Re: [obm-l] Problema de um amigo

2002-09-17 Por tôpico Nicolau C. Saldanha

On Mon, Sep 16, 2002 at 11:48:06PM -0300, Edmilson wrote:
 Dividir uma circunferência em 9 partes iguais, porprocesso geométrico

Se por 'processo geométrico' você quer dizer usando apenas régua e compasso
então é impossível. É um resultado clássico de álgebra que o círculo pode
ser dividido em n partes iguais com régua e compasso apenas se n é da forma

n = 2^k * p_1 * p_2 * ... * p_m

onde p_1  p_2  ...  p_m são primos da forma p = 1 + 2^(2^a).
Os únicos primos conhecidos desta forma são 3, 5, 17, 257 e 65537;
existem uns argumentos que tornam plausível que estes sejam *todos*.

Quando eu estudei desenho geométrico no ginásio apredíamos métodos
para dividir o círculo em 5, 6, 7 ou 9 partes iguais mas era na decoreba
sem explicação nenhuma e sem que ninguém mencionasse que uns desses
processos (5 e 6) eram exatos e outros (7 e 9) não.

[]s, N.
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Re: [obm-l] Problema de um amigo

2002-09-17 Por tôpico Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
Cara,quando eu vejo "por processo geometrico" eu traduzo como "com regua lisa e compasso" .Para o 9 o unico jeito que eu saiba que e exato e o do origami(papel de dobradura) Acesse o site da Crux
Edmilson <[EMAIL PROTECTED]>wrote:




Dividir uma circunferência em 9 partes iguais, porprocesso geométrico

Atenciosamente,Edmilson[EMAIL PROTECTED]Yahoo! GeoCities
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RE: [obm-l] Axioma da Escolha

2002-09-17 Por tôpico Rogerio Fajardo

A maneira usual de fazer infinitas escolhas sem usar o axioma da escolha é 
conseguir uma propriedade que escolhe um elemento de cada conjunto. Por 
exemplo, os racionais são enumeráveis. Em particular, podem ser bem 
ordenados. De fato, podemos escrever essa boa ordem (a lexicográfica, por 
exemplo). Para escolhermos elementos de infinitos conjuntos de racionais, 
basta pegarmos o menor elemento de cada conjunto. Esse tipo de demonstração 
é construtiva, no sentido de que essa escolha não foi feita ao acaso, mas 
obedecendo uma regra explícita.

É claro, como voce ressaltou, o construtivismo não aceita princípios e 
teoremas tidos como fundamentais na matemática. A fim de eliminar algumas 
coisas estranhas da matemática, criou outras mais estranhas ainda. Trata-se 
apenas de uma forma de matemática que não é a mais usual, mas em algum 
momento pode até ser útil. Hoje há quase um consenso em aceitar o axioma da 
escolha. Mas, para alguns, um teorema que não depende do axioma da escolha 
pode ter um status maior do que os outros. Existem muitos trabalhos 
relacionados a independência em Teoria dos Conjuntos que mostram o que seria 
possível sem o axioma da escolha.


From: Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: RE: [obm-l] Axioma da Escolha
Date: Fri, 13 Sep 2002 23:45:41 -0700

  Apenas lembrando, porque costuma-se realçar quando se usa o axioma da
  escolha, há uma corrente filosófica de matemáticos que não aceitam o
  axioma
  da escolha: os construtivistas (ou, mais geralmente, os
intuicionistas). O
  axioma da escolha nos garante a existência de objetos que não podemos
  determinar quem, exatamente, ele é. Esse tipo de coisa os
construtivistas
  não aceitam, pois de que serve saber que existe alguma coisa que nunca
  saberemos quem é, ou onde está? O teorema de Weierstrass, que diz que
toda
  função real contínua sobre um intervalo fechado assume máximo, não é
  aceita
  pelos construtivistas, pois não podemos exibir esse ponto de máximo.
[Artur Costa Steiner]

Ms este teorema é um dos mais importantes da matemática
  Por
  outro lado não podemos dizer que não existe ponto de máximo, pois isso
  seria
  garantir que todos os pontos não são de máximo, o que não devemos
  assegurar.
  Por isso na lógica intuicionista A ou não A pode ser falso, e A não
é
  equivalente a não não A.
[Artur Costa Steiner]

Acho que é também importante lembrar que muitas provas na matemática
basiam-se em infinitas escolhas. Por exemplo, várias das provas dos
teoremas ligados à  compaticidade de espaços métricos enquadram-se nesta
categoria, como o que afirma que S é compacto === S é sequencialmente
compacto. Parece-me que estas provam usam o axioma da escolha. E ninguém
as questiona.

 ,
 Todas essas complicações geradas pelo construtivismo fizeram que
esse
  caísse um pouco no esquecimento. Hoje parece que há poucos matemáticos
  construtivistas. Mas devemos nos lembrar que o argumento central que
gerou
  o
  construtivismo faz sentido. Realmente, podemos pensar o que fazemos
com
  coisas obtidas não construtivamente. Enfim, há sempre uma fagulha de
  construtivista em nós. É certo que os mais radicais não admitem nem
prova
  por absurdo, mas o axioma da escolha já seria o maior crime que se
poderia
  cometer contra o construtivismo. Por isso, nas demonstrações, é sempre
bom
  ressaltar o que é construtivo e o que não é. Por exemplo, o Paradoxo
de
  Banach-Tarski, sobre a duplicação da esfera, citada pelo Paulo, é
  não-construtiva.
  Sobre o problema da violência, resta um consolo: se o conjunto dos
  bandidos, dado pelo problema, já estiver bem ordenado (por exemplo, se
é
  enumerável), não precisamos do axioma da escolha, e não cometeremos
uma
  violência contra os intuicionistas. O difícil vai ser achar bandidos
bem
  ordenados...
 
[Artur Costa Steiner]
Quando podemos fazer infinitas escolhas sem usar o axioma da escolha?
Sempre que tivermos conjuntos bem ordenados? Por exemplo, se fizermos
infinitas escolhas em infinitos subconjuntos dos racionais, então não
precisamos do axioma?

Artur
 

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[obm-l] Conjuntos Fechados

2002-09-17 Por tôpico Humberto Naves

Oi,

  Li num livro de análise, que o conjunto dos irracionais não pode ser escrito
como uma união enumerável de fechados. Como demostrar esse fato?

  Obrigado,
  Humberto Silva Naves

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[obm-l] Axioma da Escolha

2002-09-17 Por tôpico Jose Francisco Guimaraes Costa

Nos últimos dias o assunto mais tratado aqui neste forum vem sendo o Axioma
da
Escolha.

Alguém poderia fornecer o enunciado e um pequeno histórico dele?

JF

-Mensagem Original-
De: Rogerio Fajardo [EMAIL PROTECTED]
Para: [EMAIL PROTECTED]
Enviada em: Terça-feira, 17 de Setembro de 2002 13:30
Assunto: RE: [obm-l] Axioma da Escolha


 A maneira usual de fazer infinitas escolhas sem usar o axioma da escolha é
(...)


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Re: [obm-l] Conjuntos Fechados

2002-09-17 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel

Oi Humberto e demais colegas,

Seja I é o conjuntos dos irracionais e Q dos racionais.
Se F é um subconjunto fechado de I então F tem interior vazio.
Com efeito, se um intervalo aberto (a , b) está contido em int(F) então o
próprio F contém (a , b), como existem pontos racionais em (a , b), F não
está contido em I, uma contradição.
Considere uma enumeração dos racionais Q = {q_1, q_2, q_3, ..., q_n, ...} e
Q_i = {q_i}
Suponhamos que I seja a união de conjuntos fechados F_1, F_2, F_3, ..., F_n,
...
Temos então que os reais R são a união de Q_1, F_1, Q_2, F_2, ..., Q_n, F_n,
...
Os Reais (um Espaço Métrico Completo) seria a união enumerável de conjuntos
Fechados e com Interior Vazio, ou seja, R seria magro.
Contrário ao Teorema de Baire que diz que todo Espaço Métrico Completo não é
magro.

Eduardo.




From: Humberto Naves [EMAIL PROTECTED]
 Oi,

   Li num livro de análise, que o conjunto dos irracionais não pode ser
escrito
 como uma união enumerável de fechados. Como demostrar esse fato?

   Obrigado,
   Humberto Silva Naves

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Re: [obm-l] Axioma da Escolha

2002-09-17 Por tôpico 498 - Artur Costa Steiner



 Nos últimos dias o assunto mais tratado aqui neste forum vem sendo o 
Axioma
 da
 Escolha.
 
 Alguém poderia fornecer o enunciado e um pequeno histórico dele?
 
 JF

O enunciado mais usual é o seguinte:

Dada uma coleção qualquer de conjuntos disjuntos {A_a} (finita ou 
infinita, numerável ou não), é possível formar um conjunto S tal que 
cada elemento de S pertença a um dos conjuntos A_a. Isto é, é possível 
formar S escolhendo-se um elemento de cada um dos conjuntos A_a, daí o 
nome Axioma da Escolha.

Alguns autores definem o axioma sem  requerer que a coleção {A_a} seja 
disjunta.
Artur
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Re: [obm-l] EDO - ERRATA

2002-09-17 Por tôpico bruno lima

Por favor me desculpem, o correto é y(b)=0 


--- Augusto César Morgado [EMAIL PROTECTED]
escreveu:  Eh isso mesmo? A pergunta se refer
principalmente ao
 y(0) =0.
 
 bruno lima wrote:
 
 Numa dessas provas universitarias por ai apareceu:
 
 y''=y*exp(x) 
 
 y: Vai de [a,b]em R , e y(a)=0 e y(0)=0.
 
 Estou errado ou a unica solucáo é a identicamente
 nula??
 Fazendo uma mudança de variaveis vc cai numa de
 Ricati, mas isso nao resolve muito!
 

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[obm-l] Re: [obm-l] 2 Problemas Clássicos de DG

2002-09-17 Por tôpico Luis Lopes

Sauda,c~oes,

O problema 1 não tem solução com régua
e compasso. Mas sempre tem uma solução
para três qq segmentos (ver AMM 101, 1994,
pp. 58--60).

Substituindo bissetrizes por alturas ou medianas,
aí a coisa muda: a construção é possível, mas
nem sempre.

[]'s
Luis

-Mensagem Original-
De: Antħnio Lacerda JÅnior [EMAIL PROTECTED]
Para: [EMAIL PROTECTED]
Enviada em: sexta-feira, 13 de setembro de 2002 20:06
Assunto: [obm-l] 2 Problemas Clássicos de DG


 Olá, todos.

 Estou procurando a solução destes 2 problemas clássicos
 de Desenho Geométrico:

 1) Dadas as três bissetrizes de um triângulo, construa
 esse triângulo.

 2) Determinar o centro de uma circunferência apenas com
 compasso.

 Eu as perdi, por isso eu as procuro.

 Obrigado.

 Antônio Lacerda Júnior



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Re: RE de re:[obm-l] Ajuda Algebra linear (Off Topic)

2002-09-17 Por tôpico Igor GomeZZ


Em 16/9/2002, 13:57, Johann ([EMAIL PROTECTED]) disse:


 Beleza!La ele da uma aplicaçao bem interessante:como se dar bem
 blefando em um jogo de truco(parece jogo de truco mas mudam algumas regras).

Qual o tópico? Não conseguir encontrar...

Fui!


### Igor GomeZZ 
 UIN: 29249895
 Vitória, Espírito Santo, Brasil
 Criação: 17/9/2002 (15:45)

Pare para pensar:

O rio atinge seus objetivos porque
aprendeu a contornar obstáculos.
(Lao- Tsé)



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[obm-l] Re: [obm-l] 2 Problemas Clássicos de DG

2002-09-17 Por tôpico Antonio Lacerda Junior

Sauda,c~oes,

O problema 1 não tem solução com régua
e compasso. Mas sempre tem uma solução
para três qq segmentos (ver AMM 101, 1994,
pp. 58--60).

Substituindo bissetrizes por alturas ou medianas,
aí a coisa muda: a construção é possível, mas
nem sempre.


[]'s
Luis

Luis, obrigado pelo esclarecimento, mas tu poderias 
explicar-me o que significa AMM?

Quanto ao problema 2, se a minha memória não me falha, 
já saiu até na Superinteressante (talvez em 1992). Se 
alguém souber de algum outro registro desse problema, 
por favor, avise-me. Eu agradecerei.

Antônio Lacerda



 
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