Essa mensagem deveria ser divulgada por todos os
patriotas brasileiros que ainda se consideram como tal.
Eu já sabia mas não em tal detalhes.
----- Original Message -----
Sent: Tuesday, September 16, 2003 4:32 AM
Subject: [Brizolismo] QUEM DA AS CARTAS PARA O
LULAWALESA
Tribuna da Imprensa Coluna Pedro Porfirio Com um
abraço de Marko Ajdaric
Anote este nome, Stanley Gacek: é ele
quem dá as cartas
Desde que foi eleito, Lula teve pelo
menos quatro encontros com Stanley Gacek - dois no Brasil e dois nos
Estados Unidos. O advogado norte-americano, de 50 anos, conversou também
com os ministros Antonio Palloci, Ricardo Berzoini e Luiz Gushiken: com
todos falou de fundos de pensão e da "reforma da previdência". Íntimo do
presidente, a quem introduziu oficialmente há mais de vinte anos no
poderoso círculo dos pelegos sindicais dos Estados Unidos, é ele o
principal intermediário dos fundos de seu país.
Dominando o
português melhor do que muitos brasileiros e casado com a brasileira
Liliane Fiúza (petista de carteirinha), Gacek é a peça-chave das
articulações que redundarão, até o final do mês, nas expectativas do
senador Sarney, na concretização da abertura escancarada do "mercado de
servidores públicos" para os insaciáveis fundos privados de
pensão.
Quem quiser entender o cavalo-de-pau do
"príncipe" operário deve correr atrás de Gacek, que, pelo
"profissionalismo", bem pode ser um agente da CIA. Se não chegar a tanto
(não tenho provas), com certeza está no mesmo esquema. Foi ele quem, em
1992, promoveu o primeiro encontro do BID, FMI e dos cabeças do "Diálogo
Interamericano" com 80 líderes sindicais emergentes da América
Latina.
Foi quem, muitos anos antes, em 1980, viajou ao Brasil para
levar a "solidariedade" da poderosa AFL-CIO a Lula, em sua prisão-show de
31 dias. E mais: descendente de poloneses, foi ele quem, em 1981, depois
de estender o tapete dos pelegos sindicais norte-americanos, levou Lula a
Varsóvia para trocar figurinhas com Lech Walesa, o metalúrgico de Gdansk
que recebeu toda ajuda da CIA para minar o governo da Polônia e chegar à
presidência.
A missão de
Gacek
Como você sabe, ando fuçando tudo para entender a
genealogia da traição. Quanto mais bisbilhoto os passos do príncipe, mais
sinto necessidade de farejar. O tempo vai passando e a pesquisa vai
inchando, atrasando-se por si. Porque certas informações são guardadas a
sete chaves, ainda mais em se tratando das peraltices de um homem que tem
na mão a chave do cofre e o controle de todos os podres
poderes.
Mas certas articulações são públicas e na maior
cara-de-pau. Desde o primeiro encontro com Lula, em novembro passado - na
companhia do presidente da central sindical AFL-CIO, John Sweeney -, a
cobrança foi na bucha: queria saber quando o novo governo ia mandar para o
Congresso o projeto de abertura do mercado aos fundos privados de pensão,
um dos cinco melhores negócios do mundo.
Veja o que informou, à
época, Paulo Sotero, correspondente do "Estado de S. Paulo": "Os anos de
atenção ao Brasil por Stan, como ele é chamado por Lula e pelos amigos,
serão simbolicamente recompensados na tarde da próxima terça-feira, quando
o presidente eleito chegar à sede da AFL-CIO, a central sindical
americana.
Diretor internacional adjunto da AFL-CIO para
a América Latina, Gacek receberá o amigo ao lado do presidente da
entidade, John Sweeney. `Será uma grande honra para o movimento sindical
dos Estados Unidos receber o presidente eleito do Brasil', disse, num
português fluente.
Em décadas recentes, o único outro
presidente eleito que visitou a AFL-CIO foi o polonês Lech Walesa,
fundador do movimento Solidariedade".
Stan, como Gacek é
tratado pelos íntimos, inclusive Lula, havia trazido ao Brasil, no final
da campanha de Lula, nada menos do que o reverendo Jesse Jackson, um
ativista de peso de grande força na mídia americana, em companhia de
Dennis Rivera, vice-presidente do milionário Sindicato Nacional dos
Trabalhadores em Serviços dos Estados Unidos. Participou de comícios do
PT, enquanto Jesse Jackson dava entrevistas, encantado com a
"eletricidade" da campanha petista.
Como não podia
deixar de ser, veio para a posse do amigo, dividiu um prato de comida com
o presidente e Gushiken e voltou em maio, depois do envio do projeto
privatizante ao Congresso. Aí, foi negociar diretamente com Palocci,
conforme informou Fabiana Futema, da "Folha de S. Paulo": "O Brasil está
na mira dos fundos de pensão norte-americanos, que têm uma capacidade de
investimento de US$ 5 trilhões em mercados emergentes.
O
diretor da AFL-CIO (Federação Americana do Trabalho), Stanley Gacek, se
reuniu hoje com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, para discutir os
critérios utilizados pelos fundos norte-americanos para investir em outros
países. A AFL-CIO é a principal central sindical norte-americana, e Gacek
é amigo pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva.
`Temos falado sobre critérios de investimentos de
obrigações fiduciárias. Alguns fundos estão desenvolvendo critérios para
investimento em mercados emergentes', disse Gacek, após o encontro com
Palocci.
Segundo ele, entre os critérios utilizados
pelos fundos de pensão dos EUA está a estabilidade social. `Democracia
estável, transparência e economia com crescimento sustentável são
considerações importantes para fazer cálculo do retorno máximo com risco
mínimo.'
Na avaliação de Gacek, o governo Lula atende a
vários desses critérios usados na hora de avaliar o potencial que cada
país emergente oferece para os investimentos dos fundos norte-americanos.
`Achamos que essa gestão do governo brasileiro tem se dedicado a essas
questões da estabilidade social no Brasil. Isso poderia ser bem promissor
em termos dos critérios de obrigações fiduciárias dos
fundos.'"
Em sua matéria, Fabiana Futema conclui:
"Segundo Devanir Silva, superintendente da Associação Brasileira das
Entidades de Previdência Complementar, a queda do risco Brasil e a ligação
pessoal entre Gacek e Lula ajudariam na atração de investimentos dos
fundos norte-americanos no país. `O governo Lula conseguiu conquistar a
credibilidade dos investidores, inclusive os
estrangeiros.'"
Apesar da proximidade entre os dois
países, Gacek afirmou que as conversas com o governo brasileiro ainda não
foram concluídas. "Já falamos anteriormente [com Palocci] sobre toda essa
questão dos fundos investirem nos mercados internacionais e queremos
seguir com essas conversas. Estou pensando na possibilidade de fazer mais
visitas ao Brasil", disse Gacek.
Transferência de
recursos
Em brilhante exposição, sexta-feira, na
audiência que presidi na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, por
iniciativa do Fórum de Fluminense de Defesa da Previdência Pública, os
professores José Miguel Saldanha e Sara Granemann, da UFRJ, demonstraram
que a "reforma da previdência" se destina tão-somente a transferir
recursos dos entes públicos para os fundos privados. Com o teto para
aposentadoria, aplica-se também o redutor nos descontos.
O
servidor vai correr para a "previdência complementar" e o próprio erário
deverá pagar sua parte para os fundos.
Saldanha apontou
também a opção do governo por priorizar o pagamento aos banqueiros: no
primeiro semestre, o setor público pagou 74 bilhões de reais de juros da
dívida, o equivalente a 410 milhões de reais por dia ou 70 reais mensais
de cada habitante.
Quando Gacek se refere a investimentos de fundos
estrangeiros, está desconversando. O que eles querem é se apoderar de uma
boa faixa de poupança e não aportar recursos. Ao se instalar, o fundo
passa a captar contribuições. O que ele, de fato, estava interessado em
dizer ao amigo Lula era que a condição para a aprovação da "reforma"
estava na definição no modelo de remuneração dos fundos.
Há
vinte anos os norte-americanos só fazem novos contratos pelo sistema da
"contribuição definida" - você sabe quanto paga e não quanto vai receber
-, descartando o "benefício definido". Além disso, são muito "pragmáticos"
na política de investimentos e adoram uma boa taxa de administração na
América Latina - no Chile e Argentina chegaram a 30%, enquanto o custo
administrativo do nosso INSS não passa de 6%.
Se você
prestar mais atenção nos passos de Stanley Gacek, vai entender muito mais.
Afinal, ele foi definido aqui mesmo, na TRIBUNA, por Argemiro Ferreira,
como "o guru de Lula no sindicalismo dos EUA".
[EMAIL PROTECTED] - www.pedroporfirio.com
\"Não basta que seja pura e justa
a nossa causa, é necessário que a pureza e a justiça existam dentro de
nós.\" Agostinho Neto
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