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O CRIME PERFEITO
Todos serão sequelados neurológicos.
Os "burros" matam-se uns aos outros.
"Uma sociedade deve ser julgada pela maneira
pela qual trata seus mais vulneráveis
membros."
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(a) Segue-se análise de neurologista norte-americano  
Mitchell S. Felder, M.D. sobre o caso Terri, equiparando-o
com os procedimentos nazistas nos campos de concentração.
Terri foi assassinada pelo Estado com uso de máxima crueldade.
Demonstra o neurologista como o homicídio de sequelados
neurológicos impede a medicina não mercantilista de alcançar
a prevenção e cura para pacientes como Terri Schiavo.
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É demonstração de desconhecimento chamar de
"eutanásia" o que foi feito com essa mulher.
É demonstração de desconhecimento do Direito
aceitar o exercício de tal poder ao Estado sobre direitos
indisponíveis de cidadania.
Exceção ao Estado dos Nazistas.
Para um estado tornar-se nazista não são necessárias
leis nazistas, mas mentalidades nazistas.
 
Não é possível argumentar com um positivismo que
sequer existe dentro dos Estado Unidos, onde o
direito é consuetudinário e busca o precedente.
Está criado o precedente homicida.
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(b) Ela não estava em coma e sequer sua vida era
vegetativa.  Ela possuia deficiências neurológicas
(sequelas) que lhe impediam a vida de relação normal.
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(c) Era consciente de tudo à sua volta,  consciência que
mesmo parcela expressiva de pacientes em vida
vegetativa possuem (leiam sobre o "estado de consciência"
em pacientes em coma, descoberto na Medicina,
no ano de 2000, na Inglaterra
e publicado na BMJ).
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(d) Quando o ex-marido de Terri fez o pedido de desligamento
de alimentação e água (o que não se recusa para cães)
 -- ela não dependia de RESPIRADOR
de UTI --  e já tinha dela se separado judicialmente, 
constituído outra família, casando novamente.
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(e) Portanto, a "família" de Terri não era seu "marido", mas
mesmo que casada ela ainda estivesse com ele, é absurdo dizer-se
que os pais deixam de continuar a integrar a família
da mulher por causa do casamento.
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(f) Esse "marido", logo após receber uma indenização
milionária pelo erro médico que deixou Terri nesta situação,
passou a requerer repetidas vezes na Justiça norte-americana
o desligamento de seus aparelhos, com o ÚNICO argumento de que ela
lhe teria "confidenciado" ser seu desejo o desligamento
de aparelhos, caso ficasse em vida vegetativa.
Não apresentou outra prova senão seu interesseiro
depoimento, não sendo mais seu marido, mas
incompreensivelmente seu tutor.
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A legislação da Flórida, não a de todo os EUA, é que prevê
o desligamento dos aparelhos, em caso de vida vegetativa.
Terri era uma *sequelada neurológica" e com uma indenização
milionária ganha em juízo para mantê-la em hospital,
o que é diferente. Assassinada Terri, que uso fará Michael
Schiavo dessa indenização?
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Desde o final da década de 80, é oficialmente reconhecido
no meio médico internacional que o maior problema de saúde
pública mundial, crescendo geometricamente,
são os sequelados neurológicos.
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De tal forma, que todos os que estão vivos hoje e
ultrapassarem os setenta anos
serão sequelados neurológicos sob diferentes
expressões, se os interesses econômicos internos e externos
da medicina continuarem impedindo o ingresso
de terapias, já reconhecidas pela comunidade médica,
para a prevenção inicial
dessa gama de patologias degenerativas 
que decorrem de um modo de
vida destrutivo associado à longevidade. 
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Os marcantes avanços da neurologia na Década do Cérebro
entraram em conflito com o mercado da medicina.
Os Estados, por ignorância ou conivência, estão subordinando-se
mais uma vez a um poder que concorre o deles.
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Menos de 10% (- de 8%)  do cérebro humano está em uso na fase
presente do desenvolvimento da espécie humana.
Pode-se dizer, em bom português, e é impossível negar isso
diante da maneira como não convivemos, que o ser humano
é fisiologicamente "burro" ainda. A burrice tem uma característica
clara: ela não se reconhece e habitua-se a sentenciar
sobre o objeto de seu desconhecimento.
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O cérebro humano é o mais importante desconhecido do ser humano,
que a ignorância dos outros 92% quer manter assim.
Dificultar o potencial terapêutico no avanço do conhecimento
cerebral (como também aconteceu no Caso Terri)
é suicídio coletivo: todos serão sequelados
sob diferentes expressões, pois as doenças neurodegenerativas
crescem hoje em progressão geométrica e
as terapêuticas em uso mercantil "permitido" são inúteis para
reverter esse quadro. São úteis para privilegiar
o lucro na medicina, nos hospitais e planos de saúde.
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A solução final "oficializada", também para exportação 
pelo caso Terri, é começar a matar
todos os sequelados neurológicos e sobretudo os indefesos
em qualque situação.
Será uma alternativa a uma frase que nunca foi
posta em prática: "matem-se uns aos outros".
O "homem é o lobo do homem" é outra frase que afirmou-se
mais fora das guerras e dentro
de compromissos outros fraudados.
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O que foi feito com Terri nos EUA, já é feito no Brasil
com uma infinidade de pacientes em condições mais cruéis ainda.
Eles são eviscerados em vida. Crianças e adultos
jovens. Quem não passa por isso ou convive com
essas situações trata o assunto com a superficialidade
cômoda da cultura da alienação: comigo? com meus
filhos?  Isso nunca poderá acontecer ...!
Até o dia em que acontece.
Quando acontecer, resta apenas chorar, porque
sequer gritar e clamar conseguirão.
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O diferencial é que -- a partir do "Caso Terri" -- os interesses
de mercado da medicina vão procurar institucionalizar o
nazismo como prática médica. Medicina e Nazismo
têm um passado histórico dos mais eloquentes
e recentes dentro dos EUA.
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No Brasil, a palavra de ordem oficiosa é tratar apenas pacientes
viáveis econômicos, assumindo-se que é necessário mudar a
"ética" médica, mesmo que essa "ética" contrarie a legislação daqui.
Oliveiro Guanais, conselheiro do CFM, publicou
em Revista do CFM a necessidade da implantação
do utilitarismo ético na medicina, inclusive com a retirada
de órgãos dos pacientes que estão na situação
de Terri Schiavo. Sem anestesia.
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As exceções desse pragmatismo utilitarista serão
de ordem exclusivamente econômicas,
também publicadas por membros ligados a esse Órgão,
como os casos conhecidos de Herbert Viana, Gerson Brenner
e Osmar Santos.
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Embora as "boas intenções" e todos os argumentos que
queiram usar, persiste um fato imperativo: todos serão sequelados
neurológicos em alguma expressão,
se a medicina não for humanizada,
ou simplesmente respeitar a ainda desconhecida
vida humana.
Fatos não se discutem.
Matem-se uns aos outros.
 
CG Coimbra
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The Terri Schiavo Tragedy

by Mitchell S. Felder, M.D.

"Although Terri was judicially condemned to death,
she met almost none of the standard Harvard criteria for brain death."
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(Embora Terri tenha sido condenada judicialmente à morte , ela não preenchia
nenhum dos padrões da Harvard para declaração de morte encefálica.)
***
"Killing Terri destroyed the hope for any possible future potential therapeutic
modality such as stem cells, hyperbaric oxygenation
or neurotransmitter treatment."
***
(Matar Terri destrói a esperança de futuras terapêuticas potenciais
na medicina como [...])
***
"a society must be judged by the manner in which it treats its most vulnerable
members"
***
(uma sociedade deve ser julgada pela maneira pela qual trata seus mais vulneráveis
membros)
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During the time of the Holocaust the Nazi SS sadistically punished rebellious prisoners by simply putting them in a cell without food or water. The hapless victim would be driven insane with hunger and thirst and would die a horrific, excruciating death. This would serve as an example to the other victims of the utter hopelessness of their condition. The man-made laws of Nazi Germany enabled the legal murder of millions. Likewise, the distorted logic of the American legal system has allowed a patient to be condemned to death in the cruelest fashion imaginable.

 

As a board certified attending neurologist, I would immediately question the constant refrain during this tragedy that "Terri didn’t feel a thing" during her forced starvation. I would contend that the opposite is much more likely. Terri was brutally trapped in the worst of all worlds. Widespread laminar necrosis of the cerebral cortex is typically found after the anoxic encephalopathy that Terri initially suffered. However, the more primitive areas of Terri’s brain: the hypothalamus, amygdala and brain stem remained intact. As Terri was starved, the primitive factors that regulate food intake such as blood glucose and amino acid concentrations set off the physiologic equivalent of an air raid siren in the feeding center of the hypothalamus screaming "feed me." However, the cortical area of her brain which would have allowed for a cognitive comprehension of this dilemma was dysfunctional. Likewise, a massive transmission of pain signals flooded into her hindbrain and thalamus without a subsequent cognitive interpretation. In order to begin to disprove my conviction that Terri suffered during her forced starvation her doctors would have had to perform an (1) EEG (electroencephalogram) showing cortical brainwave activity (2) PET (Positron Emission Tomography) Scan to show a reduction in cerebral metabolism (3) SSEP (Somatosensory Evoked Potential) to show brainstem neurophysiologic functioning and (4) MRI scan of her brain to show anatomical disruption. I understand that either these tests had not been performed in years or were never done in the first place. Although Terri was judicially condemned to death, she met almost none of the standard Harvard criteria for brain death.

 

Around the time that I first started practicing as a neurologist I was called by my hospital’s emergency room doctor to see a comatose patient. He was apologetic in asking me to come in to see a patient with the absolute worst type of malignant brain tumor, a Glioblastoma multiforme. When I arrived in the ER I was met by the patient’s former wife, who between loud sobs, pleaded with me to "save" her ex-husband. At that point, I wouldn’t have given this 63-year-old profoundly comatose patient a thousand to one odds for remaining alive another hour, let alone having any future life. Reluctantly, I went through the motions of putting the patient in the ICU and putting him on steroids in a cookbook fashion. Miraculously, the man slowly improved, left the hospital and lived another eight years, during which time he joined a number of local clubs. Likewise, even when considering Terri’s purported diagnosis of a persistent vegetative state (in my opinion, not properly supported by the above elucidated tests) "The occurrence of rare instances of very late recovery in adults must be acknowledged." (Adam and Victor’s Principles of Neurology, Seventh Edition, p. 370). Even more disturbing, in this standard teaching textbook of neurology, is the statement on the same page, "At no time after the onset of coma was it possible to distinguish patients who would remain in a vegetative state from those who would die." Killing Terri destroyed the hope for any possible future potential therapeutic modality such as stem cells, hyperbaric oxygenation or neurotransmitter treatment. There have been at least four confirmed cases of patients with persistent vegetative state who have recovered some neurologic functioning. Dr. Ronald Cranford, the neurologist who diagnosed Ms. Schiavo’s condition, was the attending physician in one of those cases. Dr. Cranford later admitted, "Yes, I made a mistake and to this day no one can explain these cases." Isn’t it obvious that this could be yet another "mistake"? The most basic principal in medicine, based on the Hippocratic Oath is to "do no harm." I would tend to believe that actively killing one’s patient violates this most basic principal.

The forced death of Terri by our judicial system sets a horrific precedent. Should we now begin starving anyone with a neurodegenerative condition? That would include patients with Alzheimer’s Disease, Multiple Sclerosis, Parkinson’s Disease, ALS, Tay-Sachs Disease, Canavan’s Disease, and the list goes on and on.

Ultimately, a society must be judged by the manner in which it treats its most vulnerable members. Like the one and one-half million children slaughtered by the Nazis, Terri Schiavo was totally helpless and vulnerable. The tragedy of her needlessly imposed death greatly lessens us all.

March 31, 2005

Mitchell S. Felder, M.D. [send him mail] is a board-certified attending neurologist at UPMC Horizon in Pennsylvania.

http://www.lewrockwell.com/orig6/felder1.html

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