Re: [Talk-br] Hierarquia das rodovias
Hehe Nelson, na verdade eles são iguais. Sempre que surge um novo eu coloco tanto no fórum quanto no wiki. A versão em alemão por enquanto tem uma modificação "estética" que eu não tive tempo de passar para as demais versões. Foi uma solicitação da comunidade alemã, que se sentiu confusa ao interpretar por onde o fluxo começava (são 6 entradas possíveis, 1 principal e mais 5 para quem está usando a classificação do BIT). Flávio, eu acho melhor manter a especificação da largura. Lembre que não são só carros que usam as vias, caminhões também, e há carros de tamanhos diversos. Essa medida saiu da menor classe considerada nos projetos de estradas do DNIT (tem um link pra esse documento nesse mesmo artigo no wiki); se uma via é ainda menos larga que isso, provavelmente não está seguindo um projeto adequado. Uma das coisas que eu apoiei até agora foi a definição de critérios claros e não subjetivos; nada é mais claro do que uma medida exata. O seu item 2 me parece uma leitura quase literal do fluxograma. Por favor, aponte as diferenças. O seu item 3 pertence à discussão sobre o que seria uma "living street" no Brasil. Até agora ninguém (nem mesmo a comunidade alemã) reclamou dessa definição de living street, mas vamos abrir o diálogo então. Eu acho útil usá-lo para ruas estreitas e apontei a razão no meio das discussões: existe a possibilidade de moradores deixarem carros estacionados no meio do caminho (entre outros objetos), dificultando a passagem. No item 4 você deve notar que a seta que sai da caixa "Só 1 faixa por sentido" e leva a trunk e motorway é a seta "Não", o que implica 2 ou mais faixas. Eu tenho a impressão que a sua lógica vai tornar o fluxograma mais complexo e sem benefícios aos usuários do mapa (eles saberão que trunk é usado em n casos diferentes mas não saberão qual dos casos é). No final do seu texto eu fiquei confuso se você acha que trunks e motorways devem todas possuir pelo menos 2 faixas ou não. No item 5 eu concordo com um critério mais específico sobre "o que é acostamento", talvez possamos estabelecer uma largura mínima, o que você acha? Seria legal descobrir se o DNIT tem essa especificação em algum lugar. No item 6 todas as caixas que possuem vários itens (isso inclui a primeira caixa e também a caixa que distingue motorway de trunk) significam que todos os critérios têm que ser satisfeitos para seguir pelo lado "Sim" do fluxo. Se um deles não for satisfeito, é "Não". Realmente é melhor escrever isso no wiki, pra deixar claro, ou até mesmo mudar o texto no gráfico. Me parece que mudar para "velocidade permitida" seria um problema porque que nessas vias geralmente não há sinalização de velocidade (pelo menos em Porto Alegre quase não há). Eu discordo de eliminar esse item porque senão você poderia acabar tendo uma via residencial de 2km de comprimento, fácil de trafegar, ampla, sem obstáculos, e ela seria considerada "inferior" a outras terciárias que são muito mais difíceis de trafegar (e muito provavelmente menos importantes). Existe um problema em definir "quando" essa discussão está madura. Há semanas ninguém mencionava qualquer coisa sobre ela. Há pouco alguém disse que concordava com o meu ponto de vista original (que a classificação deveria seguir a hierarquia administrativa), que é como as outras comunidades têm feito pelo mundo. Ou seja, acho que sempre haverão posições divergentes. Eu tenho me esforçado para extrair o consenso, mas não é possível fazer isso se as pessoas não participarem. Eu criei uma enquete no fórum sobre diferenças entre motorway e trunk e absolutamente ninguém respondeu até agora. Então, Flávio, como já passou um certo tempo e já trocamos mais de 150 mensagens a respeito e no final ninguém mais discordou, eu vou tentar encaixar as suas observações no fluxograma SE elas não o tornarem mais complexo do que já está (para facilitar para os iniciantes) E se parecerem úteis a mais pessoas E não houverem posições contrárias. Uma coisa que você pode fazer é baixar o fonte do fluxograma (o link está lá no fórum: http://forum.openstreetmap.org/viewtopic.php?id=21275), alterá-lo e compartilhar conosco para que possamos dar as nossas opiniões também. Se você não mexer com o yEd você pode até fazer um rascunho por cima (com algo como o Paint) que se houver apoio eu mudo no fluxograma depois. 2013/6/19 Nelson A. de Oliveira : > Flavio, > > 2013/6/19 Flavio Bello Fialho : >> Antes de mais nada, devo dizer que o fluxograma está muito bom, de forma >> geral. Há, contudo, alguns aspectos que ainda podem ser aperfeiçoados: > > A última versão seria esta: http://i.imgur.com/ih2G92Y.png > Ela já contempla vários aspectos que você citou e acredito que esteja > muito boa para classificar a grande maioria das vias. > > ___ > Talk-br mailing list > Talk-br@openstreetmap.org > http://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br -- Fernando Trebien +55 (51) 9962-5409 "The speed of computer chips doubles every 18 months."
Re: [Talk-br] Hierarquia das rodovias
Flavio, 2013/6/19 Flavio Bello Fialho : > Antes de mais nada, devo dizer que o fluxograma está muito bom, de forma > geral. Há, contudo, alguns aspectos que ainda podem ser aperfeiçoados: A última versão seria esta: http://i.imgur.com/ih2G92Y.png Ela já contempla vários aspectos que você citou e acredito que esteja muito boa para classificar a grande maioria das vias. ___ Talk-br mailing list Talk-br@openstreetmap.org http://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br
Re: [Talk-br] Hierarquia das rodovias
Estou entrando agora nessa discussão, que acho muito importante. Creio que o sistema de classificação de rodovias no Brasil deve refletir a diferença entre as rodovias, e não a entidade administrativa responsável pela sua manutenção. A malha rodoviária federal projetada não reflete a qualidade, tipo e importância das rodovias que se verifica na prática. Existem rodovias federais de boa qualidade, mas também existem rodovias estaduais tão boas quanto ou melhores que as federais. Existem ainda rodovias federais cuja administração é delegada aos estados e coincidem com rodovias estaduais (no Rio Grande do Sul, as RSC, antigas RST). Existem ainda rodovias federais de chão, em estado precário e rodovias federais planejadas. O órgão administrador das rodovias é apenas um dos aspectos a considerar na classificação das vias, e é o mais fácil de ser extraído da base de dados a partir de outros atributos. Usando a base de dados do OSM, é relativamente fácil gerar um mapa em que as rodovias federais tenham destaque sobre as estaduais e estas sobre as municipais, quase sem a necessidade de avaliar o tag "highway". Basta para isso que as relações que descrevem as rodovias tenham definido o tag "network" adequado (use network=BR para as rodovias federais e network=BR:xx para as estaduais, onde xx é a sigla do estado, como BR:RS). Muito mais difícil é tentar deduzir as condições de trafegabilidade e prioridade de roteamento com base em outros atributos. O roteamento deve ser uma das preocupações principais ao classificar o tag highway de uma rodovia. Sendo assim, defendo o uso das características da via para a classificação, em detrimento do órgão administrativo responsável. Dito isso, resta chegar a um consenso sobre como classificar os diferentes tipos de rodovia. Confesso que fiquei um pouco apreensivo com a proposta de um fluxograma, mas após estudá-lo em detalhes, creio que seja uma forma boa de definir, de maneira uniforme, como deve ser feita a classificação das rodovias. Uma vez acordado o fluxograma adequado, podemos traduzir o mesmo em definições para cada um dos possíveis valores dos tags envolvidos (principalmente os valores do tag highway, que parece ser o mais polêmico de todos). De qualquer forma, o fluxograma deve ser mantido como forma preferencial para classificar uma rodovia. Para evitar dúvidas, a versão do fluxograma a que me refiro é a que está disponível em: http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Pt-br:How_to_map_a Antes de mais nada, devo dizer que o fluxograma está muito bom, de forma geral. Há, contudo, alguns aspectos que ainda podem ser aperfeiçoados: 1. Onde se diz "Largura >= 6m (2 ou mais carros)", substituir por "Largura para 2 ou mais carros"; uma via pode ter 5,5m e ainda ser classificada como uma das categorias maiores. O mesmo se aplica para "Largura >= 3m (1 ou mais carros)", que deve ser substituido por "Largura para 1 ou mais carros". 2. Uma via rural não pavimentada pode ser classificada como "tertiary", "unclassified" ou "track". Uma "tertiary" deve ter o solo compactado e ser larga o suficiente para permitir trânsito relativamente rápido (40 km/h ou mais) em ambas direções, sem necessidade de redução significativa de velocidade ao cruzar outro veículo. Uma "unclassified" pode ter o solo menos compactado e geralmente o trânsito de veículos em ambas as direções ocorre na mesma faixa, mas ainda tem largura suficiente para que dois carros vindo em direções opostas reduzam a velocidade, se desloquem meia pista para o lado direito (sobre o que seria o "acostamento") e se cruzem. Uma "track" é uma trilha não compactada e estreita, por onde passa apenas um veículo por vez (por exemplo, as vias que ligam uma fazenda a uma estrada ou dentro de uma fazenda); para um veículo cruzar o outro, um deles tem que sair da via. O fluxograma precisa ser ajustado de acordo. 3. Da forma que está, qualquer via pavimentada de uma única pista em zona residencial é "living street", o que não é correto. O que caracteriza uma "living street" (que só faz sentido na zona urbana) é que os pedestres têm preferência sobre os veículos, o que é relativamente raro no Brasil. Não se deve usar "living street" para outra coisa. 4. As "trunk" e "motorway" devem ter as três condições a seguir: A) 2 ou mais faixas por sentido; B) canteiro central ou serem de mão única; C) poucas ou nenhuma obstrução (semáforos ou interseções). As "motorway" não têm obstrução (semáforos ou interseções) e o seu acesso se dá por entradas e saídas específicas. As "trunk" e "motorway" devem ser mapeadas sempre com mão única, com uma via em cada sentido. Note que pode haver ruas com canteiro central que são mapeadas como "primary" ou "secondary", se houver muitas obstruções (por exemplo, se quase todas as ruas transversais cruzarem a via). Assim, o texto "só 1 faixa por sentido" deve ser mudado para "2 ou mais faixas por sentido E canteiro central ou mão única E poucas ou nenhuma obstrução" (e S e N devem ser trocados), e o texto que decide