***Usar a tecnologia* da informação para melhorar os procedimentos
internos das prefeituras brasileiras, elevar a qualidade de vida do
cidadão por meio do oferecimento de serviços virtuais, combater o
desperdício público de recursos e tempo, gerenciar e planejar gastos.
Esta é a proposta do Projeto Comunidade, Conhecimento, Colaboração e
Compartilhamento dos Municípios Brasileiros (4CMBr), desenvolvido pela
Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), do Ministério
do Planejamento, que busca estimular o uso de software livre nos
municípios.
O 4CMBr foi apresentado a mais de 3.500 novos prefeitos, secretários
municipais e vereadores, que participaram de um encontro nacional em
Brasília, nos dias 10 e 11 de fevereiro. Segundo o secretário da SLTI,
Rogério Santana, o projeto, lançado em novembro do ano passado, dispõe
de diversos programas para administração pública que podem ser copiados
e adaptados para os municípios, reduzindo custos na compra de soluções.
Já estão disponíveis no site do projeto mais de 20 soluções da apoio à
administração, como software de gestão de escolas, protocolo eletrônico
de documentos, sistema de gestão de ativos, gerenciamento de sites
institucionais e sistemas para administração de sistemas de
abastecimento de água e de coleta de esgotos. “Novas soluções são
desenvolvidas frequentemente e convidamos os prefeitos que já têm
softwares de gestão a compartilhar seus conhecimentos, para ajudar
outras prefeituras”, disse Santana.
O site conta ainda com várias ferramentas para compartilhamento de
conhecimentos, como fórum, chat e wiki (software colaborativo, que
permite a edição coletiva de documentos). Além de publicações de
interesse dos prefeitos, apoio a programas de inclusão digital, listas
de histórias de sucesso em diversas cidades brasileiras, relação de
iniciativas federais na área de TIC e acesso ao Portal dos Convênios,
que gerencia os recursos repassados voluntariamente pela União aos
Estados, municípios e organizações não-governamentais. O programa foi
todo desenvolvido na plataforma web 2.0, a internet das redes sociais. E
sua coordenação é gerenciada com a participação de profissionais das
áreas acadêmica e técnica. A comunidade já reúne cerca de 600 pessoas
cadastradas.
Para o coordenador de Municípios da SLTI, Luís Felipe Costa, muitas
dúvidas ou anseios dos administradores municipais podem ser sanados por
intermédio do 4CMBr: “A criação de fóruns para troca de experiência e o
uso do chat para se informar sobre os projetos existentes são exemplos
disso”. Com essas ferramentas, ele acredita, o prefeito terá melhores
condições de desempenhar sua principal tarefa, que é a de fazer a
máquina andar, mesmo em uma pequena cidade.
A depender da demanda, a SLTI poderá chamar um dirigente do Banco de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Caixa Econômica ou do
Banco do Brasil para explicar como obter financiamentos para seus
programas. “Podemos agendar data e horário para que esses dirigentes
passem as informações diretamente aos gestores municipais, via chat”,
exemplificou Costa.
O secretário de TI de Cachoeiro do Itapemirim (ES), Edmar Temporino,
presente no encontro nacional em Brasília, se mostrou interessado em
mais informações sobre a implantação de um programa de cidade digital em
seu município. “Nós precisamos saber como obter recursos e equipamentos,
além de ter instruções para formatar e formalizar projetos desse tipo”,
afirmou. O prefeito adiantou que vai se cadastrar no 4CMBr com esse
objetivo: “Nosso interesse é oferecer ações de educação e saúde a um
número maior de habitantes, por meio da utilização da conexão à internet
banda larga”. Temporino também acha importante usar o 4CMBr para trocar
ideias com outros gestores municipais que já implantaram programas de
cidades digitais em seus municípios. A secretária de Educação de Parobé
(RS), Marisa Assis, busca informações sobre boas práticas para inclusão
de alunos com deficiência visual nas escolas. “Dos oito mil alunos do
município, 21 têm deficiência visual. É um índice considerável de alunos
que precisam ser atendidos”, alertou, após ouvir a palestra de Santana.
Já estão disponíveis mais de 20 programas que podem ser copiados e
adaptados às realidades locais
A secretária de Educação de Taquaretuba (SP), Maria das Graças Marins
Demon, acredita que o 4CMBr vai facilitar muito a vida do gestor
municipal. “Algumas dificuldades que ainda enfrentamos para desenvolver
nossos projetos de governo, principalmente em função de acesso à
documentação e a distância das prefeituras dos órgãos federais, podem
ser reduzidas com essa modernização”, avaliou.
Santana também apresentou aos gestores municipais o Portal de Convênios,
que inaugura uma nova relação entre a administração pública federal e os
demais entes federativos que firmarem convênios e contratos de repasse
com recursos voluntários da União. “Isso porque automatiza os atos de
credenciamento, celebração, alteração, liberação de recursos,
acompanhamento da execução do projeto e a prestação de contas, que
passam a ocorrer por meio da internet”, disse. Segundo o secretário da
SLTI, o Portal de Convênios elimina o uso do papel na maioria dos
processos, desburocratiza e agiliza os procedimentos, melhorando a
eficiência do Estado em uma área essencial para a sociedade brasileira.
Ele destacou ainda que a iniciativa confere muito mais transparência,
porque permitirá verificar a execução dos contratos pelo Portal e saber
como os órgãos municipais e estaduais e ONGs estão aplicando o dinheiro
público.
www.softwarepublico.gov.br/4cmbr <http://www.softwarepublico.gov.br/4cmbr>
<http://www.softwarepublico.gov.br/4cmbr/xowiki/news-item16>**
Fonte: ARede
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