Vocês sabem que eu não gosto de ferramentas de diagramação, muito menos
das que dizem que fazem modelagem.

        Na verdade, creio que com PostgreSQL não precisamos dessas ferramentas:
vale mais a pena criar os domínios, depois as tabelas, e usar o AutoDoc
ou mesmo o SQL Fairy para diagramar.

        Entretanto, estou na situação de ter de administrar os modelos de
quatro diferentes SGBDs, e inúmeras bases de dados fragmentadas.  Para
isso, vou precisar de uma ferramenta de modelagem — não por causa dos
diagramas, mas do dicionário de dados (basicamente).

        Estive investigando as ferramentas que suportam o PostgreSQL, conforme
a famosa página http://postgresql.org.br./Ferramentas_para_o_PostgreSQL,
para a qual também dei uma pequena contribuição.  Mas queria jogar umas
idéias aqui, e ver o que vocês acham.

        Em primeiro lugar, um dicionário de dados é fundamental.  Isso já
elimina várias ferramentas, como o DBWrench.  As únicas que sobram
capazes de rodar em GNU/Linux são o The Kompany Data Architect, que tem
o básico (dicionário, relatórios, cobertura de vários SGBDs) mas dá um
certo trabalho de instalar e configurar, usando acionadores ODBC, sendo
um aplicativo Qt meio feioso e &c; e o Druid III, bastante espartano e
com problemas similares ao do Data Architect, mas em Java.      

        O MySQL Workbench está em α já há coisa de um ano, e perdeu suporte ao
PostgreSQL.  Estranho.

        Há várias ferramentas MS Windows.  A dificuldade com elas é ter de
baixar trials, lidar com licenças, conseguir os contatos com os
fornecedores.  Até agora só consegui uma cotação da CA, porque minha
empresa já tem relacionamento com eles.  Nem Embarcadero, nem IBM (Data
Architect) nem ninguém mais tem sido responsivo.

        Resumindo: há um campo enorme nessa área.  Se alguém quiser pegar um
projeto livre, como o MySQL Workbench ou o Druid, e desenvolver, será
muito agradecido, desde que consiga deixar a diagramação de lado — deixe
isso para AutoDoc ou SQL Fairy e concentre-se em dicionário de dados e
relatórios.

        Dá vontade de criar scripts que exportem os modelos de cada SGBD,
extraiam os tipos de dados e os carreguem numa base central.  Mas o
problema são as bases que não estão definidas com domínios —
praticamente todas.

        Aliás, AutoDoc e SQL Fairy também precisam de colaboradores.  O SQL
Fairy não lida com muita sintaxe válida, como esquemas e comentários,
por exemplo.  O AutoDoc é bastante difícil de usar.

        Uma decepção de nota: as ferramentas UML (Argos, Telelogic System
Architect &c) não parecem dar conta do recado, por não suportarem
dicionários de dados.  Uma decepção para uma linguagem de modelagem que
se queria universal.

        Falei bobagens, alguém tem informação a acrescentar?


-- 
Leandro Guimarães Faria Corcete DUTRA  <[EMAIL PROTECTED]>
Atech Fundação Aplicação de Tecnologias Críticas  SP, BR
msnim:[EMAIL PROTECTED]
skype:leandro.gfc.dutra?chat     +55 (11) 3040 7300 r151


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