--- Em qui, 12/2/09, Samuel Britto das Chagas <samuelbri...@yahoo.com.br> 
escreveu:

De: Samuel Britto das Chagas <samuelbri...@yahoo.com.br>
Assunto: Enc: EdmarMoreira, atual deputado, foi tenente da PM e TORTURADOR EM 
LINHARES- MG
Para: "Beto Nogueira" <betocnogue...@yahoo.com.br>, "Celso Mota" 
<celsoma...@gmail.com>, "Marlon Nunes da Silva" <marlonu...@yahoo.com.br>
Data: Quinta-feira, 12 de Fevereiro de 2009, 20:23









--- Em seg, 9/2/09, Frei Gilvander <freigilvan...@pcse.org.br> escreveu:

De: Frei Gilvander <freigilvan...@pcse.org.br>
Assunto: EdmarMoreira, atual deputado, foi tenente da PM e TORTURADOR EM 
LINHARES- MG
Para: undisclosed-recipi...@yahoo.com
Data: Segunda-feira, 9 de Fevereiro de 2009, 17:59





Amigo/o, eis, abaixo, uma denúncia de arrepiar: EdmarMoreira, atual deputado, 
foi tenente da PM e TORTURADOR EM LINHARES- MG

Coluna do Fernando Rodrigues
http://uolpolitica.blog.uol.com.br/
06.02.2009


Edmar Moreira, o tenente do óculos Ray-ban 



Corregedor da Câmara agora é acusado de maltratar presos políticos em 1970
Relato de um preso: "[Edmar] soltou os cachorros, literalmente, nos pátios, 
mandou tocar as sirenes e ligar os holofotes, passou a noite inteira com a 
tropa dando tiros para o ar".
 
Ele não chega ser um guarda de Abu Ghraib, que torturava presos no Iraque. Mas 
Edmar Moreira hoje teve uma nova acusação jogada contra suas costas. Em 1970, 
ainda tenente da Polícia Militar de Minas Gerais, o jovem Edmar costumava 
tratar com terror os cerca de 300 presos políticos na penitenciária de 
Linhares, em Juiz de Fora. Quando ficava irritado, soltava os cachorros do 
quartel pelos pátios e dava tiros para ar. Tudo segundo relato de um dos presos 
daquela época.
 
Irritado porque os presos políticos se recusaram a ficar de pé para dizer os 
seus nomes na rotina diária de identificação, o tenente Edmar, com os 
indefectíveis óculos Ray-ban que usava, "soltou os cachorros, literalmente, nos 
pátios, mandou tocar as sirenes e ligar os holofotes, passou a noite inteira 
com a tropa dando tiros para o ar". Esse relato foi reproduzido pelo jornalista 
Laerte Braga, mineiro, ex-preso político, que coletou os dados de um outro 
ex-preso político que estava na penitenciária por onde dava plantão o tenente 
Edmar em 1970. 
  
Toda vez que Edmar Moreira era escalado para fazer as conferências de presos ao 
final do dia, a rotina se repetia. "Isso aconteceu uma, duas, três vezes, ou 
quatro vezes, até que a notícia vazou da vizinhança da penitenciária para a 
cidade –estão fuzilando os presos políticos de Linhares– o comando da 4ª Região 
Militar resolveu afastar do serviço o tal tenente de óculos Ray-ban", relata 
Laerte Braga em seu texto, enviado para uma lista de e-mails. 
  
O relato já vazou para vários blogs mineiros e alguns de abrangência nacional, 
como o "Amigos do Presidente Lula". 
  
Este blog entrou em contato com a assessoria do deputado Edmar Moreira (DEM-MG) 
para ouvir algum comentário do deputado. Não houve resposta, pois o corregedor 
está em viagem e não deixou o telefone do local para sua assessoria. 
  
Abaixo, a íntegra do texto do jornalista Laerte Braga, tal qual postado em um 
e-mail (o blog entrou em contato com Laerte e ele reafirmou, por telefone, o 
inteiro teor do texto): 
  
O corregedor da câmara dos deputados  – O HOMEM DO CASTELO 
  
Laerte Braga 
  
Os principais sites, jornais e noticiários desta quinta-feira deram destaque às 
críticas feitas dentro do próprio DEM – DEMOCRATAS – pela indicação do deputado 
edmar moreira para o exercício da função de corregedor da Câmara dos Deputados. 
Corregedor é uma espécie de fiscal dos bons costumes, do decoro parlamentar e 
do exercício digno do mandato. Procedem as críticas. 
  
O noticiário ateve-se ao castelo de propriedade do deputado, segundo ele em 
nome dos filhos, na cidade de São João Nepomuceno, próxima de Juiz de Fora. Não 
está declarado nos bens do deputado. Consta que edmar é proprietário ali de um 
terreno num valor ínfimo em relação ao castelo. Esse negócio de castelo é mania 
de novo rico aparecer. Pendurar pneu no pescoço. 
  
Vamos a um relato sobre o corregedor. 
  
"Primeiros meses de 1970. A penitenciária de Linhas em Juiz de Fora lotada de 
presos políticos, uns trezentos homens e mulheres de todas as idades e 
profissões. Todos já com inquéritos concluídos e aguardando julgamento pela 
Auditoria da Quarta Circunscrição Militar. Poucos com sentença já definida – os 
guerrilheiros do grupo de Caparão e sargentos rebeldes de Brasília –. 
  
Todas as manhãs passava pelas galerias um oficial da Polícia Militar, quase 
sempre um tenente. Fazia o confere, ou seja, verificar se os presos estavam em 
suas celas e se havia alguma anormalidade. Olhava o número da cela, verificava 
se o preso estava lá e pronto. 
  
Certo dia apareceu um tenente que usava óculos tipo ray ban e que ao invés de 
olhar e anotar que o preso continuava preso, chutava a porta de aço e exigia 
que cada um se levantasse e dissesse o nome e a organização a qual pertencia. 
  
Como foi uma coisa nova alguns fizeram isso, outros não, mas resolvemos neste 
mesmo dia na hora que íamos para o pátio onde podíamos conversar uns com os 
outros, que não iríamos mais responder ao tal tenente. Aguardamos ansiosamente 
o dia em que ele estaria de serviço de novo. Ele chegou, bateu na porta de aço 
da primeira cela perguntou pelo nome e o companheiro nem virou a cabeça. Estava 
como havíamos combinado, deitado na cama e voltado para a parede. Nome? Chutes 
na porta. Organização? Chutes na porta. Levante-se. Comunista filho da puta!  
  
Chutes na porta e assim foi por mais algumas celas, até que percebeu o que 
estava acontecendo. Ninguém se levantou, ninguém respondeu nada. À noite a 
resposta dele – soltou os cachorros, literalmente, nos pátios, mandou tocar as 
sirenes e ligar os holofotes, passou a noite inteira com a tropa dando tiros 
para o ar. Dia seguinte entrou outro oficial de dia e tudo voltou ao que era 
antes. Quando o tal tenente estava de serviço era a mesma coisa. Isso aconteceu 
uma, duas, três vezes, ou quatro vezes, até que a notícia vazou da vizinhança 
da penitenciária para a cidade – estão fuzilando os presos políticos de 
Linhares – O comando da IV Região Militar resolveu afastar do serviço o tal 
tenente de óculos ray ban. 
  
Hoje ele é dono do castelo Monalisa e corregedor geral da câmara dos deputados. 
  
Seu nome? edmar moreira." 
  
Anos mais tarde envolveu-se num incidente no clube D. Pedro e acabou reformado, 
quando já capitão. 
  
Quando da CPI do mensalão, no depoimento do deputado roberto jéferson, esse 
saudou o deputado hoje corregedor como amigo e declarou ter sido seu hóspede em 
seu magnífico castelo e privado das delícias da cozinha do corregedor. 
  
O institucional está falido. 
  
Sugiro Beira-mar para deputado. Por sinal, o traficante está preso numa prisão 
particular. Simples. A tal prisão de segurança máxima é propriedade do deputado 
– sua empresa ou uma delas – e presta serviços terceirizados ao governo. 
  
É especialista nesse negócio. 
Por Fernando Rodrigues
 


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