On 13/7/2012 17:19, Harlley Sathler wrote:
>   
>> Seus 2 cents, mais 2 em cima (poker face! hehehe).
>
> Vixi, aí complicou! Entendo nada de poker! rs... Aliás, de nenhum jogo de 
> cartas, não sei nem os nomes ou o que significam! :-P
:-D


>> O LifeDrive [blabalbalabl]
> Sim, eu lembro das specs dele, só nunca tive um em mãos! Acho que foi o Palm 
> mais parrudo que existiu! Quando foi lançado, foi meu sonho de consumo por 
> muito, muito tempo!

Véio, de boa... Foi um dos dinheiros mais bem gastos da minha vida. Tá 
perigando voltar à ativa, se eu não resolver uma pendenga feia com meu 
Android nas próximas semanas. ¬¬



> [....]
>   Mas o legal é que basicamente qualquer teclado bluetooth funciona. Até os 
> dobráveis da Palm. Aliás, eu mesmo tentei comprar o original da Palm, mas 
> como não encontrei, acabei optando pelo clone descarado da Dell.

O clone da Nokia era muito bom também, e tinha compatibilidade garantida 
com o Palm X-D

Quase comprei, mas o raio do tecladinho IR tava funcionando tão bem (até 
hoje...).


>> No primeiro caso, não falo em teclado (e concordo, Graffiti era um saco
>> - mas eu acho que eu errava menos com ele que com o teclado virtual
>> porquera do meu Android).
>
> Uma das únicas coisas que eu gosto no Android: A variedade de taclados pra 
> tudo quanto é gosto! Quando o nook e o galaxy 5, usava em cada um um teclado 
> diferente mais adequado ao tamanho da tela.
Fato. Eu uso um teclado virtual maluco, em que você não "digita", mas 
desliza os dedos em cima do que vc quer, e o autocomplete vai adivinhando.

Estranho, e ainda não sei se gosto - mas a coisa funciona. Em inglês, 
funciona melhor que o teclado normal....


>   O mais chato que eu via no Grafitti era ter que aprender a escrever do 
> jeito dele. Aquele alfabeto era um porre pra decorar! O grafitti 2 ainda 
> melhorou um pouco porque minha caligrafia era parecida, mas alguns caracteres 
> eram terríveis de escrever. Não eram raros os erros.
Neste ponto eu tive sorte. Meu primeiro Palm já tinha o Grafitti 2.

Eu até que curtia, só partia pro tecladinho virtual quando a coisa fica 
muito incomum - eu nunca decorei todos os caracteres do Graffiti 2.


> [....]
>
>> No terceiro caso, eu reclamo que o iPad (e nem vou falar do teclado
>> dele) não cabe numa pochete.
>
> Bom o iPad (e tablets em geral) não vieram para ser um substituto do PDA. Nem 
> dos notebooks como muita gente acredita (embora em alguns casos e usos até 
> consiga substituir).

E é aí que mora o problema.

O "mercado", esta entidade abstrata e amorfa, por algum motivo esotérico 
transcendental tende a eleger UM gadget como modelo, e passa a tentar 
nos enfiar o dito cujo na goela (isto, quando não é no lado oposto...).

Eu consigo imaginar aplicações fantásticas para se usar um Pad. Minha 
irmã é arquiteta, o tio do meu guri é engenheiro - para estes caras, um 
Pad pode ser uma ferramenta absolutamente incrível.



> [...]
> Vá fazer isto em qualquer iPhone ou Android, por melhores que sejam
> (convido-o a tentar: 2 horas de edição de textos e de planilha - valendo
> copy & paste - numa viagem de avião):
>
> http://www.twitpic.com/a6xvnh
>
> Não consegui ver o link aqui no trabalho. Tento em casa. Mas já fiz edições 
> longas. Não sei se de 2 horas porque sinceramente não marquei. Num fim de 
> semana, recheado de referências, cheguei a criar alguns posts para o blog 
> para o qual escrevia, o OSCorner (uma tentativa de trazer um conteúdo 
> parecido com o do OSNews em língua portuguesa). Fiz isso num sítio de um 
> amigo, sem conectividade nenhuma. Aliás, sem eletricidade nenhuma também, já 
> que o loteamento era relativamente novo e não havia rede elétrica feita 
> ainda. Nessa época usando meu iPod touch e o teclado dobrável que citei.
A digitação eu acredito. Estes tecladinhos não são tão ergonômicos 
quanto um teclado full, mas são bons o suficiente pra permitir longas 
sessões.

Mas eu tendo a acreditar que você não usou um processador de textos com 
todos os seus recursos de formatação, que era o que eu fazia. Quando 
sincronizava de volta pro Desktop, até os estilos eram sincronizados, o 
documento estava literalmente pronto para impressão - inclusive com os 
copy&pastes da Planilha.

Não vou mentir, era meio tedioso porque a maquininha tinha pouca memória 
RAM pra tudo isto, a comutação de tarefas pegava pesado (sai a planilha, 
entra o exportador, sai o exportador, entra o processador de textos, sai 
o processador, entra o importador, volta o processador, formata, dai 
volta pra planilha).

Eu ADORARIA ter visto um LifeDrive com 64 ou 128 mega de RAM (e não 
apenas os 32 regulamentares - a máquina tinha 64M de RAM, mas metade era 
a 'ROM' do PalmOS, depois de lida do boot do microdrive).


>> DropBox é uma bela comodidade, mas o LifeDrive já fazia sincronia
>> através de TCP/IP [...]
>>
>> Você tinha que deixar seu desktop ligado e conectado na Internet, isto é
>> fato - mas isto pode ser visto como um incômodo, mas não como um
>> empecilho à mobilidade (e, ao menos assim eu entendi, você afirmou que
>> isto era impossível anos atrás).
>
> Outra coisa que considero ser relativa: Manter um desktop ligado fulltime com 
> as tarifas da CEMIG e pagar 1USD por kbyte transferido É impossível! rs...
Na época, era um terror. :-)

Hoje dia, meu servidor doméstico é um Atom 330 - é o aparelho que menos 
consome na casa. Acho que gasto mais com as lâmpadas que com ele.

Já meu desktop... Caracas... Ele come sozinho quase 25% do consumo 
mensal quando estou de férias e ele fica ligado o tempo todo.

O 1USD por kbyte foi exagero meu. O custo real era de 0,10 cents por 
kbyte. X-D

(não que tenha mudado muita coisa...)



> [...]
>> O Browser meia-boca da Palm não incomodava justamente por isto:
>> conectividade (que à priori não está necessáriamente associada com
>> mobilidade) era precária na época. Muito precária. E cara pra cacete.
>
> Concordo. Precária e cara e de quebra tendo que aturar os tais sites WAP que 
> foram uma grande decepcção.
A idéia do WAP não esta ruim em si, levando em conta que na época do wap 
1.0, celular "inteligente" eram aqueles sabonetinhos GSM da Nokia, com 
telinhas de 128 x 96 monocromoáticos, como o bom e velho 3510... :-)

(meu, eu tive que programar naquilo... Jesus, como não enlouqueci?)



> [...]
> O PalmOS deve estar sem nenhuma atualização significativa há pelo menos uma 
> década. Muita coisa no mundo, na forma que com que interagimos com a 
> tecnologia mudou nesse tempo.
O Palm está tecnicamente morto, esta é a realidade.

Sou até saudosista, mas não exatamente tapado! :-)

Não há a menor chance de algo como o Palm evoluir para algo comercial 
nos dias de hoje. Nem a IBM, que tem um "PIB" maior que a maioria dos 
países, teria cacife pra bancar isto.

O que seria inútil anyway, porque a verdade é que o hardware é o que 
menos importa nesta equação. O hardware do Palm era fruto das limitações 
tecnológicas da época, mas as soluções implementadas refletiam as 
necessidades dos usuários da Palm : eram médicos, advogados, 
profissionais liberais que precisavam de um Personal Data Assistant.

Se a minha telinha é 480x800, ou 1280x1920 com 32 bits de cor, contanto 
que o software faça o que eu preciso, pra mim é irrelevante.

O que é a contra-mão do mercado - galera quer um celular que toque filme 
HD em 5.1, pra depois não poder ver o cazzo do filme porque senão fica 
sem bateria. X-(



> [...]
> Dois aparelhos, com duas baterias, cada um fazendo apenas o que lhe cabe
> e deixando a bateria do outro em paz. Se eu ficasse 2 horas brincando no
> Palm, não ficava sem bateria para ligar para alguém depois. Se eu
> fizesse uma pesquisa na Net, o celular não gastava energia com o display.
>
> Novamente o que eu citei aí em cima. Em uma década as coisas mudaram muito! 
> Sinceramente eu duvido que se a Palm ainda existisse e tivesse continuado o 
> desenvolvimento dos Palms e do próprio PalmOS de forma a mantê-los 
> competitivos nos dias de hoje, a bateria duraria o que durava nos modelos 
> antigos.
Se a Palm ainda existisse, ela venderia um PDA com processador lerdo, 
pouca memória e tela LCD com resolução média. Porque o cliente da Palm 
precisaria de funciolidades com alta disponibilidade.

A minha opinião é que a Palm começou a afundar quando deu as costas para 
o seu público cativo, achando que podia viver sem eles, e apostar tudo 
competindo com os gadgets de consumo "popular".

Pra você ter uma idéia da fidelidade deste público, meu irmão comprou um 
Treo650 por influência minha (por causa do meu LifeDrive - ele preferiu 
adotar a convergência, que foi algo que eu sempre abominei).

Enquanto o aparelho não deu seus últimos suspiros, ele continou com o 
Treo dele. Quando finalmente não foi mais possível achar peças de 
reposição, ele trocou um Android.

Foi um Milestone 2.

Daí você tira o tempo que este Treo durou na mão do meu irmão.

Já o cliente que a Palm tentou seduzir, aquele que compra qualquer bosta 
desde que seja bonita, cool e faça o diabo (por 15 minutos, porque 
depois a bateria arria), pra ficar no bolso subutilizado por 12 meses - 
quando então é jogado no lixo, para dar abrir espaço para a nova versão.

O pessoal fala da Apple Store como se fosse a nova Maçã de Newton, mas o 
fato é que o PalmOS já tinha uma App Store tão ou até mais madura que a 
da Apple. A galera gasta grana com software SIM.

Pow, eu que sou Linuxeiro da velha guarda, PAGUEI pelo DocsToGo todas as 
vezes que saiu versão nova. Por quê? Porque valia a pena!

O Palm era riquíssimo em joguinhos, alguns muito bons - mas, óbvio, 
dentro das restrições tecnológicas do aparelho.


>> (neste ponto o iPhone leva vantagem, a bateria dele é muito boa - mas
>> meu Nexus One, putz grila... 40, 50 minutos de jogatina e estou offline)
>
> A vantagme do iPhone não é tão significativa assim, mas uma coisa que vale 
> observar é que essa vantagem do iPhone não se deve só à bateria. Ela não tão 
> milagrosa assim! A questão é um sistema mais refinado e mais leve que evita 
> colocar o processador em seu uso máximo nas tarefas mais corriqueiras.
Pois é. Era o que acontecia com o Palm também.

EU só queria ter tido grana pra ter trocado o MicroDrive por um CF 
naquela época (CF de 4G era uma facada!). Teria mais que duplicado meu 
tempo em campo longe de uma tomada.


>   É um grande problema que vejo no Android. Não há um hardware de referência, 
> não há requisitos mínimos, não há boa vontade por parte dos fabricantes em 
> otimizar o sistema para o hardware que vendem. Meu Galaxy 5, em dias de uso 
> mais pesado, não aguentava até o final do meu dia.
No caso do Android, o que você aponta como problemas são justamente a 
razão do seu sucesso.

"One size does not fits all", como dizem os americanos. O mundo é muito, 
mas muito maior que apenas o mercado americano (norte e sul). Tem país 
no mundo em que o iPhone fica atrás até de Windows Mobile... =P


>> Encerrando, respeito sua opinião mas não compartilho dela - ela
>> contradiz minha experiência no assunto.
>
> Fantástico isso!!! Sério! É bom que hajam divergências quando a gente debate 
> sobre qualquer tema e é bom que respeitemos a opinião um do outro! Não sei se 
> pareci indelicado nas minhas colocações, se pareci saiba que não foi 
> intencional e que também respeito a sua!
Véio, as melhores argumentações da minha vida foram aquelas em que os 
interlocutores foram "indelicados"... X-D

Quando você começa a perder tempo formatando idéia pra não ferir o ego 
do interlocutor, você começa a deixar de dizer o que pensa, pra dizer o 
que você acha que o outro quer ouvir.

Tá bom que daí a trollar o cara, a diferença é grande! :-)

Eu costumo finalizar meus argumentos com esta declaração de respeito de 
opinião justamente porque não é incomum que minha racionalização direta 
(não estou dizendo que estou sempre certo!) soe ríspida e indelicada.

Às vezes eu caiu de pau sim, desço o porrete sem dó. Mas sempre na 
idéia, nunca na pessoa.

(meu, vc precisava ver os paus federais que rolava na linux-br da conectiva)


> [...]
> Outra coisa interessante: O que faço hoje, em 2005 e 2006 me eram 
> impossíveis! Até me lembro de quase ter comprado um modem com interface 
> infra-vermelho para usar com meus Palms!
Eu confesso que tive mais sorte - na primeira oportunidade que apareceu, 
comprei um Zire 72 de segundinha.

Ainda táqui, todo lascado... =]

Doeu desenbolsar a grana do LifeDrive, foi uma decisão difícil. Era 
muita grana. Mesmo.

Mas o curioso é que proporcionalmente, foi a mesma coisa que eu paguei 
no meu Nexus One, que também foi outra porrada, viu?

Com a diferença de que o LD quase nunca me deu raiva. Já o N1... Ele ser 
um dos melhores Androids mesmo hoje é algo que me faz repensar se devo 
continuar torrando grana com smartphones, ou se é melhor fazer como 
você: comprar um iPod touch, e então usar um celularzinho burrinho mas 
com BlueTooth pra complementar.

Alguém ainda fabrica PDA hoje em dia?


> Talvez muito das frustrações que tive com meus Palms se deva ao fato de que 
> eu nunca pude ter um Palm top de linha. [...] Travava e ficava com a tela 
> acesa com o brilho no máximo até comer toda a bateria. Aliás era outro medo! 
> Eu sempre procurava me garantir quanto a uma tomada para evitar que a RAM 
> dele se apagasse. [...]
O Zire tem exatamente este problema. Mas ele tinha uma vantagem, uma 
entrada de Cartão SD.

Não lembro agora o nome do programa, mas eu rodava backups regulares no 
SD. Ficar sem bateria ainda era um tremendo incômodo (mais de uma vez 
esqueci de carregar aquela peste), mas os prejuízos nunca foram 
significativos: na primeira tomada que aparecesse, eu dava o restore do SD.

Sempre perdia alguma coisa, mas era melhor que tudo.

Quando optei pelo LifeDrive, a racionalização foi exatamente esta. O LD 
mantêm tudo gravado no microdrive, sempre que um programa sai de 
execução, seus dados vão pra um espelho no disco.

Aí o medo passou a ser outro: uma pancada que matasse o microdrive. :-)


> Algo que eu percebo também é que esses dispositivos ficaram mais acessíveis. 
> Eu nunca pude ter um Palm top de linha, mas tive acesso relativamente fácil a 
> um iPod touch (ainda acho que é o mais próximo que chegamos de algo parecido 
> com um PDA) top de linha.
Cara... Eles estão mais acessíveis, mas não necessáriamente mais baratos.

Os gadgets de mesma categoria sempre custaram mais ou menos a mesma 
coisa com o passar do tempo. Por exemplo, meu N1 foi levemente mais caro 
que meu LifeDrive (preços comparados em Dólar, e com inflação americana 
já embutida).

Outra coisa que influencia na nossa percepção é que nosso poder 
aquisitivo hoje é muito superior ao de 10 anos atrás. O país inteiro 
mudou, muitas vezes para melhor.

Até pra trazer coisa de fora tá mais simples.

>> Raios, em 2003 eu brincava de Doom num Nokia 7650. 2
>> anos depois, dava pra brincar de deathmatch (sim, jogos em rede!) com o
>> CDoom e meu N-Gage.
>
> O N-Gage foi um ícone na sua época! Algo meio incompreendido pelo mercado! 
> Sempre achei ele interessante, mas como nunca fui fã de carteirinha da 
> jogatina (até jogo, mas ocasionalmente), nunca me atraiu como objeto de 
> compra.
Sou fãnzaço deste brinquedo até hoje.

Tô me amaldiçoando horrores por ter deixado passar a chance de comprar 
peças sobressalentes. Ele tá morto, aqui do lado, por besteira. Meu 
filho é louco por ele, vive me pedindo ele de presente. :-)


> [...]
>> Se é problema de hardware, de software ou de mercado, isto não muda o
>> fato de que meu LifeDrive + Symbian + Tecladinho IR *me* servia melhor
>> que um iPhone/Android (com tecladinho BT que seja) hoje em dia.
>
> Hardware acredito que não. Evoluíram muito nesse tempo todo. Acredito que 
> mercado + software. Alguém comentou em outra mensagem sobre os softwares do 
> android parecerem involuções do que tínhamos na época do Palm. As grandes 
> lojas de aplicativos hoje adoram exibir seus números gigantescos, mas o fato 
> é que se muito 1% deles são algo aproveitáveis, o resto vale o quanto pesa. O 
> pior é que no caso do android (e falo por experiência própria) a falta de um 
> padrão mínimo de qualidade do hardware e a fragmentação de versões faz com 
> que mesmo aplicativos bem feitos possam se comportar imprevisivelmente.
You get what you pays for. :-)

Meus APPs de Android são muito bons (embora alguns deixem à desejar em 
relação à funcionalidades, quando comparados com o que eu tinha no 
Palm). Mas eles são pagos.

Não uso QuickOffice, uso o Docs2Go. E estou muito satisfeito com o 
Astrid Tasks, que junto com o Locale, me dá a única funcionalidade para 
o qual eu tiro o chapéu: listas de tarefas (ou compras) com validade 
geográfica.

O telefone apita quando estou nas imediações dos pontos cadastrados e 
existe uma lista para ele.

Muito bom.

Não joguei ainda meu Android pela janela por causa do Astrid.


> [...]
>
>> Se o gadget consome mais energia, ou eu preciso de mais bateria (e mais
>> peso), ou eu preciso andar com o carregador junto e viver mendingando
>> tomada - minha mobilidade é então afetada.
>
> Aí entra o que eu disse aí em cima: Se os palms existissem hoje e tivessem 
> seguido o mercado, duvido que teriam baterias como tiveram outrora.
E eu estaria batendo na Palm do mesmo jeito, dizendo que ela já tinha 
sido melhor. :-)

Eu não estou defendendo a Palm, e nem mesmo fazendo apologia à hardware 
obsoleto (se bem que sou apaixonado pelo meu Apple //e - mas isto é 
outra história.. hehehe).

O que me interessa é funcionalidade.

Se a Palm ainda existisse, e estivesse fabricando uma porcaria funcional 
qualquer, eu estaria xingando ela do mesmo jeito. =D

Talvez com ainda mais aspereza, porque uma coisa é você nunca acertar. 
Outra, é ter feito direito, e depois jogado tudo no lixo pra fazer 
porcaria no lugar. =]


> No meu caso resolvi de maneira relativamente simples. No dia à dia, ou estou 
> em casa ou estou no trabalho. Em ambos tomada não é o problema,[...]
É a minha solução também. Ando com carregadores na mochila. :-)

Mas é engraçado: já que tenho que andar de mochila, acaba que acabo 
precisando menos do carregador. :-)

Como eu disse, eu considero convergência uma idiotice. Minhas apostas 
sempre foram na conectividade entre os gadgets.

De forma que, dependendo pra onde eu vou, na mochila agora tem um Nook 
Classic, um PSP 3001 e, bem de vez em quando, o LifeDrive com alguns 
filmes no SD dele.

Se eu for levar tudo junto de uma vez (o que nunca ocorre), digamos numa 
viagem internacional, acho que tenho aí umas 9 ou 10 horas de diversão 
garantida sem precisar recarregar. =D


>> [...]
>> Em alguns aspectos, eu perdi uma funcionalidade necessária para ter em
>> troca comodidades em outras menos necessárias. Ao menos, para mim.
> No meu caso melhorei muito!
>
> [corte : limitações do m515]
>
> A falta de qualquer coisa relacionada a multimídia, embora não fosse algo 
> necessária pro trabalho pesado, incomodava também nas horas vagas. Ah, fora a 
> resolução de 128x128 pixels da pequena telinha dele.
Você teria gostado muito de um Zire 72. :-)


> Ele era tudo o que estava ao meu alcance na época.
Agora você falou uma verdade.

Boa parte dos meus "problemas" se deve justamente à "universalição" do 
acesso à estes gadgets.

Mesmo não estando tão mais baratos (e eu acho que combram mais do que 
valem), temos todo um mercado armado para atender à uma gama maior de 
consumidores.

Na "minha época", o público alvo de um PDA era o profissional liberal, o 
engenheiro, o estudante.

Hoje, o público alvo destes gadgets é aquele pessoal ali do bairro que 
fica tocando "Boquinha da Garrafa" no busão. =P

(sério - já vi mais de uma figura destas no metrô tocando estas 
tosquices num Galaxy S ou num iPhone).

E como o mercado tende a massificar os gadgets na basse da martelada, os 
gadgets vão deixando de se preocupar comigo, para se preocupar *apenas* 
com o novo público alvo.

O que me deixa meio louco da vida é que, literalmente, não deixaram nada 
no lugar. Não adianta ter dinheiro (não que eu tenha muito), mas o fato 
é que não sobrou nada no mercado que me atenda do jeito que eu estava 
acostumado.

Cara, eu acabo de ir na Amazon fazer uma pesquisa sobre PDAs. O primeiro 
item da lista é um Palm m500!

http://www.amazon.com/s/ref=nb_sb_noss?url=search-alias%3Daps&field-keywords=pda

Me sinto um excluído da sociedade digital móvel! =D


> Ou seja, quando em 2009 peguei um iPod touch de segunda geração, com 16GB de 
> armazenamento, conectividade por USB, WiFi e Bluetooth foi uma mudança 
> radical. Ler ePubs (que eu mesmo gerava) no iBooks numa tela com resolução 
> maior era uma experiência bem mais agradável e a velocidade de processamento 
> era algo, para mim, sem precedentes!
Seu salto foi quântico, dá pra entender perfeitamente seu ponto de vista.

Os meus saltos foram graduais, dava pra perceber a evolução acontecer 
devagarinho (e, eventualmente, as involuções).


> As únicas coisas que considero como perdas, de fato, foram o Agendus e o 
> PalmBible. Mas o que ganhei acabou superando e muito as perdas.

A única coisa que eu tenho fácil hoje, mas que fez muita falta na época 
é WiFi e BlueTooth. Meu, como eu queria ter tido isto naquela época. :-)

De resto, não vou dizer que estou insatisfeito - ver YouTube no celular 
é interessante sim, e postar um vídeo na rua a partir do meu celular é 
sensacional.

Mas o que eu perdi vez ou outra faz falta, principalmente porque eu não 
vou embarcar na onda dos Pads - mesmo andando com uma mochila, tem que 
caber numa pochete: há lugares em que eu não quero andar de mochila (ou 
sequer posso, como em bancos).

Se eu preciso fazer algo que exija um treco do tamanho de um Pad, então 
é melhor levar logo um notebook pequeno. Que é o que eu faço. :-)

A única exceção é o Nook. Cara, ler PDF numa tela de e-ink é 
maravilhoso. Nunca mais leio nada em qualquer outra coisa.

Se inventarem um Pad com tela de e-ink, então talvez eu embarque nessa.
--
Lisias


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<*> O uso que você faz do Yahoo! Grupos está sujeito aos:
    http://br.yahoo.com/info/utos.html


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