Re: Dia da semana

2000-08-21 Por tôpico Ecass Dodebel




From: Augusto Morgado [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: Dia da semana
Date: Mon, 21 Aug 2000 10:38:47 -0300



Ecass Dodebel wrote:
 
  From: "Wellington Ribeiro de Assis" [EMAIL PROTECTED]
  Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
  To: "discusspio de problemas" [EMAIL PROTECTED]
  Subject: Dia da semana
  Date: Fri, 18 Aug 2000 23:59:17 -2:00
  
  Prezados amigos
  
  Alguem sabe dizer como eh o algoritmo usado para se descobrir que dia
  da semana cai uma determinada data de um ano qualquer?
  
  Bons estudos e abraco a todos,
  Wellington
 
  Olá,
 
  eu tenho uma idéia. Conseguiremos descobrir em que dia da semana cai o 
dia D
  do mês M do ano A, se soubermos que dia da semana foi 1/1/1 (por 
exemplo), e
  quantos dias já se passaram até o dia D/M/A desde 1/1/1, e fazer o resto 
da
  divisão por 7, o resto 0 nos dirá que D/M/A é o mesmo dia da semana de
  1/1/1, o resto 1 que D/M/A é um dia depois, e assim por diante. Vou
  apresentar uma possível solução. Defino o seguinte:
  - DA(A) = número de dias dos anos entre o ano 1 e A-1 (inclusive), para 
A0,
  não vou considerar os casos com o ano negativo.
  - DM(M) = número de dias dos meses entre 1 e M-1, do ano A.
  - DD(D) = número de dias anteriores a D, no mês M do ano A.
  O resto procurado é o da divisão de 
ND(D/M/A)=DA(A)+DM(M)+DD(D)-ND(1/1/1)
  por 7.
  Eu não vou falar muitos detalhes (para não ficar muito chato). Tomando a
  função [x], menor inteiro, que diz o natural N, tal que N=xN+1, daí,
  [x]=N, temos
  DA(A) = 365(A-2) + [(A-1)/4], se A0
  DM(M) = 31([M/2] + [M/9] - [M/10] + [M/11] - [M/12])
  + 30([M/5] + [M/7] + [M/12])
  + 28([M/3] - [M/6] - [M/9] - [M/12])
  + [1 - A/4 + [A/4]]([M/3] - [M/6] - [M/9] - [M/12])
  DD(D) = D
  Agora podemos fazer algumas simplicações módulo 7.
 
  ND(D/M/A) =
  
(A-2)+[(A-1)/4]+3([M/2]+[M/9]-[M/10]+[M/11]-[M/12])+2([M/5]+[M/7]+[M/12])+[1-A/4+[A/4]]([M/3]-[M/6]-[M/9]-[M/12])+D
  (mod 7)
 
  Hoje, ND(20/8/2000) = 0 (mod 7), domingo.
  Primeiro dia da era cristã, ND(1/1/1) = 0 (mod 7), domingo.
  Proclamação da Independência, ND(7/9/1922) = 5 (mod 7), sexta-feira.
  Proclamação da República, ND(15/11/1889) = 4 (mod 7), quinta-feira.
 
  Eu tenho quase certeza de que para anos A negativos, uma expressão 
válida é
  a seguinte:
 
  ND(D/M/A) =
  
A-[(|A|+3)/4]+3([M/2]+[M/9]-[M/10]+[M/11]-[M/12])+2([M/5]+[M/7]+[M/12])+[1-(A+1)/4+[(A+1)/4]]([M/3]-[M/6]-[M/9]-[M/12])+D
  (mod 7),
 
  ela deixa os restos similares aos da expressão com o A0, ou seja, 0
  continua sendo domingo, e assim por diante.
 
  Eu não uni os dois casos (A0 e A0) numa expressão só, por que não 
existe o
  ano 0, e isso complicou tudo para mim, talvez eu até conseguisse, mas
  ficaria algo tão comprido que prefiro nem tentar.
 
  Obrigado!
 
  Eduardo Casagrande Stabel.
 
Eduardo:
Nao examinei com cuidado o que voce fez. Mas a primeira impressao eh que
nao esta correto porque me parece que voce esta considerando que todos
os anos multiplos de 4 sejam bissextos, o que nao eh verdade. Em suma,
parece que a matematica eh boa mas os anos bissextos infelizmente nao
sao os multiplos de 4.

Anos bissextos sao todos os que sao multiplos de 4 sem ser de 100; os
multiplos de 100 so sao bissextos se forem multiplos de 400.
Morgado

Olá prof. Morgado,
eu não sabia desse dado sobre os anos bissextos, pensei, como você bem 
citou, que os múltiplos de 4 eram bissextos. Bom, com o dado que você passa, 
acho que não fico muito difícil de corrigir a minha fórmula, mas vou pensar 
melhor. Tenho uma dúvida: e quanto aos anos AC? como ficam os bissextos?
Obrigado pela correção!

Eduardo Casagrande Stabel.




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Re: Dia da semana

2000-08-20 Por tôpico Ecass Dodebel




From: "Wellington Ribeiro de Assis" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: "discusspio de problemas" [EMAIL PROTECTED]
Subject: Dia da semana
Date: Fri, 18 Aug 2000 23:59:17 -2:00

Prezados amigos

Alguem sabe dizer como eh o algoritmo usado para se descobrir que dia
da semana cai uma determinada data de um ano qualquer?

Bons estudos e abraco a todos,
Wellington

Olá,

eu tenho uma idéia. Conseguiremos descobrir em que dia da semana cai o dia D 
do mês M do ano A, se soubermos que dia da semana foi 1/1/1 (por exemplo), e 
quantos dias já se passaram até o dia D/M/A desde 1/1/1, e fazer o resto da 
divisão por 7, o resto 0 nos dirá que D/M/A é o mesmo dia da semana de 
1/1/1, o resto 1 que D/M/A é um dia depois, e assim por diante. Vou 
apresentar uma possível solução. Defino o seguinte:
- DA(A) = número de dias dos anos entre o ano 1 e A-1 (inclusive), para A0, 
não vou considerar os casos com o ano negativo.
- DM(M) = número de dias dos meses entre 1 e M-1, do ano A.
- DD(D) = número de dias anteriores a D, no mês M do ano A.
O resto procurado é o da divisão de ND(D/M/A)=DA(A)+DM(M)+DD(D)-ND(1/1/1) 
por 7.
Eu não vou falar muitos detalhes (para não ficar muito chato). Tomando a 
função [x], menor inteiro, que diz o natural N, tal que N=xN+1, daí, 
[x]=N, temos
DA(A) = 365(A-2) + [(A-1)/4], se A0
DM(M) = 31([M/2] + [M/9] - [M/10] + [M/11] - [M/12])
+ 30([M/5] + [M/7] + [M/12])
+ 28([M/3] - [M/6] - [M/9] - [M/12])
+ [1 - A/4 + [A/4]]([M/3] - [M/6] - [M/9] - [M/12])
DD(D) = D
Agora podemos fazer algumas simplicações módulo 7.

ND(D/M/A) = 
(A-2)+[(A-1)/4]+3([M/2]+[M/9]-[M/10]+[M/11]-[M/12])+2([M/5]+[M/7]+[M/12])+[1-A/4+[A/4]]([M/3]-[M/6]-[M/9]-[M/12])+D
 
(mod 7)

Hoje, ND(20/8/2000) = 0 (mod 7), domingo.
Primeiro dia da era cristã, ND(1/1/1) = 0 (mod 7), domingo.
Proclamação da Independência, ND(7/9/1922) = 5 (mod 7), sexta-feira.
Proclamação da República, ND(15/11/1889) = 4 (mod 7), quinta-feira.


Eu tenho quase certeza de que para anos A negativos, uma expressão válida é 
a seguinte:

ND(D/M/A) = 
A-[(|A|+3)/4]+3([M/2]+[M/9]-[M/10]+[M/11]-[M/12])+2([M/5]+[M/7]+[M/12])+[1-(A+1)/4+[(A+1)/4]]([M/3]-[M/6]-[M/9]-[M/12])+D
 
(mod 7),

ela deixa os restos similares aos da expressão com o A0, ou seja, 0 
continua sendo domingo, e assim por diante.


Eu não uni os dois casos (A0 e A0) numa expressão só, por que não existe o 
ano 0, e isso complicou tudo para mim, talvez eu até conseguisse, mas 
ficaria algo tão comprido que prefiro nem tentar.

Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.





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Re: Problema

2000-08-20 Por tôpico Ecass Dodebel

DE FATO a#93/a#49 NÃO é inteiro, como se vê abaixo.

(3^93 + 4^93) $ 3 (mod 7)
(3^49 + 4^49) $ 4 (mod 7)

$ representa congruência

Novamente desculpem-me pela asneira anterior

Olá Alexandre,

O fato de dois números (x e y) serem incongruentes módulo algum n, não 
garante que a divisão x/y não seja inteira. Por exemplo:

Suponhamos que
x = 3 (mod 7), e
y = 4 (mod 7)

Podemos escrever y = 7k + 4, e para x/y ser inteiro, x = 0 (mod y), logo 
queremos que

x = 0 (mod 7k+4), e
x = 3 (mod 7)

Escrevendo x = q(7k+4), q(7k+4) = 4q = 3 (mod 7), se q=6+7q. Portanto os 
pares (x,y) = ( (7q+6)(7k+4) , 7k+4 ) para k,q naturais, são tais que

x = 3 (mod 7)
y = 4 (mod 7)
x/y é inteiro

Exemplos concretos são os pares (x,y) = (24,4), (66,11), (143,11),...

Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.

PS. Alexandre Terezan, não me leve a mal por ter feito duas correções no que 
você disse para a lista, ok?

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Re: Problema

2000-08-19 Por tôpico Ecass Dodebel




From: "Alexandre F. Terezan" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: "OBM" [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: Problema
Date: Sat, 19 Aug 2000 15:16:27 -0300

Encontrei uma resposta genérica pra esse problema (q aliás foi proposto há 
muito tempo na lista) mas vou enunciar o caso particular abordado.
  A resposta genérica é de fácil deduçao.

Utilizarei a#n como notaçao para a índice n, uma vez que * representará 
multiplicacoes.

a#n = 6^n + 8^n

a#93/a#49 = (6^93 + 4^93)/(6^49 + 4^49) =
= [2^93 (3^93 + 4^93)] / [2^49 (3^49 + 4^49)] =
= 2^44 [(3^93 + 4^93)/(3^49 + 4^49)]  (1)

Seja a#93/a#49 = a#49 * k + R, onde k é natural e R é o resto procurado.

Olá Alexandre,

perceba que a#49 é inteiro, e portanto a#49*k somado a R é inteiro, ou seja, 
você está supondo que a#93/a#49 é inteiro. Um jeito de fazer a divisão 
euclidiana é a#93 = a#49*k + R, com Ra#49

Obrigado!




Assim 2^44 [(3^93 + 4^93)/(3^49 + 4^49)] = 2^49 * (3^49 + 4^49)k + R  (2)

Seja 3^49 + 4^49 = a   e   3^93 + 4^93 = b.

Dessa forma, R = 2^44 * (b/a) - 2^49 * a * k

Ou, R = 2^44 * [ (b/a) - 32ak ] --  R = 2^44 * [ (b - 32k * a^2) / a]

Ora, a é um natural ímpar. Portanto, a nao divide 2^44.

Portnato, para que R seja natural,
o natural a necessariamente divide (b - 32k * a^2).

Como b é ímpar e (32k * a^2) é par, (b - 32k * a^2) é ímpar.

Numa divisao exata, se dividendo e divisor sao ambos ímpares, entao o 
quociente também será ímpar.

Assim sendo, deve haver um natural ímpar p, tal que R = 2^44 * p

Substituindo R por 2^44 * p em (2), temos:

2^44 * (b/a) = 2^49 * ak + 2^44 * p

Daí,  2^44 * [ (b/a) - p ] = 2^49 * ak

Ou, [ 2^44 * (b - ap) ] / a = 2^49 * ak

Como 2^29 * ak é um inteiro postivo, a deve dividir [ 2^44 * (b - ap) ].

2^44 nao é divisível por a, uma vez que a é um natural ímpar.

Daí, conclui-se que a deve dividir (b - ap).

Para isso, é necessario e suficiente que a divida b. (CONCLUSAO 1)

Mas, de (1), a#93/a#49 = 2^44 * [ (3^93 + 4^93) / (3^49 + 4^49) ] =
= 2^44 * (b/a)

Como b é divisível por a (conclusao 1), entao [ 2^44 * (b/a)] é um inteiro 
positivo, o que nos mostra que a#93 é divisível por a#49.

Assim sendo, o resto de a#93 / a#49 é ZERO.

Resposta: ZERO.

Espero ter ajudado, apesar da demora.

Saudaçoes Tricolores, Alexandre Terezan.

- Original Message -
From: "Eduardo Quintas da Silva" [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Sexta-feira, 4 de Agosto de 2000 22:21
Subject: Problema


Seja a*n = 6^n + 8^n. Calcule o resto de a*93 / a*49.

Entende-se por a*n : a índice n.




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Re: Bijeção entre NxN e N

2000-08-12 Por tôpico Ecass Dodebel




From: "Nicolau C. Saldanha" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: Bijeção entre NxN e N
Date: Thu, 10 Aug 2000 13:13:22 -0300 (BRT)



On Thu, 10 Aug 2000, Ecass Dodebel wrote:

Problema clássico:

Existe algum polinômio em duas variáveis que defina uma bijeção
entre NxN e N?

Aqui N = {0,1,2,3,...} é o conjunto dos naturais
e NxN é o produto cartesiano de N com N, i.e.,
é o conjunto dos pares ordenados de naturais.
   
Para encontrar uma bijeção entre N^2 e N, devemos ordenar os 
elementos
  de
N^2, um modo de ordená-los é o seguinte:
- (x,y) vem antes de (z,w) se x#y  z#w
- (x,y) vem antes de (z,w) quando x#y = z#w se xz
   
Exemplificando, em ordem (do primeiro elemento) temos:
(0,0) ;
(0,1) ; (1,0) ;
(0,2) ; (1,1) ; (2,0) ;
(0,3) ; (1,2) ; (2,1) ; (3,0) ;
...
De modo que (x,y) é o elemento que vem depois dos elementos (z,w) 
onde
  z#w 
x#y que são 1 # 2 # 3 # ... # (x#y) e depois de x elementos (z,w) 
com
  soma
z#w=x#y e xz, donde:
(x,y) |- 1 # 2 # 3 # ... # (x#y) # x = (x#y)(x#y#1)/2 # x
é uma bijeção da forma pedida, em outras palavras, para o polinômio 
em
  duas
variáveis P definido por
P(x,y) = (x#y)(x#y#1)/2 # x
Não existem dois pares diferentes (x,y); (z,w) de forma que
P(x,y) = P(z,w)
E mais, para todo o k dos naturais, existe um par (x,y), tal que
P(x,y) = k
  
  
  Boa solução. Pergunta: existem outros polinômios com a mesma 
propriedade
  além deste e da troca trivial de x por y?
 
  Eu ACHO que não. Até por que não existe um polinômio que defina bijeção
  entre N e N, daí esse raciocínio talvez se estenda, mas não sei provar.

Bem, esta é difícil, fica para todos pensarem mais.

   
Lanço uma outra questão.
   
   
Existe algum polinômio em duas variáveis que defina uma bijeção
entre RxR e R? (onde R é o conjunto dos Reais)
   
  Esta é muito mais fácil. E entre QxQ e Q?
 
  Eu consigo mostrar que existe bijeção entre R e RxN, de forma que 
deveria
  haver bijeção entre RxR e RxN, e para isso, eu ACHO que deveria haver 
alguma
  bijeção entre R e N, o que sei que não existe, mas não sei demonstrar 
que
  não existe bijeção entre RxR e R. Quanto ao segundo, eu sei fazer uma
  bijeção entre QxQ e Q, mas sem encontrar um polinômio que defina alguma
  bijeção.

Os conjuntos N, Z, Q, NxN, N^k, Q^k, ... são todos infinitos enumeráveis.
Os conjuntos R, RxN, R^k, ... são todos infinitos não enumeráveis com
o mesmo cardinal.
Isto é, existe bijeção entre quaisquer dois conjuntos da primeira lista
ou entre quaisquer dois conjuntos da segunda lista, mas não existe bijeção
entre um conjunto da primeira e um conjunto da segunda lista.

Os problemas que discutíamos têm a dificuldade extra de exigir que a 
bijeção
tenha uma cara muito especial...

PS. podemos encontrar bijeções entre N^p e N^q para p e q inteiros
positivos, seguindo um raciocínio análogo, mas o polinômio, se é que
  sempre
existe, não deve ser tão simples quanto o caso p=2, q=1.
  
  Acho que uma pergunta primeiro seria para que valores de p e q *existe*
  um tal polinômio.
 
  Eu ACHO que *existe* um polinômio que seja bijeção entre N^p e N^q, 
somente
  nos casos (p,q)=(k,k) ou (k,1), com k natural, também não sei demostrar.

Esta afirmação é falsa.

  Sem certeza diria que
  (z,x,y)|- (x#y#z)(x#y#z#1)(x#y#z#2)/6 # z(z#1)/2 # z(x#y) # (x)
  é uma bijeção entre N^3 e N, definida por um polinômio.

Com este exemplo, f(0,0,1) = f(1,0,0) = 2.
Mas acho que você tem uma idéia boa; pense mais.

[]s, N.


Acho que agora eu achei uma bijeção entre N^3 e N
(x,y,z)|- (x#y#z)(x#y#z-1)(x#y#z#4)/6 # (2x#y#z) # (x#y#z#1)(x#y#z#2)/2 - 
(x#y#1)(x#y#2)/2
Não está na forma expandida, os primeiros termos são:
(0,0,0)
(0,0,1);(0,1,0)
(1,0,0)
(0,0,2);(0,1,1);(0,2,0)
(1,0,1);(1,1,0)
(2,0,0)
(0,0,3);(0,1,2);(0,2,1);(0,3,0)
(1,0,2);(1,1,1);(1,2,0)
(2,0,1);(2,1,0)
(3,0,0)
...
Estou tentando generalizar o polinômio.

Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.

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Re: curiosidade

2000-08-08 Por tôpico Ecass Dodebel




From: Olimpiada Brasileira de Matematica [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: curiosidade
Date: Tue, 08 Aug 2000 15:52:36 -0300

 From: "Fabio Jose Brandimarte Ariano" [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Subject: curiosidade
 Date: Tue, 8 Aug 2000 15:53:27 -0300
 X-MSMail-Priority: Normal
 X-Mailer: Microsoft Outlook Express 4.72.3110.5
 X-MIMEOLE: Produced By Microsoft MimeOLE V4.72.3110.3
 
Em primeiro lugar, meus parabéns pelo trabalho e pelo site
 www.obm.org.br.   Meu nome é José Ricardo Ariano. Sou Engenheiro Civil,
 formado  pela Escola de Engenharia de Lins, no ano de 1.974. Naquela 
época,
 não dispúnhamos de calculadoras científicas do  tipo HP ou similares.
 Utilizávamos calculadoras comuns com raiz quadrada e nos  foi passado uma
 dica de como efetuar calculos exponenciais, utilizando as  mesmas. É um
 cálculo empírico, que dá certo, porém nunca ficamos sabendo quais  as 
bases
 matemáticas para que os mesmos funcionassem. Vou passar um exemplo para
 vocês, e se alguém puder explicar como e porque, eu ficaria  agradecido.
 Exemplo: Calcular o valor de 8 elevado de 1/3 ( o que seria o  mesmo que
 raiz cubica de 8 e o resultado é 2)   passo 1: Digita-se 8 e extrai-se a
 raiz quadrada várias vezes  (por exemplo 15 vezes) e teremos o resultado
 1,6346.   passo 2: Subtrai-se o número 1 (temos o resultado
 0,6346)   passo 3: Multiplica-se este resultado pelo expoente (1/3) e
 teremos 0,21153   passo 4: soma-se o numero 1 (teremos 1,21153)
  resultado 1,40565 o que é uma aproximação excelente para  cálculos 
de
 engenharia   NB: a aproximação na quarta casa é determinada pela 
quantidade
  de zeros após a unidade no passo 1.   Curioso, não é? Funciona para
 qualquer base e para qualquer  expoente.   Espero ter sido útilJosé
 Ricardo H. Ariano  [EMAIL PROTECTED]


Considerando o cálculo de a^b pelo método acima, com um detalhe: no final 
devemos elevar o resultado da soma com 1 a 2^m, onde m é a quantidade de 
raizes quadradas que haviamos extraído no começo. Considero n, em vez de 
2^m, dá no mesmo.

Seja a constante 'e' a base dos logaritmos naturais. Vale:

e^x = 1 + x/1! + x^2/2! + x^3/3! + ...

Queremos mostrar que

[ b(a^(1/n) - 1) + 1 ]^n = a^b(i)

Chamarei, por comodidade, k = b(a^(1/n) - 1), o qual tende a 0 quando n se 
aproxima do infinito, (i) fica (com o n muito grande)

[ k + 1 ]^n = 1 + kn/1! + k^2n(n-1)/2! + k^3n(n-1)(n-2)/3! + ...
= 1 + kn/1! + (kn)^2/2!+ (kn)^3/3! + ...
= e^(kn)
= { e^[ n(a^(1/n) - 1) ] }^b (ii)

Basta mostrar que e^[ n(a^(1/n) - 1) ] = a. Para isso vemos que

n(a^(1/n) - 1) =
n(e^(lna/n) - 1) = n( 1 + lna/n + (lna/n)^2/2! + ... - 1)
 = lna + 1/n( lna^2/2! + lna^3/n3! + ...)
 = lna

O termo com o 1/n é desprezível, pois o n é muito grande. Com isso (ii) fica

{ e^[ n(a^(1/n) - 1) ] }^b = { e^lna }^b
   = { a }^b
   = a^b

O que demonstra a fórmula. Essa prova não é rigorosa, mas nos sugere 
fortemente que o cálculo resulta em a^b. Todos os cálculos deveriam ser 
feitos com o limite de n tendendo ao infinito.

Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.


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Re: Alguem pode ajudar?

2000-08-05 Por tôpico Ecass Dodebel




From: "nautilus" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Alguem pode ajudar?
Date: Tue, 1 Aug 2000 18:25:47 -0300

Não consigo fazer os dois exercícios abaixo sobre divisores positivos de um
inteiro, será que alguém poderia me ajudar?. Acredito que sejam até 
bastante
parecidas as suas soluções, pois os enunciados são similares.

1) Demonstrar que existem infinitos inteiros positivos n tais que a
quantidade de divisores positivos que tem 2^n - 1  é maior que n.

2) Seja d(n) o número de divisores positivos de um inteiro positivo n
(incluindo 1 e n).
Sejam  a  1  e  n  0  inteiros tais que  a^n + 1  é um primo.
Prove que  d(a^n - 1) = n.



Olá Nautilus,

demorou para alguém responder a sua mensagem, mas aí vai a solução que eu 
encontrei para a sua questão. Vou usar # para indicar soma, para que todos 
possam ler, e MDC(a,b) para indicar o maior divisor comum a "a" e "b". Vou 
por etapas (1,2,...) e depois trato dos seus problemas.

1) Se a1 e n,m0 inteiros, então MDC(a^n - 1,a^m - 1)=a^MDC(n,m) - 1
Demonstração.
Supondo m  n, temos
MDC(a^n - 1,a^m - 1) =
MDC(a^n - 1,a^(m-n)*(a^n - 1) # a^(m-n) - 1) =
MDC(a^n - 1,a^(m-n) - 1) =
De forma que se (m-n)  n reaplicamos o processo até (pela divisão 
euclidiana m = qn # r, com rn)
MDC(a^n - 1,a^(m-qn) - 1) =
MDC(a^n - 1,a^r - 1) =
Ressalto que MDC(m,n)=MDC(n,r). Fazendo o mesmo processo, para n  r, vendo 
que pela divisão euclidiana n = pr # r', veremos que
MDC(a^r' - 1,a^r - 1)
Ressalto novamente que MDC(n,r)=MDC(r,r'). Repetindo o processo, claramente 
estamos tratando do precesso de obtenção do MDC de Euclides, veremos que
MDC(a^n - 1,a^m - 1)=
MDC(a^MDC(m,n) - 1,a^0 - 1) = a^MDC(m,n) - 1

2) Se a1 e n,m0 inteiros, então MDC(a^(2^n) # 1,a^(2^m) # 1) = 1
Demonstração.
Vemos primeiramente que
MDC(a # 1,a - 1) = MDC((a - 1) + 2, (a - 1) = MDC(a - 1,2)
Ou seja, se a é par, MDC(a # 1,a - 1)=1; se a é ímpar MDC(a # 1,a - 1)=2.
Já que 2^(2^n) é par
MDC(2^(2^n) # 1, 2^(2^n) - 1)=1
E ainda
2^(2^n) - 1 = (2 - 1)(2 # 1)(2^2 # 1)...(2^(2^(n-1)) # 1)
Donde tiramos que 2^(2^n) # 1 não tem nenhum fator comum com os números da 
forma 2^(2^m) # 1 com mn, o que conclui a demonstração.

3) Se a1 e n0 e a^n # 1 é primo, então n é uma potência de 2.
Escrevendo n=p*2^m, onde p é impar, temos
a^n # 1 = (a^(2^m))^p # 1 = (a^(2^m))^p - (-1)^p = X^p - Y^p
É fácil de ver que X - Y divide X^p - Y^p, de forma que a^n # 1 não é primo, 
e portanto p deve ser igual a 1, e n uma potência de 2.

Agora vamos aos problemas.
Problema 2.
Se a^n # 1 é primo, escrevemos n=2^m por (3), e
a^(2^m) - 1 = (a - 1)(a # 1)...(a^(2^(m-1)) # 1)
De forma que todos esses fatores (os m últimos) são primos entre si, por 
(2), e maiores que 1, logo cada um contribui com pelo menos 1 número primo 
para a^(2^m) - 1, o número de divisores é dado por (1#i1)...(1#ik) para as 
potências iq dos primos, donde d(a^(2^m) - 1)= (1#1)...(1#1) = 2^m.

Problema 1.
Tomamos n=2^m
2^(2^m) - 1 tem 2^m divisores ou mais, pelo problema 2.

Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.

PS. o (1) que eu inclui no meu e-mail é inútil para o problema, mas acabei 
conseguindo prová-lo pensando que era necessário para resolver a questão, já 
que é relacionado ao assunto e é bastante conhecido, eu inclui.


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Re: Bijeção entre NxN e N

2000-08-05 Por tôpico Ecass Dodebel




From: "Nicolau C. Saldanha" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Bijeção entre NxN e N
Date: Thu, 3 Aug 2000 14:01:41 -0300 (BRT)


Problema clássico:

Existe algum polinômio em duas variáveis que defina uma bijeção
entre NxN e N?

Aqui N = {0,1,2,3,...} é o conjunto dos naturais
e NxN é o produto cartesiano de N com N, i.e.,
é o conjunto dos pares ordenados de naturais.

[]s, N.


Olá pessoal!

Para encontrar uma bijeção entre N^2 e N, devemos ordenar os elementos de 
N^2, um modo de ordená-los é o seguinte:
- (x,y) vem antes de (z,w) se x#y  z#w
- (x,y) vem antes de (z,w) quando x#y = z#w se xz

Exemplificando, em ordem (do primeiro elemento) temos:
(0,0) ;
(0,1) ; (1,0) ;
(0,2) ; (1,1) ; (2,0) ;
(0,3) ; (1,2) ; (2,1) ; (3,0) ;
...
De modo que (x,y) é o elemento que vem depois dos elementos (z,w) onde z#w  
x#y que são 1 # 2 # 3 # ... # (x#y) e depois de x elementos (z,w) com soma 
z#w=x#y e xz, donde:
(x,y) |- 1 # 2 # 3 # ... # (x#y) # x = (x#y)(x#y#1)/2 # x
é uma bijeção da forma pedida, em outras palavras, para o polinômio em duas 
variáveis P definido por
P(x,y) = (x#y)(x#y#1)/2 # x
Não existem dois pares diferentes (x,y); (z,w) de forma que
P(x,y) = P(z,w)
E mais, para todo o k dos naturais, existe um par (x,y), tal que
P(x,y) = k

Lanço uma outra questão.


Existe algum polinômio em duas variáveis que defina uma bijeção
entre RxR e R? (onde R é o conjunto dos Reais)


Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.

PS. podemos encontrar bijeções entre N^p e N^q para p e q inteiros 
positivos, seguindo um raciocínio análogo, mas o polinômio, se é que sempre 
existe, não deve ser tão simples quanto o caso p=2, q=1.


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Re: Canal de IRC

2000-08-05 Por tôpico Ecass Dodebel




From: "Jorge Peixoto Morais" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Canal de IRC
Date: Sat, 05 Aug 2000 15:52:07 EST

EU criei um canal de IRC na Brasnet, de nome OBM. É bem interessante poder 
conversar em tempo real. Para quem não sabe, IRC é uma parte da Internet 
especializada em chat e qualquer um pode criar uma sala de chat com 
comandos como /chanserv register #canal senha descricao e /chanserv
identify #canal senha.Eu estarei lá boa parte do final de semana.

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Qual o endereço da Brasnet? E em qualquer porta?
Não existe nenhum canal #OBM em irc.brasnet.org



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Re: Variacao do Morgado

2000-08-01 Por tôpico Ecass Dodebel


Oi Gente,

O que vou falar nao eh uma critica, mas uma opniao, que possivelmente possa 
NAO ser compartilhada por outros.

Venho notando que em algumas mensagens aparecem referencias ao uso do Maple 
V, e me pergunto: numa lista de discussao eh adequado apresentar solucoes 
utilizando-se de software matematico, ou seja, as solucoes nao perdem um 
pouco (ou muito) de sua graca e beleza ao se introduzir um software para, 
por exemplo, verificar se existem ou nao solucoes para uma equacao?

Entendam o que quero dizer: acho que em algumas situacoes o uso destes 
softwares poupa muito tempo e trabalho (e ai seu uso e profundamente 
necessario), mas em outras situacoes ele limita a busca por solucoes 
melhores, e assim os nossos conhecimentos nao sao treinados e melhorados.

Volto a dizer que nao estou criticando ninguem e muito menos os softwares.

[]'s Alexandre Vellasquez


Olá, Vellasquez!

Eu não me sinto de modo algum ofendido com o seu comentário, e aprecio a 
sinceridade. Vejamos as três ocasiões onde eu sitei o Maple:
1) Aquele problema solto que eu enviei foi algo que eu supus que fosse 
verdade pelos cálculos que eu havia feito no Maple.
2) lim(1/1+...1/x -ln(x), x-inf) = gamma = 0.527.. só usei para calcular o 
valor da constante.
3) Mostrei que 2^z==36(mod 36^2-1) não tem solução z inteira.

Detalhes
1) Eu não usei para encontrar uma solução ou provar algum resultado, foi 
algo que eu percebi enquanto fazia alguns cálculos.
2) Achar esse limite aproximado no braço é trabalho muito chato, e acho que 
só vai me ajudar a aprender a dividir 1/n e usar uma tábua de logaritmos.
3) Para mostrar que só se tratava de trabalho manual basta ver que após 
descobrir a ordem de 36^2-1 na base 2, ou seja, o menor inteiro t tal que 
2^t-1 é múltiplo de 36^2-1, eu teria que testar os valores 2^0-36; 2^1-36; 
...; 2^(t-1)-36 e verificar se algum deles é divisível por 36^2-1, por isso 
eu usei o Maple.

Bem justificado, acho, o uso do Maple, eu peço desculpas pelo uso 
"excessivo" e referências demasiadas ao programa. Realmente acho que 
exagerei um pouco, mas ressalto que não houve prejuizo na lógica matemática, 
por causa do uso do programa.

Foi mal!

Eduardo Casagrande Stabel.


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Re: Pergunta solta

2000-07-30 Por tôpico Ecass Dodebel




From: Augusto Morgado [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: Pergunta solta
Date: Sun, 30 Jul 2000 12:00:34 -0300



Augusto Morgado wrote:
 
  Ecass Dodebel wrote:
  
   From: "Edmilson" [EMAIL PROTECTED]
   
   Olá pessoal tudo bem ?
   
   Caro Ecass,
   
   Eu também dei uma olhada no Maple nesta série e fiz assim,
   
   Seja  s(n) = 1/1^2 + ... + 1/n^2 , temos que lim(n-+inf) s(n) = 
Pi^2/6 ,
   como s(n) é monótona crescente, temos
   s(n)  Pi^2/6 , para todo n  natural.
   
   Devemos mostrar que  Pi - (6*s(n))^(1/2)  n^(-1) , para todo n 
natural.
   
   Temos que 2.Pi  n^(-1) , para todo n natural, assim, -2.Pi.n +1  0 
,
   completando o quadrado temos :
   
   (n^2)*(Pi^2) - 2.Pi.n +1  (n^2)*(Pi^2) , ou seja , (n.Pi -1)^2 
   (n^2)*(Pi^2), assim, como
   
   (n.Pi -1)^2  (n^2)*(Pi^2) = n².6.Pi²/6  (n^2)*6*s(n)=6*(n^2)*s(n), 
temos
   :
  
   Caro Edmilson,
   nesse ponto eu acho que há um pequeno erro, você está fazendo a 
passagem
   n².6.Pi²/6  (n^2)*6*s(n), ou seja
   Pi^2/6  s(n)
   mas lá em cima, você havia dito justamente o contrário, que a s(n) era
   inferior a Pi^2/6. Isso invalida a prova, nao?
  
   Eduardo Casagrande Stabel.
  
   
   (n.Pi -1)^2  6*(n^2)*s(n), ou seja,
   
   n.Pi - (6*(n^2)*s(n))^(1/2))  1 , dividindo ambos os lados por n,
   finalmente :
   
   Pi - (6*s(n))^(1/2))  n^(-1) , para todo n natural.
   
   Agora sobre o limite do quociente [Pi - (6*s(n))^(1/2))] / [n^(-1)] 
quando
   n
   tende para o infinito, eu fiz no Maple e este me deu a resposta 3 / 
Pi que
   está bem próximo de 1.
   
   Esta parte eu deixo para os nossos colegas mostrarem (porque eu ainda 
não
   consegui).
   
   Atenciosamente,
   Edmilson Aleixo.
   
   - Original Message -
   From: Ecass Dodebel [EMAIL PROTECTED]
   To: [EMAIL PROTECTED]
   Sent: Saturday, July 29, 2000 3:23 AM
   Subject: Pergunta solta
   
   
 Olá,

 Eu tenho uma pergunta meio solta, estava vendo no Maple V a funcao

 s(n) = 1/1^2 + ... + 1/n^2

 Sabe-se que lim(n-+inf) s(n) = Pi^2/6, eu estava tentando 
calcular pi
   por
 essa funcao, e cheguei a um resultado bem interessante:

 Pi - (6*s(n))^(1/2)  n^(-1)

 E também acho que o quociente

 [Pi - (6*s(n))^(1/2)] / [n^(-1)]

 tende para 1 quando n tende para o infinito.

 Não tenho idéia alguma de como provar esses resultados, alguém 
poderia
   dar
 uma idéia?

 Obrigado!

 Eduardo Casagrande Stabel.
 
  Carissimos:
  A soma dos valores de 1/(n^2) com n variando de k ate infinito sera
  chamada de Sk.
 
  Se voces desenharem a curva y=1/(x^2), pensem no problema de calcular a
  area Ak entre essa curva e o eixo dos x, a partir (a direita) de x=k.
  A area esta compreendida entre uma aproximaçao inferior e uma superior
  obtidas do jeito que vou descrever:
  Vamos calcular a area de k a infinito como soma das areas de k a k+1,
  mais a de k+1 a k+2 etc.
  Na aproximaçao inferior, trocamos a area de k a k+1 pela area de um
  retangulo obtido trocando nesse intervalo a curva por uma horizontal
  y=(1/(k+1))^2, trocamos a area de k+1 a k+2 por um retangulo obtido
  trocando nesse intervalo a curva por uma horizontal y=(1/(k+2))^2 etc.
  Na aproximaçao superior, trocamos a area de k a k+1 pela area de um
  retangulo obtido trocando nesse intervalo a curva por uma horizontal
  y=(1/k)^2, trocamos a area de k+1 a k+2 por um retangulo obtido trocando
  nesse intervalo a curva por uma horizontal y=(1/(k+1))^2 etc.
  Obtemos Sk - 1/(k^2)  Ak  Sk.
 
  Muito bem. Vamos calcular agora a soma dos valores de 1/n^2 com n
  variando de 1 a infinito. Quando aproximamos essa soma, que sabemos ser
  igual a pi ao quadrado sobre 6, pela soma com n variando de 1 ate k, o
  erro
  cometido eh a soma dos valores de  1/n^2  com n variando de k+1 a
  infinito,
  ou seja eh S(k+1).
  Pelo resultado do paragrafo anterior,  Ak  Sk  1/(k^2)+ Ak, ou o que
  eh o
  mesmo, A(k+1)  S(k+1)  1/((k+1)^2)+ A(k+1).
  Acontece que A(k+1) = 1/(k+1) (isso eh uma integral facil de calcular).
  Logo, S(k+1) esta compreendido entre 1/(k+1) e
  1/(k+1) + 1/(k+1)^2 = (k+2)/(k+1)^2.
 
  Portanto,  X=1+1/4+...+1/n^2 eh menor que pi ao quadrado sobre 6 com
  erro
  menor que (n+2)/(n+1)^2.
 
  X  (pi^2)/6  X +(n+2)/(n+1)^2.
 
  Dai se obtem (raiz de 6X) pi  raiz de [6X+ (6(n+2)/(n+1)^2)].
  Esta ultima expressao se prova com certa facilidade que e menor que a
  soma de
  raiz de 6X com 1/n, que eh o que voces estavam querendo provar.
  Para provar isso basta provar, ja que sao positivos, que o quadrado do
  primeiro,
  isto eh, 6X+ (6(n+2)/(n+1)^2), eh menor que o quadrado do segundo, isto
  eh,
  6X + 1/n^2 + 2(raiz de 6X)/n. Isso equivale a mostrar que
  (6(n+2)/(n+1)^2) -1/n^2  eh menor que 2(raiz de 6X)/n ou o que eh o
  mesmo que
 
  [6n^3+11n^2-2n-1]/[n.n.(n+1)(n+1)] eh menor que 2(raiz de 6X)/n ou o que
  eh o mesmo
  que   [6n^3+11n^2-2n-1]/[n.(n+1

Pergunta solta

2000-07-29 Por tôpico Ecass Dodebel

Olá,

Eu tenho uma pergunta meio solta, estava vendo no Maple V a funcao

s(n) = 1/1^2 + ... + 1/n^2

Sabe-se que lim(n-+inf) s(n) = Pi^2/6, eu estava tentando calcular pi por 
essa funcao, e cheguei a um resultado bem interessante:

Pi - (6*s(n))^(1/2)  n^(-1)

E também acho que o quociente

[Pi - (6*s(n))^(1/2)] / [n^(-1)]

tende para 1 quando n tende para o infinito.

Não tenho idéia alguma de como provar esses resultados, alguém poderia dar 
uma idéia?

Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.


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Re: Pergunta solta

2000-07-29 Por tôpico Ecass Dodebel

From: "Edmilson" [EMAIL PROTECTED]

Olá pessoal tudo bem ?

Caro Ecass,

Eu também dei uma olhada no Maple nesta série e fiz assim,

Seja  s(n) = 1/1^2 + ... + 1/n^2 , temos que lim(n-+inf) s(n) = Pi^2/6 ,
como s(n) é monótona crescente, temos
s(n)  Pi^2/6 , para todo n  natural.

Devemos mostrar que  Pi - (6*s(n))^(1/2)  n^(-1) , para todo n natural.

Temos que 2.Pi  n^(-1) , para todo n natural, assim, -2.Pi.n +1  0 ,
completando o quadrado temos :

(n^2)*(Pi^2) - 2.Pi.n +1  (n^2)*(Pi^2) , ou seja , (n.Pi -1)^2 
(n^2)*(Pi^2), assim, como

(n.Pi -1)^2  (n^2)*(Pi^2) = n².6.Pi²/6  (n^2)*6*s(n)=6*(n^2)*s(n), temos 
:


Caro Edmilson,
nesse ponto eu acho que há um pequeno erro, você está fazendo a passagem
n².6.Pi²/6  (n^2)*6*s(n), ou seja
Pi^2/6  s(n)
mas lá em cima, você havia dito justamente o contrário, que a s(n) era 
inferior a Pi^2/6. Isso invalida a prova, nao?

Eduardo Casagrande Stabel.



(n.Pi -1)^2  6*(n^2)*s(n), ou seja,

n.Pi - (6*(n^2)*s(n))^(1/2))  1 , dividindo ambos os lados por n,
finalmente :

Pi - (6*s(n))^(1/2))  n^(-1) , para todo n natural.

Agora sobre o limite do quociente [Pi - (6*s(n))^(1/2))] / [n^(-1)] quando 
n
tende para o infinito, eu fiz no Maple e este me deu a resposta 3 / Pi que
está bem próximo de 1.

Esta parte eu deixo para os nossos colegas mostrarem (porque eu ainda não
consegui).

Atenciosamente,
Edmilson Aleixo.

- Original Message -----
From: Ecass Dodebel [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Saturday, July 29, 2000 3:23 AM
Subject: Pergunta solta


  Olá,
 
  Eu tenho uma pergunta meio solta, estava vendo no Maple V a funcao
 
  s(n) = 1/1^2 + ... + 1/n^2
 
  Sabe-se que lim(n-+inf) s(n) = Pi^2/6, eu estava tentando calcular pi 
por
  essa funcao, e cheguei a um resultado bem interessante:
 
  Pi - (6*s(n))^(1/2)  n^(-1)
 
  E também acho que o quociente
 
  [Pi - (6*s(n))^(1/2)] / [n^(-1)]
 
  tende para 1 quando n tende para o infinito.
 
  Não tenho idéia alguma de como provar esses resultados, alguém poderia 
dar
  uma idéia?
 
  Obrigado!
 
  Eduardo Casagrande Stabel.
 
  
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Re: Qual o erro?

2000-07-25 Por tôpico Ecass Dodebel




From: Carlos Gomes [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: "[EMAIL PROTECTED]" [EMAIL PROTECTED]
Subject: Qual o erro?
Date: Tue, 25 Jul 2000 14:54:41 -0300

Alô caros amigos, tudo ok?. tenho uma questão boba que está me
intrigando por isso gostaria que alguém me ajudasse. A questão é a
seguinte: Se numa prova de 5 testes, cada um com 4 alternativas, uma
pessoa  sai "chutando" aleatóriamente qual a probabilidade dessa pessoa:

a) acertar os 5 testes
b)errar os 5 testes.

Ora, é claro que a probabilidade de acertar os 5 testes é 1/4 . 1/4 .
1/4 . 1/4 . 1/4 = 1/1024 e por outro lado a propabilidade da pessoa
errar os  5 testes é 3/4 .3/4 . 3/4 . 3/4 . 3/4 = 243/1024. Ok? Mas
minha dúvida é a seguinte: por que não posso calcular a probabilidade da
pessoa errar os 5 testes pelo complementar, isto é, 1-probabilidade de
acertar os 5 testes, o que nos daria como resposta 1023/1024? Alguém
pode me ajudar?(com certeza deve ser uma bobagem, mas não estou
enxergando!)
Um abraço a todos,
Carlos A. Gomes


Existem outros casos que você não está considerando. Por exemplo. acertar 3 
testes e errar 2.


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Re: Problema

2000-07-25 Por tôpico Ecass Dodebel




From: "Ecass Dodebel" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Problema
Date: Sat, 22 Jul 2000 21:19:00 GMT

Oi!

Problema.
Dados a,n naturais, não nulos. A sequencia x[k] é definida por x[0]=a, e 
x[k+1]=a^x[k]. Provar que existe N tal que todo o kN satisfaz 
x[k]=x[k+1](mod n).

Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.

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Minha solução é a seguinte:
Fato1.
x[k]=x[k+1](mod n), similar a
a^x[k-1]=a^x[k](mod n), se e somente se
x[k-1]=x[k](mod ord_a(n))
mas ord_a(n)=phy(n)n

Agora é só provar por indução completa.
- x[k]=x[k+1](mod n) para kN, para n=1
- se x[k]=x[k+1](mod n), para kN, valer pra n=1,...,q vale para q+1.
Prova. o enunciado vale para n=q+1 se e somente se vale para 
n=ord_a(q+1)q+1 (pelo fato1), o que é verdade pela hipótese de indução.
- daí vale para qualquer n...

PS. ord_a(n) é o menor natural t tal que a^t=1(mod n), ou seja, n divide 
a^t-1

PS2. eu li esse problema, pela primeira vez, no começo do ano passado (eu 
estava no segundo ano do segundo grau). Desde quando eu li, venho tentando 
resolvê-lo, e só agora consegui uma solução, que não tenho certeza se está 
correta. Por favor, comentem!

Muito Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.


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Problema

2000-07-22 Por tôpico Ecass Dodebel

Oi!

Problema.
Dados a,n naturais, não nulos. A sequencia x[k] é definida por x[0]=a, e 
x[k+1]=a^x[k]. Provar que existe N tal que todo o kN satisfaz 
a[k]=a[k+1](mod n).

Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.

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Combinatoria

2000-07-19 Por tôpico Ecass Dodebel

"De quantas maneiras distintas podemos dispor ao longo de um
circulo, suposto fixo, 6 bolas brancas, 8 bolas azuis, 16
bolas verdes, 24 bolas amarelas?"

O círculo fica fixo em nossa frente, mas as bolas ficam livres para serem 
rotacionadas como em uma catraca de bicicleta (acho que vocês entendem).

Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.

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Re: Questao da Moldavia

2000-07-17 Por tôpico Ecass Dodebel




From: "Alexandre Gomes" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Questao da Moldavia
Date: Sun, 16 Jul 2000 20:14:55 PDT

   Achei na internet uma questao bastante interessante. Alguem me ajudaria 
a
resolver?
   Encontre todas as funcoes f:R-R que verifiquem a relacao
   x*f(x)=[x]*f({x})+{x}*f([x]), para todo x pertencente a R, onde [x]
representa a parte inteira de x e {x} representa a parte fracionaria de x.
Obrigado!
Alexandre S. Gomes

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Eu achei uma resposta estranha.
Escolha x inteiro, diferente de zero.
x*f(x)=x*f(0)+0*f(x), logo f(x)=f(0)
Escolha x entre 0 e 1.
x*f(x)=0*f(x)+x*f(0), logo f(x)=f(0)
Agora para um x real qualquer, temos
x*f(x)=[x]*f({x})+{x}*f([x])=[x]*f(0)+{x}*f(0)=f(0)*([x]+{x}), ou seja
x*f(x)=f(0)*x, daí f(x)=f(0)
Para um k qualquer f(x)=k satisfaz o enunciado, e essas são todas as 
soluções.

Algo deve estar errado.

Eduardo Casagrande Stabel.

obs. claramente x=[x]+{x}


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Re: Dúvida cruel...

2000-07-13 Por tôpico Ecass Dodebel




From: "Rodrigo Villard Milet" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: "Obm" [EMAIL PROTECTED]
Subject: Dúvida cruel...
Date: Thu, 13 Jul 2000 15:24:00 -0300

Será que alguém podia me ajudar nesse problema ???
Verificar se existe primo p tal que p(n+1)! e   (2n)!/(n-1)! = (n+1)! mod 
p
*a igualdade deve ser lida como congruência...(é claro !)
 ¡ Villard !

Olá,

(2n)!/(n-1)! = (n+1)! (mod p)

já que mdc( (n+1)! , p )=1, pois p é primo maior que (n+1)!, podemos dividir 
ambos os lados da congruência por p

(2n)!/(n-1)!(n+1)!=1 (mod p)

Se o lado esquerdo não for 1, ele deve ser maior do que p, e, 
consequentemente, maior que (n+1)!. No entanto para n=2,3,4,5 se ve, 
manualmente, que o lado esquerdo da congruencia acima é menor que (n+1)!, e 
para n maior do que 5, use o seguinte:

Na expansão de (1+1)^(2n) aparecem dois termos (2n)!/(n-1)!(n+1)!, logo

(2n)!/(n-1)!(n+1)!  2^(2n)

E como 2^(2n)  (n+1)! para n5 (verifica-se para n=5, e depois se prova por 
indução em n, já de de um lado aparece o produto 4, e do outro (n+2)4). 
Unindo as duas desigualdes, temos:

(2n)!/(n-1)!(n+1)!  2^(2n)  (n+1)! para n5, o que conclui a demonstração.

Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.


Obs. percebi que o Ralph Costa Teixeira já respondeu algo semelhante, mas já 
que eu estou aqui, mando...



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Re: contratempo

2000-07-11 Por tôpico Ecass Dodebel

Ola Duda,
Tudo Legal ?

Alguem ja disse - e creio que com acerto - que "Um Leao se
conhece pela pata", vale dizer, que um verdadeiro talento
inevitavelmente se revela naquilo que ele  produz ... Em
verdade, quem tem que lhe agradecer somos nos, pela(s)
belissima(s) solucao(oes) com que voce nos tem brindado.
Parabens !

Paulo Santa Rita
2,1436,10072000

Caro amigo Paulo Santa Rita,
acho que o adjetivo 'belissima(s)' é um tanto exagerado, mas fico muito 
feliz em receber seu elogio. Nao sou bom com elogios, mas voce, que ja foi 
confundido inumeras vezes com um professor, contribui enormemente para a 
lista e dá muita personalidade a ela. Voce une o grupo.

Muito Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.

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Re: ajuda(correção)

2000-07-10 Por tôpico Ecass Dodebel


From: "Ecass Dodebel" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: ajuda
Date: Mon, 10 Jul 2000 17:24:42 GMT




From: "Filho" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: "discussão de problemas" [EMAIL PROTECTED]
Subject: ajuda
Date: Sun, 9 Jul 2000 22:21:40 -0300

Demonstrar que quaisquer que sejam os inteiros positivos x e y, o produto 
(36x+y).(36y+x) não pode ser uma potência de 2.


Valeu Stabel pela questão anterior.

É só fazer a diferença dos fatores, dá 35(x-y), a diferença de duas 
potências de 2 não pode ser múltipla de 35, que não é um primo de Mersenne.

Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.

___

Desculpem-me, eu disse besteira, pensei mal.
A minha outra sugestão é a seguinte.
Escolhemos a solução que tem o menor x, deve existir uma. Só que para
(36y # x) não ser ímpar, x deve ser múltiplo de 4, diremos x=4X. E para (36x 
# y) não ser ímpar, y deve ser múltiplo de 4, diremos y=4Y. Temos
(36x # y)(36y # x)=16(36X # Y)(36Y # X) potência de 2. Então o par (X,Y) 
também é solução do problema, mas X=4xx, absurdo, pois supomos x o menor 
possível. Logo não há solução.
Isso seria a descida de Fermat para (36x # y)(36y # x)=2^z ? Acho que sim.

Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.

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Re: apreciação

2000-07-08 Por tôpico Ecass Dodebel



Eu mesmo tenho dificuldade de ler os sinais das minhas mensagens. Vou 
substituir o sinal de mais por #, assim talvez todos consigam ler:

Seja (a,b)=g, e a=gA, e b=gB
(a^2 # b^2)/ab = (A^2 # B^2)/AB

Agora basta ver o que ocorre para (A,B)=1. Mas veja que
- se (A,B)=1 então (A # B,B)=(A # B,A)=1
- se (A # B,B)=(A # B,A)=1 então (A # B,AB)=1
- se (A # B,AB)=1 então ((A # B)^2,AB)=1
Logo (A # B)^2/AB = (A^2 # B^2)/AB + 2 é inteiro somente se AB=1, portanto 
A=1 e B=1, logo a=b=g.

Tudo perfeitamente certo?

Meus comentários: na solução do amigo Marcos Eike Tinen dos Santos, me 
PARECE que ele admite algo como: para (a # b)/c ser inteiro a/c e b/c 
precisam ser inteiros, o que não é verdade. (1 # 3)/2 é inteiro.
Na solução do amigo Filho, que me PARECE perfeita, há o uso da fórmula das 
raízes da equação de segundo grau, o que, apesar de não ser tão artificial, 
já não é tão "simples" quanto à solução que eu dou acima.

Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.


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Re: dígitos

2000-07-08 Por tôpico Ecass Dodebel




From: "Marcelo Souza" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: dígitos
Date: Sat, 08 Jul 2000 21:01:37 GMT

Olá
  Gostaria de saber como faço para calcular por exemplo, o número de 
dígitos de 4^4^4?
Obrigado
abraços
marcelo

Olá,
considere # como o sinal de soma ( e [x] a parte inteira de x ).
Em geral "n" tem [log_10(n)]#1 dígitos, só para "n" positivos, é claro. 
[log_10(4^4^4)]#1=[512*log_10(2)]#1=155.
Mas acho que podemos estimar no seu caso, com desiguldades simples, por 
exemplo:
4^(4^4)=2^512=(2^10)^(51.2)(10^3)^(51.2)=10^(153.6), pela fórmula esse lado 
tem 154 dígitos, portanto 4^(4^4) deve ter 154 ou mais dígitos. E também:
4^(4^4)(2^3)^(170)(10^1)^170, que tem 171 dígitos. (essa última estimativa 
é mais grosseira)

Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.

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Re: contratempo

2000-07-08 Por tôpico Ecass Dodebel




From: "Filho" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: "discussão de problemas" [EMAIL PROTECTED]
Subject: contratempo
Date: Sat, 8 Jul 2000 22:38:46 -0300

Contratempos.Desculpem!!! ok

Agora, vamos ao trabalho. Preciso de ajuda.

Demonstrar que a equação x^2 + y^2 - z^2 = 1997 tem infinitas soluções 
inteiras.


Caro colega Filho,

Vou usar novamente # como sinal de soma
x^2 # y^2 - z^2 =
x^2 # (y # z)(y - z) =  "faça (y # z)=1 "
x^2 # 1 * (1 - 2z) =
x^2 - (2z - 1)
Agora fica fácil de ver que se "x" for par, existirá sempre um "z" de modo 
que a diferença acima seja 1997.
Tome x=2k
4k^2 - (2z - 1) = 1997, tiramos que
z = 2k^2 - 998, logo
(2k , 999-2k^2 , 2k^2-998) = (x,y,z) são infinitas soluções para k natural.

Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.


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Re: apreciação

2000-07-06 Por tôpico Ecass Dodebel

Olá,

Olha o que eu acho.
Seja (a,b)=g, e a=gA, e b=gB
(a^2 + b^2)/ab = (A^2 + B^2)/AB

Agora basta ver o que ocorre para (A,B)=1. Mas veja que
- se (A,B)=1 então (A+B,B)=(A+B,A)=1
- se (A+B,B)=(A+B,A)=1 então (A+B,AB)=1
- se (A+B,AB)=1 então ((A+B)^2,AB)=1
Logo (A+B)^2/AB é inteiro somente se AB=1, portanto A=1 e B=1, logo a=b=g.

Tudo certo?

Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.


From: "José Paulo Carneiro" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: apreciação
Date: Thu, 6 Jul 2000 21:13:14 -0300


-Mensagem original-
De: Filho [EMAIL PROTECTED]
Para: discussão de problemas [EMAIL PROTECTED]
Data: Quarta-feira, 5 de Julho de 2000 22:50
Assunto: apreciação


1.Sejam a e b inteiros positivos. Se a^2 + b^2 é divisível por ab, mostre 
que a=b.

 Comentários: Melhorando idéias
 a ^2 + b^2 = ( a + b ) ^2  - 2ab

 Veja:
 1. Como ab divide a ^2 + b^2 (hipótese), então, ab deverá dividir  ( a 
+ b ) ^2  .
 2. Se a for par e b for ímpar então ab é par e  ( a + b ) ^2  é ímpar 
( absurdo: par não divide ímpar)
 3. Se a for ímpar e b for par (análogo)
 4. Se a for ímpar e b for ímpar (absurdo: ímpar não divide par)
 Então, só resta a possibilidade (ambos são pares).

 Veja:
 Se a e b forem pares, então, a é da forma 2m e b é da forma 2n.
 Temos, agora:

 [2m.2n divide ( 2m + 2n ) ^2]  implica [4mn divide  4m^2 + 4n^2 + 8mn] 
implica

 [m/n + n/m + 2] é inteiro.

 A última sentença só ocorre quando m = n (evidente).

== Sem querer ser chato: m/n+n/m+2 eh inteiro se e so se 
m/n+n/m=(m^2+n^2)/(mn)
eh inteiro, ou seja, se e so se mn divide m^2+n^2.
Voce disse que eh evidente que isto so ocorre quando m=n.
Mas isto eh exatamente o problema inicial, com m e n no lugar de a e b. E 
agora?
JP

 Portanto, podemos concluir a = b .


  Valeu






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Nicolau

2000-06-23 Por tôpico Ecass Dodebel


Nicolau,
em que endereço da internet posso procurar aqueles seus dois livros: um 
sobre teoria dos números, e o outro, acho, sobre teoria dos jogos?

Obrigado!

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Re: Questão

2000-06-22 Por tôpico Ecass Dodebel




From: "Ecass Dodebel" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Questão
Date: Tue, 20 Jun 2000 18:40:35 GMT


Olá, novamente!

Queria propor este problema para a lista.

Seja F[n] o conjunto de todas as bijeções f de {1,...,n} em {1,...,n} 
satisfazendo:
i. f(k) = k+1 para k=1,2,...,n
ii. f(k)  k para k=2,...,n
Determine a probabilidade de que f(1)1 para um f arbitrário em F[n]


Valeu!

Eduardo Casagrande Stabel.

obs. = menor ou igual ;  diferente

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Já que ninguém respondeu à minha mensagem, respondo eu. Eu achei a resposta 
para essa questão em termos dos números de Fibonacci. Será que eu fiz de 
modo certo? E eles aceitam a resposta nesses termos?

Eu tentei achar o número de funções de F[n] e chamei I[n] o conjunto das 
funções em F[n] onde f(1)=1. Daí tentei calcular

1 - #I[n]/#F[n]

Para #F[n] encontrei o n-ésimo número de Fibonacci, e para #I[n] encontrei o 
(n-2)-ésimo número de Fibonacci ( considerei o -2 e o -1 ésimos números de 
Fibonacci como 1 e 0, isso segundo a recursão ).

Obrigado aos que leram!

obs. os números de Fibonacci são {1,1,2,3,5,8,13,21,...} onde cada termo é a 
soma dos dois imediatamente anteriores. Existe uma expressão para o n-ésimo 
número de Fibonnaci, é a seguinte:
Sejam x1 e x2 a maior e menor raízes x de x^2 = x + 1, então o n-ésimo 
número de Fibonacci é dado por:

([x1]^n - [x2]^n)/([x1] - [x2])



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Re: ajuda-fatoração

2000-06-22 Por tôpico Ecass Dodebel




From: "Filho" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: "discussão de problemas" [EMAIL PROTECTED]
Subject: ajuda-fatoração
Date: Thu, 22 Jun 2000 10:51:50 -0300

É possível fatorar a expressão? 2a^2b^2 + 2a^2c^2 + 2b^2c^2 - a^4 - b^4 - 
c^4



obs: n^2 (significa:n elevado a 2)

Segundo o "Maple V":
factor(-a^4+2*a^2*b^2+2*a^2*c^2-b^4+2*b^2*c^2-c^4);

   -(a + b - c) (b + a + c) (a - b + c) (a - b - c)



Um outro jeito de ver é:

-[(a+b)^2 - c^2][(a-b)^2 - c^2]

Perdõem-me se digo besteira, mas eu acho que não há muito mérito em saber 
fatorar "no braço" uma coisa dessas.

Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.


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Algoritmo para permutar

2000-06-20 Por tôpico Ecass Dodebel


Olá!

100 = 4020 = 4*4! + 0*3! + 2*2! + 0*1!

E também

4! = 1000
6! = 10
4!-1 = 321

De modo geral, eu defino:

a[n]a[n-1]...a[1] = a[n]*n! + a[n-1]*(n-1)! + ... + a[1]*1!, sendo 
0=a[i]=i

Cada número só pode ser representado de um modo. Para quem se interessa por 
algoritmos, eu inventei um para achar rapidamente todas as permutações de n 
elementos, vejam:

São dados n elementos, vou simplificar por {1,2,...,n}. Existem n! 
permutações desses elementos. A k-ésima permutação é feita da seguinte 
maneira:

Algoritmo. tomamos a[n-1]...a[1] = k. (achar os a[i] é fácil, similar a 
achar 1, 3 e 5 em 135)
Nós temos n espaços vazios onde vamos colocando os elementos que queremos 
permutar. Começamos da esquerda para direita, a primeira casa é o primeiro 
espaço em branco, e contamos a[k] espaços em branco para a direita, é onde 
colocamos o elemento k+1 (o 1 é posto no espaço que sobrar). Sendo que 
devemos colocar os elementos na ordem n,(n-1),...,1.

Exemplo. Para n=4, queremos descobrir a 15a. permutação k = 15 = 2*6+1*2+1*1 
= 211, daí usamos o algaritmo e vamos preenchendo os espaços em branco.
XX4X  ( 2 espaços em branco a partir do primeiro )
X34X  ( 1 espaço em branco a partir do primeiro )
X342  ( 1 espaço em branco a partir do primeiro )
1342, e essa é a 15a. permutação

Se variarmos k de 0 até 23, teremos todas as permutações possíveis, 
calculadas de um jeito bem rápido (com o auxílio de um computador).


Obrigado!

Eduardo Casagrande Stabel.


Obs. a ordem das permutações eu inventei

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Questão

2000-06-20 Por tôpico Ecass Dodebel


Olá, novamente!

Queria propor este problema para a lista.

Seja F[n] o conjunto de todas as bijeções f de {1,...,n} em {1,...,n} 
satisfazendo:
i. f(k) = k+1 para k=1,2,...,n
ii. f(k)  k para k=2,...,n
Determine a probabilidade de que f(1)1 para um f arbitrário em F[n]


Valeu!

Eduardo Casagrande Stabel.

obs. = menor ou igual ;  diferente

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Re: Um estranho limite

2000-05-18 Por tôpico Ecass Dodebel

Caro Carlos Gomes,

olha o que eu pensei sobre o que voce falou. Pegue uma sequencia infinita, 
x[0], x[1], x[2], ..., de modo que:

x[n + 1] = R ^ x[n]

Ainda nao vamos nos importar por quanto vale x[0] (no seu caso vale R). A 
suposicao que fazemos para calcular o limite de x[n] com n no infinito e':

lim(n-infinito) x[n] = x[n - 1] = R ^ x[n]

donde vem que

x[n] = R ^ x[n] (n-infinito)

Agora, se supormos que x[n]=2 ou x[n]=4, acharemos para R o valor 2^(1/2). 
Por que dois valores para o mesmo R? Simples, pois depende do x[0] que 
escolhermos. É fácil de verificar que se 0  x[0]  4 então x[n]-2. Agora 
se x[0] = 4, vemos que x[0]=x[1]=x[2]=... e assim por diante, então x[n]-4. 
Já para x[0]4, o limite do x[n] tende para o infinito.
Obs. equivalente a dizer que R^R^...^R=2 e R^R^...^R^4=4 , onde os pontinhos 
representam infinitos "^R".

Eu cheguei a um resultado que nao sei provar bem, e'algo assim:

x[0] = R
x[n+1] = R ^ x[n]

Existe o lim(n-infinito) x[n] (quero dizer que ele e' finito) somente se R 
= e^(1/e)  (onde esse "e" e' a base dos logaritmos naturais).

Eu tirei isso da curva x = R^x, que tera solucao so se o R=e(1/e). E onde 
se R=e^(1/e) há somente uma solução x, mas se Re^(1/e) há mais de uma, e só 
uma é verdadeira para o x[0]=R. O fato é que sendo o R=e^(1/e), 
lim(n-infinito) x[n] = e, e esse e' o maior limite de x[n] que 
encontraremos; se pegarmos um R maior, o limite tende ao infinito, por isso 
y^y^y^... = 4 nào tem solução y real.

Obrigado!
Eduardo Casagrande Stabel.


From: Carlos Gomes [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: "[EMAIL PROTECTED]" [EMAIL PROTECTED]
Subject: Um estranho limite
Date: Thu, 18 May 2000 00:03:52 -0300

   Olá, carps amigos, como vai tudo bem?. Estou enviando-lhes este
e-mail para que ajude-me numa
questão que está engasgada a muito tempo aqui na minha garganta. Eis a
questão:

  Resolva as equações:

 x^x^x^x^ =2  e y^y^y^y^=4 .

Esta questão (principalmente a primeira equação) é bastante conhecida e
usamos o fato que  x^x^x^x^ =2 para obter
x^2=2 e portanto x=sqtr(2) , por outro lado se usarmos o mesmo artifício
na segunda equação temos que y^4=4 e portanto
y=sqrt(2) o que gera um paradoxo sqtr(2) ^sqtr(2) ^sqtr(2) ^sqtr(2)
^=2=4 ??. É um
fato bastente conhecido que ^sqtr(2) ^sqtr(2) ^sqtr(2) ^=2 e não 4 ,
pois tem a história da convergência da série. Eu já li
um artigo na RPM 26 ou 27 ,se não me engano, escrito pelo prof. Vicenzzo
Bongiovanni sobre isto e também já li no livro do
Paul Halmos - Problems for Young and old mathematicians da MAA um artigo
sobre isto, mas o grande problema é que
em ambos artigos o intervalo de convergência da série não é demonstrado
é apenas citado, Se eu não estou enganado ele
afirma que a série só converge quando 0xe^(1/e). Como faço para
mostrar isto? Vocês poderiam citar alguma referência em que posso
encontrar a discurssão deste problema?. Muito grato pela vossa atenção,
um abraço,
Carlos A. Gomes -
Natal/RN



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Re: Um estranho limite

2000-05-18 Por tôpico Ecass Dodebel

Caro Carlos Gomes,

olha o que eu pensei sobre o que voce falou. Pegue uma sequencia infinita, 
x[0], x[1], x[2], ..., de modo que:

x[n + 1] = R ^ x[n]

Ainda nao vamos nos importar por quanto vale x[0] (no seu caso vale R). A 
suposicao que fazemos para calcular o limite de x[n] com n no infinito e':

lim(n-infinito) x[n] = x[n - 1] = R ^ x[n]

donde vem que

x[n] = R ^ x[n] (n-infinito)

Agora, se supormos que x[n]=2 ou x[n]=4, acharemos para R o valor 2^(1/2). 
Por que dois valores para o mesmo R? Simples, pois depende do x[0] que 
escolhermos. É fácil de verificar que se 0  x[0]  4 então x[n]-2. Agora 
se x[0] = 4, vemos que x[0]=x[1]=x[2]=... e assim por diante, então x[n]-4. 
Já para x[0]4, o limite do x[n] tende para o infinito.
Obs. equivalente a dizer que R^R^...^R=2 e R^R^...^R^4=4 , onde os pontinhos 
representam infinitos "^R".

Eu cheguei a um resultado que nao sei provar bem, e'algo assim:

x[0] = R
x[n+1] = R ^ x[n]

Existe o lim(n-infinito) x[n] (quero dizer que ele e' finito) somente se R 
= e^(1/e)  (onde esse "e" e' a base dos logaritmos naturais).

Eu tirei isso da curva x = R^x, que tera solucao so se o R=e(1/e). E onde 
se R=e^(1/e) há somente uma solução x, mas se Re^(1/e) há mais de uma, e só 
uma é verdadeira para o x[0]=R. O fato é que sendo o R=e^(1/e), 
lim(n-infinito) x[n] = e, e esse e' o maior limite de x[n] que 
encontraremos; se pegarmos um R maior, o limite tende ao infinito, por isso 
y^y^y^... = 4 nào tem solução y real.

Obrigado!
Eduardo Casagrande Stabel.


From: Carlos Gomes [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: "[EMAIL PROTECTED]" [EMAIL PROTECTED]
Subject: Um estranho limite
Date: Thu, 18 May 2000 00:03:52 -0300

   Olá, carps amigos, como vai tudo bem?. Estou enviando-lhes este
e-mail para que ajude-me numa
questão que está engasgada a muito tempo aqui na minha garganta. Eis a
questão:

  Resolva as equações:

 x^x^x^x^ =2  e y^y^y^y^=4 .

Esta questão (principalmente a primeira equação) é bastante conhecida e
usamos o fato que  x^x^x^x^ =2 para obter
x^2=2 e portanto x=sqtr(2) , por outro lado se usarmos o mesmo artifício
na segunda equação temos que y^4=4 e portanto
y=sqrt(2) o que gera um paradoxo sqtr(2) ^sqtr(2) ^sqtr(2) ^sqtr(2)
^=2=4 ??. É um
fato bastente conhecido que ^sqtr(2) ^sqtr(2) ^sqtr(2) ^=2 e não 4 ,
pois tem a história da convergência da série. Eu já li
um artigo na RPM 26 ou 27 ,se não me engano, escrito pelo prof. Vicenzzo
Bongiovanni sobre isto e também já li no livro do
Paul Halmos - Problems for Young and old mathematicians da MAA um artigo
sobre isto, mas o grande problema é que
em ambos artigos o intervalo de convergência da série não é demonstrado
é apenas citado, Se eu não estou enganado ele
afirma que a série só converge quando 0xe^(1/e). Como faço para
mostrar isto? Vocês poderiam citar alguma referência em que posso
encontrar a discurssão deste problema?. Muito grato pela vossa atenção,
um abraço,
Carlos A. Gomes -
Natal/RN



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Re: Polinômios e primos

2000-05-13 Por tôpico Ecass Dodebel

From: Ralph Costa Teixeira [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Polinômios e primos
Date: Fri, 12 May 2000 15:52:37 -0300


   Essa pergunta é muito legal, Eduardo, e você tem razão -- tal polinômio
não existe.

Eu sei que voce falava para o Eduardo Grasser, e eu me chamo Eduardo 
Casagrande Stabel, mas vou responder.


   No entanto, sua demonstração resolve só 80% do problema; afinal, e se o
termo independente (digamos, a) for 1, -1 ou um primo p? Pode ser que o
valor de P(a) seja 1, -1 ou p e isto *pode* ser primo (apesar de
divísivel pelo termo independente).

   Mas se você continuar o raciocínio, dá para consertá-lo na boa (só
falta 20%). Vou deixar vocês tentarem.

Eu acho que achei uma solucao, mas nao tenho certeza se é a mesma que voce 
encontrou. Olha como é que eu fiz.

i) Se P(x) é um polinômio de coeficientes inteiros entào P(x+k)-P(x) é 
divisível por k. ( isso é bem fácil de provar )
ii) P(x) = q é primo então P(x+q), P(x+2q), P(x+3q),... são todos múltiplos 
de q, há duas possibilidades:
- os números da forma P(x+kq) geram infinitos numeros compostos
- todos os P(x+kq) geram infinitos q ou -q... mas isso implicaria que P(x) 
tem grau infinito, daí tem que valer a de cima.

Parece certo...

Falou!

Eduardo.


   Abraço,
   Ralph

Eduardo Grasser wrote:
 
  Pergunta: quem disse que 6k + 5 só nos fornece primos???
  k=5 = 6k + 5 = 35
  o que me leva a perguntar: existe polinômio que só nos forneça primos?
  Não! não existe... basta fazer a incógnita valer o valor do termo
  independente e o polinômio será divisível por este...
 
  Eduardo Grasser
  Campinas SP
  ICQ - 54208637


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Caminhos

2000-05-07 Por tôpico Ecass Dodebel

  *
   /  |  \
  *   *   *
/|\ /|\ /|\
* ** *** ** *

Imaginem que temos que sempre descer e seguindo as linhas... Fiz uma tabela 
com o número de caminhos que se pode fazer para chegar em cada *
   1
1  1  1
 1  2  3  2  1
  1  3  6  7  6  3 1
1 4 10 16 19 16 10 4 1
...
Dá para perceber que cada número é a soma dos três acima (se houver), e dá 
para entender facilmente o motivo...

Tem algum nome especial essa tabela de números? (é de um problema que estou 
trabalhando em cima)

Falou!

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