A Borland já tem tradição neste segmento né? Eles vem lá do Turbo C, Turbo
Assembler e Turbo Pascal. Ce pode reparar que parece que eles adivinham tudo
que o programador espera de uma ferramenta de desenvolvimento. Tudo que ce
precisa pra desenvolver um sitema, tem lá no IDE. Debugação, lista de
variáveis, etc... Tudo que ce precisa e até o que cê não precisa.
Por isto que realmente eles são os caras, e pode reparar também que,
quando a Microsoft quis dar uma sacudida no Visual Studio, quem ela foi
buscar pra isto? E aonde
FOI LÁ MESMO!
[]s
Walter Alves Chagas Junior
Projeto e desenvolvimento
Telemont Engenharia de telecomunicações
[EMAIL PROTECTED]
Fone: (31) 3389-8215 Fax: (31) 3389-8200
-Mensagem original-
De: Nilson Chagas [mailto:[EMAIL PROTECTED]
Enviada em: sexta-feira, 3 de dezembro de 2004 16:14
Para: [EMAIL PROTECTED]
Assunto: Re: RES: RES: RES: [delphi-br] Então, qualé que é a do .NET?
Primo,
Eh justamente isto q eu estava falando, temos q dar o braço a
torcer q os caras da borland estaum sendo os caras, se vai
continuar assim saum outros quinhentos.
[]s
Nilson Chagas
E Jesus, respondendo, disse-lhes: Porventura não errais vós
em razão de não saberdes as Escrituras nem o poder de Deus? Mc 12v24
Walter Alves Chagas Junior [EMAIL PROTECTED] wrote:
Nilson e Willian,
O que aconteceu com o Clipper foi uma fatalidade.
A nantucket, que era o fabricante original do produto, foi
comprada pela CA,
que tentou dar continuidade ao mesmo. Chegou a melhorar o 5.2
com o release
5.2e. Mas saiu pela tangente com o 5.3 ao tentar fazer uma
meia sola com
aquele editor para Windows. E daí que se deu a trapalhada
fatídica que o
matou.
O problema da interface gráfica é que ela trabalhava no
ambiente Windows,
mas para compilar um projeto para rodar no DOS (Estranho
não?). Aí quando
você escrevia no Editor, ao rodar seu programa no DOS, os caracteres
acentuados ou os de moldura de tela saiam todos trocados
porque o Windows
trabalha sob a tabela ANSI e o DOS sob a ASCII. Daí esta
diferença. Pior
ainda era quando você ia fazer relatorios e jogava caracteres
especiais pra
impressora! Era um angú de caroço.
Outro problema sério é que ao usar compilar seu projeto de dentro do
Windows, (o linkeditor usado passou a ser o Exospace ou o
ótimo BLinker. O
RTlink saiu de cena), ele seria linkeditado pra rodar na
memória extendida e
iria rodar na memória do DOS (convencinal), e pronto! Tava
formado o balaio
de gato: GPF toda hora, dentre outros erros cabulosos que a
aplicação dava
(o compilador também era cheio de bugs). Depois disto, a CA
tentou soltar
alguns paths para corrigir alguns bugs (até que corrigiu, mas
a imagem da
versão já tava comprometida). Em face a isto, a turma do
Clipper optou por
não usá-lo e permanecer no 5.2 mesmo que dava conta (e muito
bem) do recado.
Eu mesmo tentei usar o Edit do DOS pra fazer os projetos meus, mas aí
esbarrei em outro problema que acabei desistindo: As
bibliotecas que você
tinha já compiladas em clippers anteriores, não linkavam com
o seu exe se
ele for compilado com o 5.3. Até aí eu concordo porque até
hoje é assim.
Voce so compila um projeto no Delphi 7 se as packages forem
compiladas no
D7. Isto é padrão pra qualquer compilador, mas no caso do
Clipper 5.3, já
tinha um desgaste da nossa parte por causa de tantos outros
inconvenientes.
Daí que veio o CA-Visual Objects...
Prometido pra ser o Clipper for Windows (e a nossa maior
expectativa), não
tinha absolutamente nada haver com Clipper, uma linguagem bem
diferente e
cheia de comandos adaptados de outras linguagens mas que
funcionavam de
forma estranha. Novas instruções foram adicionadas à
linguagem, mas a CA
parece que esqueceu de documentá-las porque, além da pobreza
que era o Help,
nunca que você achava o que procurava por lá. Muito confusa
de aprender. Pra
complicar ainda mais, o IDE era cheio de bugs e estava
inacabado (cheio de
menus sem funcionalidades e alguns desabilitados de fábrica), que a CA
prometia que iria corrigir nas versões seguintes. Um
desastre! Outra coisa,
toda ferramenta nova, deve obrigatoriamente, permitir alguma
portabilidade
do código da versão ou de um produto anterior para a mesma. Só que era
impossível você migrar um projeto do Clipper para o VO porque
não tinham
quase nada haver um com o outro. Outro inconveniente que ele
tinha eram as
limitações em relação a interagir recursos do Windows com seu projeto.
Tudo indica que foi um produto feito as pressas para tentar
segurar o
mercado, porque a Borland já anunciava pros quatro cantos que
o Turbo Pascal
8 seria uma nova ferramenta de desenvolvimento integrada
usando ambiente
RAD, dentre outras inúmeras novidades, e já tava no seu 7º
mês de Gestação
(Adivinhem quem era). E não deu em outra! Ao ser lançado
com o codinome
Delphi, que mais tarde acabou