2 reais distintos.
>
> Sipondo-se x e y distintos, subtraindo as equações temos
>
> a(x^2 - y^2) + b(x - y)  = y - x, que dividida por x - y <> 0 leva a.
>
> y = -x - (b + 1)/a, lembrando que a <> 0.
>
> Com alguma álgebra, substituição na 1a equação leva à eq. quadrática em x
>
> ax^2 + (b+1)x + (b+1)/a + c = 0
>
> Para que f possa existir, a hipótese x = y tem que levar a
> contradição..Esta ocorrerá se e somente se o delta da quadrática for menor
> ou igual a 0. Forçando isto, chegamos s
>
> (b+1)^2 - 4a((b+1)/a + c) ≤ 0
> => b^2 + 2b + 1 - 4b - 4 - 4ac ≤ 0
> => (b+1) (b-3) ≤ 4ac
>
> Esta desigualdade é uma condição necessária à existência de f.
>
>
> A complementação do Cláudio é muito interessante.
>
>
>
> Artur Costa Steiner
>
> --
> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
> acredita-se estar livre de perigo.

-- 
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.

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