Eu odeio esse assunto. Desde que eu entrei no OSM, ele sempre volta pelo
menos uma vez por ano. O que mais me incomoda é que as discussões são
longas, tomam tempo que podia ser melhor gasto em outras coisas e acabam
não progredindo muito. Não é culpa de ninguém. É um assunto importante, mas
cansativo. Não existe consenso. O artigo no wiki demonstra isso. Eu
gostaria que existisse, mas não existe. Não existe nem consenso sobre o que
é consenso nessa questão.
Infelizmente, eu me sito obrigado a participar dessa discussão cada vez que
ela aparece, porque ela afeta diretamente o meu trabalho no OSM. Acho que o
mapa do Brasil não está maduro o suficiente para tomarmos uma decisão
definitiva sobre a classificação de vias. No fim, quem trabalha no mapa vai
ter que decidir conforme a sua consciência. Sugiro que não foquem o
trabalho apenas na classificação, e sim em outras coisas mais críticas,
como mapear as rodovias que não existem no mapa ou colocar as que existem
no lugar certo (os dados importados do IBGE estão muito toscos), ou
mapeando corretamente os cruzamentos e restrições de conversão, que também
são importantes para o roteamento. Se for possível incluí-los, os tags
lanes, maxspeed e surface podem ajudar bastante na classificação das
rodovias no futuro (ou não, dependendo do critério; nesse caso, eles se
tornariam ainda mais importantes). À medida que forem fazendo isso, se
quiserem, ajustem a classificação das rodovias que forem editadas da forma
que acharem melhor.
Muita paz para todos. Espero ter contribuído com alguma coisa e desculpe
se, por algum motivo, alguém se sentir incomodado com o meu comentário.
Em 12 de abril de 2015 01:46, Gilmar Ferreira gilmar.al...@gmail.com
escreveu:
Concordo que o artigo seja editado para refletir mais claramente o que já
é consensual na comunidade.
Para alguém que está começando na comunidade, e eu estou começando, o
artigo está confuso: não ficou muito claro o que era consensual.
Gilmar
Em sáb, 11 de abr de 2015 16:08, Fernando Trebien
fernando.treb...@gmail.com escreveu:
Até onde me consta, o último debate amplo da comunidade que gerou
consenso é o que consta na segunda seção deste artigo: [1]
Esta seção foi primariamente editada por mim na época, sempre pedindo
que a comunidade revisasse e criticasse, e fiz questão de apontar para
as discussões na lista e inclusive de reconhecer publicamente aquilo
que a comunidade considerou como erros meus, para que todos
soubessem até que ponto devem interpretar essas recomendações de forma
literal.
O artigo foi recentemente editado pelo usuário Fbello [2], que
participou das discussões sobre esse assunto aqui na lista. Ele
colocou no topo do artigo uma tabela cuja origem eu desconheço e que
não consta nos comentários de edição do wiki. Se é uma proposta,
deveria ter escrito que é uma proposta, e não dar a entender que é o
consenso da comunidade. Se ninguém se opuser, eu gostaria de mover
essa seção para baixo e de listá-la como proposta em debate. Essas
páginas principais do wiki deveriam ser tratadas como local de
conhecimento consolidado, não como ponto de disputa ideológica.
O critério por consenso para que uma via seja considerada expressa é o
seguinte: (estou lendo direto do fluxograma no artigo)
1. Seja duplicada - tenha predominantemente pelo menos 2 faixas por
sentido (pode ter 1 só em alguns poucos trechos curtos)
2. Tenha uma separação central entre as duas mãos - pode ser um
canteiro, uma defensa, ou (em teoria, mas nunca vi na prática) até
mesmo certos tipos de tartarugas [3]
3. Possua semáforos ou interseções em nível (aquelas que fazem o fluxo
que entra/sai/atravessa a via parar completamente até conseguir uma
brecha no tráfego). [4] Isso distingue essas vias das motorways onde
há faixas para ingressar/sair, sem necessidade de parar (apenas dar
sinal e esperar a boa vontade dos motoristas da faixa ao lado).
O critério para diferenciar primárias e secundárias não-urbanas é
simplesmente a presença/ausência de acostamento. Não é uma
diferenciação muito importante (foi mencionado por alguns algumas
vezes no meio do debate, posso conseguir o link se quiserem), então
não precisa ser seguida à risca.
Para classificação urbana, não há um consenso amplamente debatido, eu
estava esperando alguém criticar o meu novo trabalho em Porto Alegre
(que não está 100% concluído, falta consertar as living streets)
para então lançar esse assunto desgastante de novo de uma forma que se
aplicasse a muitas cidades. [5] Essa proposta permitiria diferenciar
primárias e secundárias independente de estarem em meio urbano ou
rural - mas não foi discutida, portanto não é consenso. Nessa
proposta, ambas as vias teriam que ter uma velocidade máxima de pelo
menos 60km/h (teriam que ser arteriais pelos moldes do CTB), e a
diferença seria se a via é ou não parte do principal trajeto entre
dois núcleos viários urbanos (e seria preciso discutir como avaliar
onde estão esses