Olá, Não sei se todos tiveram a mesma percepção, mas o retorno do mestre Oliva à lista foi um alento: ressuscitou nossa lista e nos trouxe mais segurança.
Há de se reconhecer que a tática "Tropa de Elite" do capitão Anahuac, bem ou mal, fez a lista se chocoalhar; kudos [0] para os dois. Muitos insultos foram trocados e vários saíram feridos, mas será que somos capazes de nos perdoar e reconstruir depois de uma guerra tão destrutiva? Há quem diga que para reformar, precisamos de demolir primeiro. Não há dúvidas que o contexto mudou e constantemente muda. Com a mudança de contexto, muitos ativistas de Software Livre se sentiram perdidos. Será que podemos reaprender, compreender novos contextos e assumir novas táticas para ganharmos efetividade na luta comum pela liberdade? Percebo certos padrões táticos no ativismo do Oliva (desculpe se interpretei errado): - Vitimização no lugar da vilanização: o usuário de software privativo é vítima de si próprio, não nos cabe julgá-los; - Humor: uso do duplo sentido, para alertar, chamar a atenção e levar a conscientização da não-liberdade. Exemplos: F*k, software impostos, blonging for freedom, etc. Um padrão semelhante percebi no discurso do Prof. Pedro Rezende: "Inserator" é ótimo! Percebo outros padrões táticos no ativismo do Anahuac (desculpe se interpretei errado): - Vilianização no lugar da vitimização: o usuário expert usa software privativo por preguiça e acomodação, o bullying é justificável como tratamento de choque para que o ativista saia da sua zona de conforto e mude de atitude. - Demonização: uso do sentimento de rivalidade nos traz motivação para a união e a luta. Exemplo: se você não está com nós, pede para sair!; o mal está lá fora e precisa ser combatido; não existe meio-comprometido ao Movimento de Software Livre, ou você é comprometido ou não é. Desculpe-me se minha percepção e análise estiverem errados, estou arriscando invadir a privacidade dos citados. Apropriei-me dos dois padrões táticos como caso de estudo. Se pisei no calo, desculpe. Perguntas para reflexão: será que cada um, com sua criatividade, molda um padrão tático para obter mais efetividade para atingir objetivos do seu ativiismo de Software Livre? O padrão tático é certo conforme o contexto em que ele é aplicado? Cada ativista pode moldar seu próprio padrão tático para ser efetivo no próprio contexto? Existe padrão tático padrão para todos contextos? Aceitar que cada um tem suas próprias táticas (OSI x FSF) é reconhecer que cada um tem seu próprio caminho para chegar no mesmo fim? Se cada um tem seu próprio contexto, possui suas próprias percepções de não-liberdades, cada um tem sua própria luta? Será que o relativismo cultural [1] é 'melhor' ou 'pior' que o etnocentrismo [2]? Desculpe-me tantas perguntas. Não vou neste momento arriscar apresentar minhas respostas, pois tenho minhas própria convicções e respostas. Sempre posso estar errado, pois minha visão é limitada a meu contexto. [0] https://en.wikipedia.org/wiki/Kudos [1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Relativismo_cultural [2] https://pt.wikipedia.org/wiki/Etnocentrismo -- Marcelo Akira Inuzuka (62) 9261-4004 _______________________________________________ psl-brasil mailing list psl-brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://wiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil SAIR DA LISTA ou trocar a senha: http://listas.softwarelivre.org/mailman/options/psl-brasil