*Radioamadores criticam banda larga por rede elétrica*

  Por Lúcia Berbert     30 de setembro de 2008


A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) recebeu mais de 440
contribuições à sua proposta de Regulamento sobre Condições de Uso do
Sistema de Acesso em Banda Larga utilizando Rede de Energia Elétrica (BPL),
que estava em consulta pública até ontem. A maioria delas foi apresentada
por cidadãos, que eram ou totalmente a favor ou terminantemente contra,
evidenciando a polêmica sobre o tema. As teles trataram o assunto com
cuidado, reiterando sobretudo a preocupação delas com as possíveis
interferências em outros sistemas de telecomunicações.

A TelComp (Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de
Telecomunicações Competitivas) alega que as questões técnicas da norma
apresentam insegurança quanto à eventual futura normatização similar que
venha da Agência Reguladora de Energia Elétrica e que possa impactar alguma
definição já abordada na norma da Anatel. Por essa razão, questiona a
oportunidade de edição de norma técnica conjunta de modo a assegurar que a
operação da radiofreqüência não interferirá tanto em serviços de
telecomunicações como em energia elétrica de um modo aceitável para ambos os
reguladores.

No regulamento, a Anatel propõe, em linhas gerais, que a comunicação a ser
estabelecida pelo sistema BPL, confinada nas redes de energia elétrica,
somente possa ocorrer na faixa de 1.705 kHz a 50 MHz. Além disso, os
equipamentos que compõem o sistema BPL devem possuir certificação expedida
ou aceita pela Anatel, de acordo com a regulamentação vigente, e atender às
normas cabíveis, referentes ao sistema elétrico, expedidas pela Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

*Radioamadores "versus" inclusão*

A maioria das contribuições contra o uso da rede elétrica para acesso a
banda larga parte de radiomadores, que vêem risco de interferência na
atividade. As críticas incluem posições já adotadas pelos Estados Unidos,
países da Europa e Japão que, segundo afirmam, expurgaram esse sistema  pela
enorme quantidade de interferências geradas em serviços moveis/fixos de
telecomunicações e nas faixas de amador. Além disso, recorrem a um estudo da
Anatel em parceria com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) que
descrevia o sistema BPL como de "grande potencial de interferir em serviços
de radiocomunicação".

As contribuições favoráveis destacam, sobretudo, a capilaridade da rede
elétrica em todo o país, o que facilitaria o oferecimento de acesso a banda
larga em locais onde não há o serviço. Sem falar, é claro, na possibilidade
de barateamento dos custos do serviço.

A Sky, que se diz favorável ao sistema BPL, reivindica que a seja proibida
sua operação por concessionárias de STFC (Serviço Telefônico Fixo Comutado)
nas suas regiões de concessão, uma vez que elas já detêm o monopólio da rede
telefônica. "Tal medida torna-se necessária para assegurar o crescimento da
competição no setor e evitar uma concentração de redes por parte de grandes
conglomerados econômicos, que já possuem uma infra-estrutura de acesso",
defende.

A Eletropaulo obviamente apóia o uso da rede de energia elétrica para
difundir o acesso à banda larga. "Utilizando a infra-estrutura de maior
penetração do nosso país, a rede de distribuição elétrica compõe o meio
físico para a entrega dos serviços de Banda Larga BPL, disponibilizando o
acesso à rede mundial em qualquer tomada de energia do usuário, com
velocidades compatíveis, ou maiores, que as soluções ADSL e TV a Cabo",
ressalta.
 



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Atenciosamente,
Carlos Roberto Maciel Carneiro
[EMAIL PROTECTED]
Macaé/RJ

Tel.: (22) 9869-5054

Membro da;
               Unotel Telecomunicações S/A <http://www.unotel.com.br>
               Abramulti - Associação Brasileira de Autorizados SCM e
Provedores de Internet <http://www.abramulti.com.br>


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