Política pública que me refiro. Projeto, que envolva os atores, rumos estratégicos claros, linhas de ações táticas, gerência, medição de resultados... Essa noção de que política é coisa que vem de cima para baixo é pra lá de antiga, e errada. Política não é palavrão:)!!!
Não estou "batendo" no Ponto de Cultura. Sei que existe esta preocupação sobre os vários programas de inclusão digital do Governo Federal. O que temos hoje na verdade são várias políticas. Isto já foi detectado e me parece que existe uma preocupação da presidência da república sobre isso.
Só para citar alguns dos vários programas de inclusão digital do Governo Federal sem entrar no mérito de suas várias políticas, às vezes no mesmo programa:
Pontos de Cultura
Computador para Todos
Projeto Gesac
Casa Brasil
Verbas do FAT para cursos de informática
1 computador por aluno
Projetos das Estatais
Além disso temos:
Projetos dos Governos Estaduais
Projetos dos Governos Municipais
Projetos de ONGS - CDI, etc...
Projetos responsabilidade social de empresas
Fica óbvio que a sinergia, no mínimo técnica, destes programas podem ser feitas de duas maneiras: com windows ou com debian. Se tivesse uma política que aumentasse a sinergia de tudo isso faríamos mais com os mesmos recursos. Mas de qualquer maneira é um processo mesmo, mas que pode e deve ser acelerado pela ... política.
Obs.: Nunca disse que no Governo do Paraná não tem software proprietário, mas a compra de software proprietário virou absoluta exceção. Volto a dizer, os mais de 100 telecentros do Paraná, em regiões distantes, tudo com Debian! O que prova que estar longe ou ser do interior não é justificativa para windows. Temos ainda 900 laboratórios em escolas públicas(Paraná Digital): Tudo Debian (boot remoto, e multiterminal)!!!
Valeu!
Em 28/08/2007 às 18:37, [EMAIL PROTECTED] escreve:
On 8/24/07, Julian Carlo Fagotti <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
(...)
> Isso é falta de política. Está chegando computadores onde nunca chegou. E
> chegam com windows. Chegam junto com os produtos da New Holland?
> Os computadores devem, inclusive, chegar com o sistema operacional
> instalado...
No primeiro edital dos Pontos de Cultura, foi feita licitação para
compra de todo equipamento multimídia através do PNUD. Resultado: um
atraso de mais de um ano na entrega dos kits por conta da burocracia e
certa incompetência de gerenciamento dessa entidade. Por causa disso,
no segundo edital, destinou-se uma verba para que o próprio ponto
comprasse o equipamento, o que de certa forma acho mais interessante
porque tira a carga assistencialista da proposta. Por outro lado,
devido ao grande número de Pontos contemplados X baixo número de
implementadores, ao desconhecimento de muitos dos candidatos do que é
software livre e também da falta de interesse do próprio ponto em ir
buscar mais informação, acabou acontecendo isso, foram pelo caminho
que acharam mais fácil no momento.
> O que tá faltando é política de software livre nos pontos de cultura.
Política tem, do mesmo jeito que tem no Paraná. O que falta é mais
verba pra cultura e mais pessoas com vontade de mudar este cenário
dentro dos projetos. Não adianta vir "ordem" de cima se quem tá lá na
ponta não se convence. Software proprietário onde não se justifica não
é privilégio de Ponto de Cultura. Recentemente na lista do EL, numa
thread em que se discutia a fatídica analogia entre canetas bic e
montblanc, revelou-se tempestivamente que nem tudo é só SL também no
governo do Paraná:
https://lists.riseup.net/www/arc/estudiolivre/2007-08/msg00347.html
Pois é, o processo é lento...
att.
//fabs
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Fabianne Balvedi
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[EMAIL PROTECTED]>
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