Re: Re: [obm-l] Dúvida sobre Álgebra

2015-05-04 Por tôpico Listeiro 037

Olá! Obrigado por retornar!

Estive pesquisando neste meio-tempo sobre avanços na teoria dos números
de Fermat. Cheguei a uma proposição sobre que seguiriam um padrão de
'escada' de potências de 2: 

F(0) = 2 + 1 = 3
F(1) = 2^{2} + 1 = 5 
F(2) = 2^{2^{2}} + 1 = 2^4 + 1 = 17
F(4) = 2^{2^{2^{2}}} + 1 = 2^16 + 1 = 65537
F(16) = 2^{2^{2^{2^{2 + 1 = 2^256 + 1 =  ...

Que infelizmente fura para F16 neste documento: 

http://www.ams.org/journals/mcom/2000-69-231/S0025-5718-00-01207-2/S0025-5718-00-01207-2.pdf

Agora sobre possivelmente serem os únicos primos eu não sabia. 
Tem alguém mais (ou site) que se dedique a este problema.

Em Mon, 13 Apr 2015 04:53:45 -0300
g...@impa.br escreveu:

> Saudações.
> A sua afirmação é equivalente a dizer que 3, 5, 17, 257 e 65537  
> são os únicos primos de Fermat (o que está em aberto, e muitos  
> matemáticos consideram provável). Se F_n=2^{2^n}+1, F_n-2=2^{2^n}-1
> é o produto dos F_k de k=0 até n-1 (por exemplo, 255=3*5*17), o que
> pode ser facilmente provado por indução (pois
> F_n.(F_n-2)=F_{n+1}-2). Sabemos que F_5=4294967297 não é primo - é  
> múltiplo, por exemplo, de 641 (e portanto não é possível construir
> com régua e compasso um polígono regular com F_5 lados). Como eu
> mencionei acima, não se conhece nenhum primo de Fermat F_n maior que
> F_4=65537, mas, se existir, F_n-2 seria múltiplo de F_5, e logo não
> seria possível dividir com régua e compasso uma circunferência em
> F_n-2 arcos congruentes (senão seria possível construir com régua e
> compasso um polígono regular com F_5 lados).
> Abraços,
>   Gugu
> 
> Quoting Listeiro 037 :
> 
> >
> >
> > Saudações.
> >
> > Tenho a dúvida sobre como se pode demonstrar (se for realmente
> > verdade) que se 'p' é primo e divide uma circunferência com
> > instrumentos euclidianos, então p-1 e p-2 também a divide. Ou seja,
> > se existirem infinitos pp então existem infinitas tríades de
> > consecutivos. Na verdade p tem que ser um número de Fermat. E p-2 é
> > um produto de números de Fermat, se estiver correto.
> >
> > Grato a quem puder me orientar.
> >
> > --
> > Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
> >  acredita-se estar livre de perigo.
> >
> >
> > =
> > Instru��es para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
> > http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
> > =
> >
> >
> 
> 
> 
> 
> This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program.
> 
> 
> 

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Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.


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Re: [obm-l] Dúvida sobre Álgebra

2015-04-13 Por tôpico gugu

   Saudações.
   A sua afirmação é equivalente a dizer que 3, 5, 17, 257 e 65537  
são os únicos primos de Fermat (o que está em aberto, e muitos  
matemáticos consideram provável). Se F_n=2^{2^n}+1, F_n-2=2^{2^n}-1 é  
o produto dos F_k de k=0 até n-1 (por exemplo, 255=3*5*17), o que pode  
ser facilmente provado por indução (pois
F_n.(F_n-2)=F_{n+1}-2). Sabemos que F_5=4294967297 não é primo - é  
múltiplo, por exemplo, de 641 (e portanto não é possível construir com  
régua e compasso um polígono regular com F_5 lados). Como eu mencionei  
acima, não se conhece nenhum primo de Fermat F_n maior que F_4=65537,  
mas, se existir, F_n-2 seria múltiplo de F_5, e logo não seria  
possível dividir com régua e compasso uma circunferência em F_n-2  
arcos congruentes (senão seria possível construir com régua e compasso  
um polígono regular com F_5 lados).

   Abraços,
 Gugu

Quoting Listeiro 037 :




Saudações.

Tenho a dúvida sobre como se pode demonstrar (se for realmente verdade)
que se 'p' é primo e divide uma circunferência com instrumentos
euclidianos, então p-1 e p-2 também a divide. Ou seja, se existirem
infinitos pp então existem infinitas tríades de consecutivos. Na
verdade p tem que ser um número de Fermat. E p-2 é um produto de
números de Fermat, se estiver correto.

Grato a quem puder me orientar.

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 acredita-se estar livre de perigo.


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[obm-l] Dúvida sobre Álgebra

2015-04-06 Por tôpico Listeiro 037


Saudações.

Tenho a dúvida sobre como se pode demonstrar (se for realmente verdade)
que se 'p' é primo e divide uma circunferência com instrumentos
euclidianos, então p-1 e p-2 também a divide. Ou seja, se existirem
infinitos pp então existem infinitas tríades de consecutivos. Na
verdade p tem que ser um número de Fermat. E p-2 é um produto de
números de Fermat, se estiver correto.

Grato a quem puder me orientar.

-- 
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.


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Re: [obm-l] Re: [obm-l] Dúvida sobre álgebra

2004-06-21 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Sat, Jun 19, 2004 at 07:25:47PM -0300, claudio.buffara wrote:
> Serah que nao podemos achar inteiros a e b tais que o homomorfismo:
> F: Z[t] -> Q(raiz(2)) dado por F(p(t)) = p((a+b*raiz(2))/3)
> tem como imagem Z[raiz(2),1/3]?
> 
> Se pudermos, entao Ker(F) = (9x^2 - 6ax + a^2 - 2b^2) serah o ideal procurado.

Basta tomar a = 0 e b = 1. Ou seja, Z[sqrt(2)/3] = Z[sqrt(2), 1/3].
De fato, basta mostrar que

sqrt(2)/3 pertence a Z[sqrt(2), 1/3] (fácil)
sqrt(2) pertence a Z[sqrt(2)/3] (fácil)
1/3 pertence a Z[sqrt(2)/3] (1/3 = 1 - 3*(sqrt(2)/3)^2).

[]s, N.


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[obm-l] Re: [obm-l] Dúvida sobre álgebra

2004-06-19 Por tôpico claudio.buffara

Oi, Joao:
 
Nao tenho certeza.
Serah que nao podemos achar inteiros a e b tais que o homomorfismo:
F: Z[t] -> Q(raiz(2)) dado por F(p(t)) = p((a+b*raiz(2))/3)
tem como imagem Z[raiz(2),1/3]?
 
Se pudermos, entao Ker(F) = (9x^2 - 6ax + a^2 - 2b^2) serah o ideal procurado.
 
***
 
Sobre o problema original: Z[t]/(x^2 - 2,3x - 1) eh isomorfo a Z/(17).
Nao eh muito obvio a primeira vista...
 
[]s,
Claudio.
 




De:
[EMAIL PROTECTED]




Para:
[EMAIL PROTECTED]




Cópia:





Data:
Sat, 19 Jun 2004 11:58:54 -0500




Assunto:
Re: [obm-l] Dúvida sobre álgebra




 
 
> Oi Claudio, obrigado pela ajuda,
> eu ainda tenho uma dúvida, será que dá pra mostrar que não existe ideal I tal que Z[t]/I seja isomorfo a Z[sqrt(2),1/3]? pois já que você só tem uma indeterminada em Z[t], então não teria como fazer um homomorfismo sobrejetivo em Z[sqrt(2),1/3].
> Bem, obrigado por tudo,
> []'s
> João
> 
> 
> 
> > Outra solucao:
> > 
> > Seja I = (t^2 - 2,3t - 1) = (t - 6,17)
> > Claramente 1 nao pertence a I ==> I <> Z[t].
> > 
> > Seja p(t) pertencente a Z[t].
> > 
> > O resto da divisao de p(t) por t - 6 eh um polinomio constante r.
> > 
> > Se 17 divide r, entao p(t) pertence a I.
> > Se 17 nao divide r, entao, o ideal I + p(t)*Z[t] eh igual a Z[t].
> > Logo, I eh um ideal maximal de Z[t] ==> Z[t]/I eh um corpo
> > 
> > Por outro lado, Z[raiz(2),1/3] nao eh um corpo, pois nao contem 1/raiz(2).
> > 
> > Logo, os aneis nao sao isomorfos.
> > 
> > []s,
> > Claudio.
> > 
> > 
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> > Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
> > http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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> http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
> =
> 

Re: [obm-l] Dúvida sobre álgebra

2004-06-19 Por tôpico João Paulo
Oi Claudio, obrigado pela ajuda,
eu ainda tenho uma dúvida, será que dá pra mostrar que não existe ideal I tal que 
Z[t]/I seja isomorfo a Z[sqrt(2),1/3]? pois já que você só tem uma indeterminada em 
Z[t], então não teria como fazer um homomorfismo sobrejetivo em Z[sqrt(2),1/3].
Bem, obrigado por tudo,
[]'s
João


 
> Outra solucao:
> 
> Seja I = (t^2 - 2,3t - 1) = (t - 6,17)
> Claramente 1 nao pertence a I ==> I <> Z[t].
> 
> Seja p(t) pertencente a Z[t].
> 
> O resto da divisao de p(t) por t - 6 eh um polinomio constante r.
> 
> Se 17 divide r, entao p(t) pertence a I.
> Se 17 nao divide r, entao, o ideal I + p(t)*Z[t] eh igual a Z[t].
> Logo, I eh um ideal maximal de Z[t] ==> Z[t]/I eh um corpo
> 
> Por outro lado, Z[raiz(2),1/3] nao eh um corpo, pois nao contem 1/raiz(2).
> 
> Logo, os aneis nao sao isomorfos.
> 
> []s,
> Claudio.
> 
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Re: [obm-l] Dúvida sobre álgebra

2004-06-18 Por tôpico Claudio Buffara
on 18.06.04 20:36, João Paulo at [EMAIL PROTECTED] wrote:

> Prezados amigos da lista, eu gostaria de saber porque o seguinte fato
> (aparentemente óbvio), mas que eu não consegui argumentos, é verdade:
> Z[t]/(t^2 - 2,3t -1) não é isomorfo à Z[sqrt(2),1/3].
> desde já agradeço,
> []'s
> João.

Outra solucao:

Seja I = (t^2 - 2,3t - 1) = (t - 6,17)
Claramente 1 nao pertence a I ==> I <> Z[t].

Seja p(t) pertencente a Z[t].

O resto da divisao de p(t) por t - 6 eh um polinomio constante r.

Se 17 divide r, entao p(t) pertence a I.
Se 17 nao divide r, entao, o ideal I + p(t)*Z[t] eh igual a Z[t].
Logo, I eh um ideal maximal de Z[t] ==> Z[t]/I eh um corpo

Por outro lado, Z[raiz(2),1/3] nao eh um corpo, pois nao contem 1/raiz(2).

Logo, os aneis nao sao isomorfos.

[]s,
Claudio.


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Re: [obm-l] Dúvida sobre álgebra

2004-06-18 Por tôpico Claudio Buffara
on 18.06.04 20:36, João Paulo at [EMAIL PROTECTED] wrote:

> Prezados amigos da lista, eu gostaria de saber porque o seguinte fato
> (aparentemente óbvio), mas que eu não consegui argumentos, é verdade:
> Z[t]/(t^2 - 2,3t -1) não é isomorfo à Z[sqrt(2),1/3].
> desde já agradeço,
> []'s
> João.

17 = (3t + 1)*(3t - 1) - 9*(t^2 - 2) ==>
17 pertence ao ideal I = (t^2 - 2,3t - 1) de Z[t] ==>
I = 17 + I = (1 + I) + (1 + I) + ... + (1 + I) (17 parcelas) ==>
Z[t]/I tem caracteristica 17.

Por outro lado, Z[raiz(2),1/3] tem caracteristica zero.

Logo, os dois aneis nao podem ser isomorfos.

[]s,
Claudio.


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[obm-l] Dúvida sobre álgebra

2004-06-18 Por tôpico João Paulo
Prezados amigos da lista, eu gostaria de saber porque o seguinte fato (aparentemente 
óbvio), mas que eu não consegui argumentos, é verdade:
 Z[t]/(t^2 - 2,3t -1) não é isomorfo à Z[sqrt(2),1/3].
desde já agradeço,
[]'s
João.
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