Re: [PSL-Brasil] Os simuladores das autoescolas rodam softwares livres?
Olá Francisco , trabalhamos amplamente em projeto de simuladores do Brasil, e posso afirmar que existe seriedade no trabalho desempenhado pelas empresas que tive contato e suas afirmações ou dúvidas são mais por falta de informação sobre os simuladores, que muitas vezes não são divulgadas ou são simplesmente juldagas sem aprofundamento no assunto. vou tentar ajudar com uma parcela pequena de informação do que conheço! Em 14-02-2016 16:43, Francisco José Alves escreveu: Bom dia, colegas. Apesar de já ter quase o dobro da idade mínima para ir à autoescola, estava matutando numa questão aqui: O simulador de direção, agora obrigatório nas autoescolas, não passa dum videogame gigante, com um joguinho onde o objetivo não é correr loucamente, mas sim dirigir com calma. Não é simplesmente um jogo! é um simulador, existem diferenças e semelhanças não há porque desmerecer o que ele realmente é ! https://pt.wikipedia.org/wiki/Simulador Esse jogo é software livre? As especificações do hardware são abertas? Não! mas alguns ambientes usam tecnologias open source! mas não embarcado no hardware nos que conheço! comunicadores externos! Como foi a licitação? Uma empresa venceu e vendeu mais uma caixa preta da qual todas as autoescolas do País dependem? Ou foram estabelecidas normas e exigências técnicas que permitissem que qualquer empresa construísse um simulador, que poderia ser homologado pelo Inmetro? Não há licitação basta atender as necessidades e atender as exigências e terá livre mercado para concorrer! Aí ficamos com os velhos "Quem garante que não tem nenhuma "treta" no softare? Quem garante que a dinâmica veicular está corretamente simulada? Quem garante que está simulado determinado modelo de carro de forma a favorecer determinado estilo de direção, determinado fabricante ou ainda fazer as pessoas tomarem mais 'bomba' no exame?" O detran de sua região é responsável por isso na homologação! Alguém sabe como foi esse processo? Sei! posso afirmar que qualquer um pode montar um simulador e tem diversas empresas brasileiras e estrangeiras já fazendo isso a muitos anos, antes mesmo de qualquer obrigatoriedade. leia este para todas suas informações sobre Homologação aqui http://www.denatran.gov.br/homologacaosimulador.pdf Se existisse um movimento social pelo Software Livre, da mesma forma que há pelos animais, mulheres, negros, meio ambiente, GLBT, sem terra/teto, atingidos(as) por barragens, etc.; seria o caso da molecada de 18 anos fazer um "doce", se recusando a matricular-se em autoescolas? Ou pelo menos fazendo um pouco de barulho e adiando esse processo? Irmos à porta de algum órgão federal fazer manifestação ou entregar-lhes mais uma carta aberta? Eu acho que o Simulador ajudar diversas pessoas no processo de aprendizado de transito , mas o protesto é um direito de quem se sinta prejudicado! Acredito que o fonte do software do simulador, bem como suas especificações de hardware, podem ser solicitados com base na Lei se Acesso à Informação, alegando que o/a cidadã(o) não deve ser obrigado(a) a interagir com softwares "caixa preta" na sua vida civil e para conquistar determinados direitos (no caso, o de dirigir veículos automotores) na sua interação com o Estado. A lei de acesso a informação não foi criada para controle de fontes de software e além do más as empresas de simuladores não são publicas! http://www.acessoainformacao.gov.br/assuntos/conheca-seu-direito/principais-aspectos/principais-aspectos O que vocês acham? Faz sentido? quem sabe alguém desenvolve um modelo de negocio para um Simulador com hadware e software aberto! No mais é isso! espero ter ajudado! não posso comentar mais por estar sobre confidencialidade, mas a informação e publica basta busca-las antes de atirar ! um grande abraço! --- http://diasporabr.com.br/u/laranjatomate http://telegram.me/laranjatomate ___ psl-brasil mailing list psl-brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://wiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil SAIR DA LISTA ou trocar a senha: http://listas.softwarelivre.org/mailman/options/psl-brasil ___ psl-brasil mailing list psl-brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://wiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil SAIR DA LISTA ou trocar a senha: http://listas.softwarelivre.org/mailman/options/psl-brasil
[PSL-Brasil] Por um FLISOL consciente
*Para fins de discussão, neste texto os visitantes que irão a um FLISOL serão tratados como usuários. Ano passado eu publiquei uma carta de apoio, um apelo, um artigo, chame como bem entender, chamado Por um FLISOL Livre, onde, além de mostrar meu apoio ao FLISOL #semUbuntu, estendi a questão e pedi aos organizadores do evento e voluntários que não instalassem distros que, ao que sabemos, embarcam Software NÃO Livre por omissão, privando o usuário do respeito que ele merece e pior ainda, vendendo a ele a ilusão de estar utilizando somente Software Livre enquanto na realidade não estava. Pois bem, ano novo e a campanha do #semUbuntu mais uma vez está lançada, e novamente eu venho mostrar publicamente meu apoio a ela, e mais uma vez venho estender ela às outras distribuições. Porém, desta vez, quero me dirigir a você, usuário que irá a um FLISOL, seja buscando informações sobre “esse tal de Linux”, seja você usuário que já vai para fazer uma clean install ou dual boot. É contigo que eu quero conversar. Eu estarei organizando/participando presencialmente de um FLISOL pela primeira vez em 2016, seria imprudente da minha parte tecer os comentários e recomendações que farei sem deixar isso BEM CLARO e EXPLICITO a todo leitor que por aqui passar. Tendo dito isto, preciso também dizer que possuo alguma experiência em instalar distribuições GNU/Linux em máquinas de usuários diversos, seja em Install Fests informais (como venho ajudando nas Campus Party que participei), seja em eventos de tecnologia que acontecem pela região (interior do Rj) e acabo me envolvendo. Já consegui ajudar muitos usuários em busca de uma primeira experiência com GNU/Linux e, já deixei de conseguir ajudar muitos outros, não posso ser hipócrita também e dizer que possuo um rating de 100% de aproveitamento em todas as instalações que fiz, nessas, quando cometi algum erro, sempre pude contar com a ajuda de pessoas com mais experiência do que eu e claro, com a paciência de vocês usuários. Uma vez que todo esse texto preparatório tenha sido lido, eu gostaria de começar meu apelo dizendo para você usuário que vai ao FLISOL em 2016, que, independente do seu nível técnico e/ou alinhamento com o Movimento Software Livre, que você não é uma parte passiva do evento. Ou ao menos, não deveria ser. O Festival Latino-Americano de Instalação de Software Livre é um evento que tem como principal objetivo, difundir os ideais do Movimento Software Livre, e, por consequência, permitir que usuários de todos os níveis técnicos e alinhamentos filosóficos possam ter seus primeiros contatos com software livre em geral (não se limitando a distribuições GNU/Linux). Porém, mesmo levando o nome de Festival Latino-Americano de Instalação de Software Livre, nem só de SL vive o FLISOL. E isso tem de ficar claro a você querido usuário. Muitas vezes, por motivos diversos, software não livre pode acabar sendo instalado dentro de um FLISOL, e você, como agente ATIVO dentro do evento, pode e deve questionar o por que disso acontecer, caso não seja explicado pelo voluntário ou palestrante em questão. Mas, que tipo de software não livre pode vir a ser instalado em um FLISOL? Bom, aqui a coisa começa a complicar, mas vou falar dos mais comuns, ok? Antes disso, vamos lembrar o que é um Software Livre. Para um Software ser considerado Livre, o mesmo tem de estar sob as 4 liberdades citadas abaixo: *Liberdade 0: A liberdade para executar o programa, para qualquer propósito; *Liberdade 1: A liberdade de estudar o software; *Liberdade 2: A liberdade de redistribuir cópias do programa de modo que você possa ajudar ao seu próximo; *Liberdade 3: A liberdade de modificar o programa e distribuir estas modificações, de modo que toda a comunidade se beneficie. Bem simples não? Se um Software se diz livre, e não te permite usufruir de alguma das 4 liberdades acima, ele não é livre. Então, o grupo de softwares não livres mais comuns de ser instalados em Install Fests são os necessários para funcionar certas placas Wi-Fi, Bluetooth, Placa de vídeo (GPU) e placas Ethernet – esse é de longe o grupo mais afetado por software não livre durante install fests, afinal quando um destes não funcionam, o voluntário que está realizando a instalação se sente em uma encruzilhada, ou ele instala software não livre na máquina do usuário (você) ou, o usuário (você) sai com o equipamento sem algo funcionando. Por ser o mais comum, é o que gera mais discussão, principalmente o de escolha da distro a ser instalada na máquina do usuário. Vamos conversar um pouco mais sobre isso? Vamos lá, pare e pense comigo, qual a Distribuição GNU/Linux mais famosa dos últimos 5 anos? Se você respondeu Gentoo, bom, eu não sei nem o que te dizer, mas, brincadeiras de lado, é comumente que a resposta fique entre Ubuntu e Linux Mint, certo? Logo em seguida vem a galera que conhece o Fedora, o Debian, o OpenSUSE, o Arch e normalmente a lista de distribuições fica nessa mesma para a maioria dos
[PSL-Brasil] Os simuladores das autoescolas rodam softwares livres?
Bom dia, colegas. Apesar de já ter quase o dobro da idade mínima para ir à autoescola, estava matutando numa questão aqui: O simulador de direção, agora obrigatório nas autoescolas, não passa dum videogame gigante, com um joguinho onde o objetivo não é correr loucamente, mas sim dirigir com calma. Esse jogo é software livre? As especificações do hardware são abertas? Como foi a licitação? Uma empresa venceu e vendeu mais uma caixa preta da qual todas as autoescolas do País dependem? Ou foram estabelecidas normas e exigências técnicas que permitissem que qualquer empresa construísse um simulador, que poderia ser homologado pelo Inmetro? Aí ficamos com os velhos "Quem garante que não tem nenhuma "treta" no softare? Quem garante que a dinâmica veicular está corretamente simulada? Quem garante que está simulado determinado modelo de carro de forma a favorecer determinado estilo de direção, determinado fabricante ou ainda fazer as pessoas tomarem mais 'bomba' no exame?" Alguém sabe como foi esse processo? Se existisse um movimento social pelo Software Livre, da mesma forma que há pelos animais, mulheres, negros, meio ambiente, GLBT, sem terra/teto, atingidos(as) por barragens, etc.; seria o caso da molecada de 18 anos fazer um "doce", se recusando a matricular-se em autoescolas? Ou pelo menos fazendo um pouco de barulho e adiando esse processo? Irmos à porta de algum órgão federal fazer manifestação ou entregar-lhes mais uma carta aberta? Acredito que o fonte do software do simulador, bem como suas especificações de hardware, podem ser solicitados com base na Lei se Acesso à Informação, alegando que o/a cidadã(o) não deve ser obrigado(a) a interagir com softwares "caixa preta" na sua vida civil e para conquistar determinados direitos (no caso, o de dirigir veículos automotores) na sua interação com o Estado. O que vocês acham? Faz sentido? --- http://diasporabr.com.br/u/laranjatomate http://telegram.me/laranjatomate ___ psl-brasil mailing list psl-brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://wiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil SAIR DA LISTA ou trocar a senha: http://listas.softwarelivre.org/mailman/options/psl-brasil
Re: [PSL-Brasil] Que lindo, a ficha está caindo: "FLISOL de Curitiba rejeita repeteco da campanha querendo dividir as comunidades no evento"
Em 13/02/2016 13:22,escreveu: > > Pessoas que acham aceitavam instalar software não livre em um evento de instalação de software livre são ignorantes em relação ao que é o movimento do software livre. Não compreendem a essência do movimento. é verdade, também estamos todos no movimento da vida neste planeta e a maioria também ignora a sua essência (a não ser que justo você não seja um ser vivente, mas um poltergeist que veio aqui só para nos trolar, afinal nunca se identificou ou assinou suas mensagens :o). desse movimento da vida, quem pode afirmar com certeza qual é essa essência? E o que leva você a achar que sabe com tanta certeza qual é a essência do movimento do software livre? porque já que é pra valorizar mesmo a filosofia, chega de fazer tábula rasa dela. Filosofemos também com a subjetividade das humanas, e não apenas com a objetividade das exatas. Se é mesmo a filosofia do software livre o que mais nos interessa, aquilo que nos coloca em movimento, então é bom refletirmos pelo menos um pouquinho sobre o que significa filosofar e quais são os prováveis polos existentes nessa energia potencial: http://www.flf.edu.br/revista-flf.edu/volume06/V6_05.pdf "Desde a antiguidade, existem filósofos dogmáticos, como Parménides (515–440 a.C), Platão (427–347 a.C) e Aristóteles (384–322 a.C). Para Immanuel Kant (1724–1804), o dogmatismo é 'toda atitude de conhecimento que consiste em acreditar na posse da certeza ou da verdade antes de fazer a crítica da faculdade de conhecer'”. O Ceticismo é a atitude filosófica oposta ao dogmatismo, defendida por Pirro de Elis (360–270 a.C), que duvida que seja possível um conhecimento firme e seguro. O termo significa “investigação” ou “procura”, de forma que, o saber não consiste em alcançar a verdade, mas somente procurá-la. O cético tanto “observa” e “considera” que conclui, nos casos mais radicais, na impossibilidade do conhecimento. David Hume (1711–1776) se diz cético, ao admitir que 'estamos subjugados pelos sentidos e pelos hábitos, o que reduz as certezas à probabilidades'. Augusto Comte (1798–1857) diz que a vida humana existe em estado dogmático ou cético, refletindo o antagonismo entre ambos, e acrescenta 'ceticismo nada mais é do que uma passagem de um dogmatismo anterior para um novo dogmatismo'." a partir dessa abordagem pode-se perceber o por quê das posições extremistas serem comparadas a religiões, uma vez que estas estão lotadas de dogmas. dia desses assisti a um filme sobre um dos maiores poetas que este planeta já abrigou, São João da Cruz. E me foi impossível não fazer um paralelo das situações por ele vividas com as situações que encontramos no movimento do SL. Em determinado momento de sua jornada, ele encontrou-se com Teresa de Ávila, que contou-lhe sobre seus projetos para reformar a Ordem Carmelita, que visavam purificá-la ao reintroduzir a observância da regra original, de 1209, que havia sido relaxada pelo papa Eugênio IV em 1432. "De acordo com ela, a maior parte do dia e da noite deveria ser dedicada à recitação da liturgia das horas, aos estudos e leituras devocionais, à celebração da missa e a períodos de contemplação solitária. Para os frades, haveria ainda um tempo dispendido na evangelização da população vizinha ao mosteiro. A abstinência completa de carne e longos períodos de jejum deveriam ser observados a partir da Festa da Exaltação da Cruz (14 de setembro) até a Páscoa. Haveria ainda longos períodos de silêncio, especialmente entre as completas e a prima. As roupas deveriam ser mais rústicas e mais simples do que as que passaram a ser utilizadas depois de 1432. Além disso, todos deveriam obedecer à injunção contra o uso de calçados (que também havia sido relaxada em 1432) e foi desta última observância que os seguidores de Teresa entre os carmelitas passaram a ser chamados de "descalços", distinguindo-os dos frades e freiras não reformados." https://pt.wikipedia.org/wiki/João_da_Cruz suas posições eram consideradas muito radicais pelos demais membros da igreja cristã. Em um dos diálogos roteirizados, a fala de João da Cruz lembrou-me demais de algumas falas em nosso movimento, como esta em relação à perda de uma essência. Suas críticas tinham muito fundamento, ao mesmo tempo que as de seu interlocutor também: ao radicalizar no cumprimento das regras carmelitas, estes se afastavam muito da realidade da comunidade e seus leigos, e passavam a perder a capacidade de ajuda-los como pontes, sempre tão necessárias no objetivo de se atingir a "religação" com Deus. Mas isso nunca chegou a ser um problema. Tendo contato direto com com o divino em contemplação, os carmelitas oram por todos, e nisso tem um papel importantíssimo e muito digno em sua seara de movimento dentro do cristianismo. Afinal as pontes podem ser feitas por outras ordens, não é verdade? por isso, a única diferença que vejo entre o modo deles exercerem seu radicalismo dentro de seu movimento cristão e no modo como os radicais do
Re: [PSL-Brasil] Que lindo, a ficha está caindo: "FLISOL de Curitiba rejeita repeteco da campanha querendo dividir as comunidades no evento"
Bom domingo, Fabs! Bom domingo a tod@s. - Mensagem original - De: fabianne balvediPara: Projeto Software Livre Brasil Enviadas: Sun, 14 Feb 2016 10:43:27 -0200 (BRST) Assunto: Re: [PSL-Brasil] Que lindo, a ficha está caindo: "FLISOL de Curitiba rejeita repeteco da campanha querendo dividir as comunidades no evento" Em 13/02/2016 13:22, escreveu: > > Pessoas que acham aceitavam instalar software não livre em um evento de instalação de software livre são ignorantes em relação ao que é o movimento do software livre. Não compreendem a essência do movimento. é verdade, também estamos todos no movimento da vida neste planeta e a maioria também ignora a sua essência (a não ser que justo você não seja um ser vivente, mas um poltergeist que veio aqui só para nos trolar, afinal nunca se identificou ou assinou suas mensagens :o). desse movimento da vida, quem pode afirmar com certeza qual é essa essência? E o que leva você a achar que sabe com tanta certeza qual é a essência do movimento do software livre? porque já que é pra valorizar mesmo a filosofia, chega de fazer tábula rasa dela. Filosofemos também com a subjetividade das humanas, e não apenas com a objetividade das exatas. Se é mesmo a filosofia do software livre o que mais nos interessa, aquilo que nos coloca em movimento, então é bom refletirmos pelo menos um pouquinho sobre o que significa filosofar e quais são os prováveis polos existentes nessa energia potencial: http://www.flf.edu.br/revista-flf.edu/volume06/V6_05.pdf "Desde a antiguidade, existem filósofos dogmáticos, como Parménides (515–440 a.C), Platão (427–347 a.C) e Aristóteles (384–322 a.C). Para Immanuel Kant (1724–1804), o dogmatismo é 'toda atitude de conhecimento que consiste em acreditar na posse da certeza ou da verdade antes de fazer a crítica da faculdade de conhecer'”. O Ceticismo é a atitude filosófica oposta ao dogmatismo, defendida por Pirro de Elis (360–270 a.C), que duvida que seja possível um conhecimento firme e seguro. O termo significa “investigação” ou “procura”, de forma que, o saber não consiste em alcançar a verdade, mas somente procurá-la. O cético tanto “observa” e “considera” que conclui, nos casos mais radicais, na impossibilidade do conhecimento. David Hume (1711–1776) se diz cético, ao admitir que 'estamos subjugados pelos sentidos e pelos hábitos, o que reduz as certezas à probabilidades'. Augusto Comte (1798–1857) diz que a vida humana existe em estado dogmático ou cético, refletindo o antagonismo entre ambos, e acrescenta 'ceticismo nada mais é do que uma passagem de um dogmatismo anterior para um novo dogmatismo'." a partir dessa abordagem pode-se perceber o por quê das posições extremistas serem comparadas a religiões, uma vez que estas estão lotadas de dogmas. dia desses assisti a um filme sobre um dos maiores poetas que este planeta já abrigou, São João da Cruz. E me foi impossível não fazer um paralelo das situações por ele vividas com as situações que encontramos no movimento do SL. Em determinado momento de sua jornada, ele encontrou-se com Teresa de Ávila, que contou-lhe sobre seus projetos para reformar a Ordem Carmelita, que visavam purificá-la ao reintroduzir a observância da regra original, de 1209, que havia sido relaxada pelo papa Eugênio IV em 1432. "De acordo com ela, a maior parte do dia e da noite deveria ser dedicada à recitação da liturgia das horas, aos estudos e leituras devocionais, à celebração da missa e a períodos de contemplação solitária. Para os frades, haveria ainda um tempo dispendido na evangelização da população vizinha ao mosteiro. A abstinência completa de carne e longos períodos de jejum deveriam ser observados a partir da Festa da Exaltação da Cruz (14 de setembro) até a Páscoa. Haveria ainda longos períodos de silêncio, especialmente entre as completas e a prima. As roupas deveriam ser mais rústicas e mais simples do que as que passaram a ser utilizadas depois de 1432. Além disso, todos deveriam obedecer à injunção contra o uso de calçados (que também havia sido relaxada em 1432) e foi desta última observância que os seguidores de Teresa entre os carmelitas passaram a ser chamados de "descalços", distinguindo-os dos frades e freiras não reformados." https://pt.wikipedia.org/wiki/João_da_Cruz suas posições eram consideradas muito radicais pelos demais membros da igreja cristã. Em um dos diálogos roteirizados, a fala de João da Cruz lembrou-me demais de algumas falas em nosso movimento, como esta em relação à perda de uma essência. Suas críticas tinham muito fundamento, ao mesmo tempo que as de seu interlocutor também: ao radicalizar no cumprimento das regras carmelitas, estes se afastavam muito da realidade da comunidade e seus leigos, e passavam a perder a capacidade de ajuda-los como pontes, sempre tão necessárias no objetivo de se atingir a "religação" com Deus. Mas isso nunca chegou a ser um problema. Tendo