Olá Rapaziada.

 

              No dia 13 de março de 2.010 estiveram reunidos no covil dos 
anteneiros que fica na Geenge em Porto Alegre a seguinte tripulação.  

COMANDO

Capitão................ Gilvan Enriconi

Imediato.............. Mateus Preuchner

Mestre................. Lisane Tainete Prauchner

Contra-mestre.... Patrícia Da Silva Santana.

 

MARINHEIROS DE PRIMEIRA CLASSE

 

1)  MARUJO                        RECRUTAMENTO               ALOJAMENTO

2)  Evaldo           São José do Ouro               ouro...@ouronetonline.com.br

3)  Heron            Criciumal                              zieb...@gmail.com   
      

4)  Renato          Campo Novo                        v...@vtw.com.br

5)  Lione             TrêsPassos                          
lioneinformat...@gmail.com

6)  Jandir            Campo Bom                         
globol...@netwizard.com.br

6)  Regimar        Eldorado                               
regi...@viaguaiba.com.b

7)  Lecir                               Campinas da Missões       
le...@brmaster.com.br

8)  Maurício       São José do Ouro               ouro...@ouronetonline.com.br

9)  Flávio            Guaíba                                   
fla...@viaguaiba.com.br

10) Luiz              Torres                                   l...@crtm.net

11) Rodrigo       Caxias do Sul                       rodrig...@gemail.com

12) Marlos         Boavista do Buricá             Marlos - mar...@via-rs.net

 

 

            A nave era pequena, mas o mar era enorme, no seu mastro principal 
flãmulava uma bandeira preta com o desenho branco de um T Mágico . Bravamente 
superamos as piores ondas e conseguimos atracar num porto seguro. Ao chegarmos 
lá todos diziam a mesma coisa:

          -Aquela hora que o Lençol Digital nos atingiu de cheio foi a hora 
mais crítica.

          Gostei muito da tripulação, todos demonstraram habilidades fora do 
comum. Se outros mares eu tiver que navegar, vou convocá-los de novo.

          Abaixo vai um brinde para aqueles que gostam de maionese. Desculpem 
mas acredito que a arte é o grande lubrificante que se coloca nas engrenagens 
da ciência para que ela se desenvolva. 

          Aqueles que forem organolépticos leiam, aqueles que forem adiabáticos 
á minha didática por favor deletem.

          Um abraço a todos.

 

Gilvan

 

 

http://www.geenge.com.br/sig/home/ver_modulo2.php?codigo=44

 

 

                  MENTINDO NUMA LAN DE SALÃO

 

              Sempre fui um pé de vento no salão, envolver uma cintura feminina 
e girar em harmonia com a música sempre foi algo deliciosamente sensual para 
mim. Com o tempo os passos acontecem sem planejamento, o par simplesmente baila 
entre os casais no salão, assim como um esquiador descendo numa montanha de 
neve sinuosa lisa e íngreme. Jamais pode haver um passo errado, uma colocação 
de pé onde não deveria ou acontece o tropeço, a velocidade cai, a graça morre, 
e a sensualidade finda.

              No meio do salão, com um braço cingindo sua cintura e o outro no 
ar segurando a sua mão direita, rodeávamos no salão onde nos últimos quarenta 
anos havíamos dançado. 

              Lembro que quando começamos a dançar, a música que estava tocando 
era importante para nós, de acordo com o seu ritmo bailávamos no salão vazio, 
eu tinha muitos jeitos de conduzi-la. Mas o tempo foi passando e com ele as 
coisas foram mudando, a música o corpo, e o jeito de dançar e principalmente a 
quantidade de pares dançando que mudavam em quantidade incessante e de forma 
inclemente. Agora, basta a orquestra começar e o salão esta cheio, porem duas 
coisas não mudaram nesse tempo todo, foi o tamanho do salão e o meu par. Somos 
dois esquiadores sobre o mesmo patim vencendo a montanha branca onde muitas 
vezes caímos mas nos levantamos todas as vezes até que aprendemos a domina-lá, 
mesmo com o preço de estarmos levando hoje como bandeira a cor que esta 
montanha branca nos pintou nos cabelos.

              Nos primeiros dias dançávamos roçando suavemente as pernas, 
botando toda a atenção nas curvas da dança, pois era o melhor pretexto para 
aquele sexo idílico, naquelas horas o salão parecia não existir. Depois veio o 
perfume que vinha do seu pescoço que ocupava todo o volume do salão, o mundo 
dos sentidos naquele tempo podia ser explicando pelo olfato. O salão inteiro 
tinha o seu cheiro, até a música podia ser dançada seguindo as ondas de perfume 
no ar. O erotismo não vinha só da irradiação do aroma, haviam também os seios e 
o sexo, estas foram descobertas que terminaram com um obrigado meu Deus. 

              Os anos foram passadas e as coisas humanas que passam mudam, tudo 
lentamente mudava em nós, menos o salão.

              Mudar não quer dizer perder, quer dizer trocar e eu garanto que a 
natureza nos organizou de forma que nas nossas negociações com o tempo, sempre 
saímos ganhando. Isso não dá para explicar, é preciso deixar as pistas curvas e 
profundas da nossa estrada vir morar nas linhas do nosso rosto para poder 
entender. Por isso eu penso que muito poucas pessoas podem compreender a troca, 
visto que poucos são aqueles que tiveram o tempo necessário na vida e dentre 
aqueles que tiveram este privilégio poucos souberam ser bons negociadores com a 
dor.

              Não sei dizer á partir de quando comecei a enxergar os outros 
pares no salão, sei que de um momento em diante comecei a perceber que o número 
de pares que dançavam mudava muito, e a quantidade deles dependia de duas 
coisas, da música que tocava e do jeito de dançar. Acho que despertamos para 
esta percepção quando por abuso de emoção decidimos que não havia mais 
fronteiras e nós estávamos nos transformando numa unidade, isso levou para nós, 
quarenta anos.

              Assim como tudo fluía bem no nosso lado de dentro, finalmente 
comecei a olhar para fora e lá estavam os outros, todos naquele salão, todos 
dançando no baile da vida. Alguns rostos eu reconhecia como muito antigo outros 
eram novos, mas todos estavam ali, e nunca haviam sido tantos. Cada novo par 
que subia para dançar influenciava em outro par, ainda que este outro par 
estivesse do outro lado do salão. Na verdade todos dançavam no salão como um só 
par. Como se fossem a LAN do salão. A orquestra? Ora a orquestra era só o AP. 
Havia em todos um protocolo de como dançar adequadamente. Minha mulher olhou 
nos meus olhos e perguntou:

              -O que tu estas pensando? Não é em antena é?

              -Claro que não querida, apenas observava que todos os pares que 
estão dançando não colidem ou se atrapalhem embora o salão esteja cheio. 

              Continuei dançando de olhos fechados para ela não olhar lá dentro 
e ver que eu havia mentido.

 

FIM


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]

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