On Oct 29, 2006, Mauro Carvalho Chehab <[EMAIL PROTECTED]> wrote:

> Em Sex, 2006-10-27 às 19:33 -0300, Ricardo L. A. Banffy escreveu:
>> Essa idéia é muito perigosa - quase podemos dizer que software GPL3 não 
>> deve ser usado em aplicações críticas em que vidas humanas dependam de 
>> seu funcionamento correto, porque os dispositivos que empregam software 
>> GPL3 são, necessariamente, adulteráveis.
> Sim. 

> Note, no entanto, que o licenciamento em GPLv2 não traz este problema. 

BZZT.  Veja o post do Alan Cox.

> Se o fabricante alterar os sistemas, as melhorias devem ser enviadas à
> comunidade, beneficiando a todos.

BZZT.  As melhorias só precisam ser enviadas a quem receba os binários
correspondentes.

> No entanto, ele pode gerar um hash do software ou uma assinatura,

O hash ou a assinatura são derivados do binário anterior e da chave e
são parte funcional da aplicação, com esse tipo de uso.

Como você pode pensar em argumentar que não precisa distribuir os
fontes da assinatura mesmo sob a GPLv2?

> adicionando-o ao equipamento, de forma a evitar o uso de imagens
> binárias adulteradas.

> Âmbos os lados ganham com o uso, pelo fabricante, do GPLv2:
>       a comunidade, com as inovações introduzidas pelo fabricante;
>       o fabricante, com um software de melhor qualidade;
>       o usuário, com um produto seguro.

A comunidade pode não ganhar e o usuário com certeza só perde.

O produto é apenas alegadamente seguro, pois todo mundo sabe que
nenhum software é perfeito.  O sistema de verificação da assinatura
pode ser burlável (alguém conhece algum que tenha resistido?), o que
abre margem para que invasores externos tomem o controle da máquina
sem que o usuário possa fazer ou mesmo saber de nada.  Enquanto isso,
o fabricante do hardware pode não mais existir, ou não estar mais a
fim de dar suporte àquele equipamento, ou simplesmente estar agindo de
maneira lenta demais, deixando todos os usuários do equipamento à
própria sorte (ou azar).

Explica pra mim onde está a vantagem.

Pode modificar não significa ser obrigado a modificar.  Quem quiser
confiar no fornecedor pode, mas se for obrigado a confiar, há algo
errado.

Perder a liberdade de modificar, de ser independente do fornecedor, é
*sempre* uma perda.

-- 
Alexandre Oliva         http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/
Secretary for FSF Latin America        http://www.fsfla.org/
Red Hat Compiler Engineer   [EMAIL PROTECTED], gcc.gnu.org}
Free Software Evangelist  [EMAIL PROTECTED], gnu.org}
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