Os tabelionatos gaúchos também estão entrando na era da informatização do sistema para agilizar os serviços prestados. Segundo o presidente do Colégio Notarial do RS, Carlos Casses Presser, das 445 unidades existentes no Estado, cerca de 400 já estão utilizando computadores. 'Na Capital, estima-se que o percentual chegue a 90%', disse.
O processo começou em 1994, quando escrituras e procurações foram computadorizadas. Em 1997 foi a vez da liberação dos testamentos e, agora, a informática está chegando às áreas do reconhecimento de firmas e das autenticações. 'Em Porto Alegre, pelo menos seis tabelionatos já estão utilizando computadores no reconhecimento de firmas e na autenticação de documentos há cerca de três anos', ressaltou. Conforme Presser, houve grande resistência de funcionários e, em especial, de tabeliães para a implantação do sistema. 'Eles tinham receio em relação à segurança das informações. Entretanto, atualmente, softwares e aplicativos são seguros e ágeis', observou. Ele lembra que, antes, a procura de um registro em livros demorava entre um e cinco dias. 'Hoje, em menos de 24 horas conseguimos encontrar as informações', assegurou. Em relação aos preços dos serviços, Presser garante que a modernização não influenciou os valores. 'Se não houver influência da inflação, os valores continuam os mesmos. O preço para reconhecer uma firma é o mesmo praticado há seis meses', assinalou.
 
Quanto à inovação de serviços prestados, ele destacou a ata notarial. 'É um recurso pouco utilizado pelas pessoas e do qual muitos advogados ainda não têm conhecimento.' Presser explica que a ata é, por exemplo, uma garantia para não se perder o terreno por usucapião, em caso de invasão. 'Se você compra uma área e não quer construir por três anos, um tabelião registra a intenção no documento. Isso será prova na reivindicação da posse por usucapião. É uma forma de comprovar o fato', explicou o presidente.
 
 

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