Prezada Sra Ana Maria Abegg de Oliveira,
A vossa colocação é bem interessante, no entanto, as senhas ficariam nas
mãos do próprio TSE que, desta forma, poderia fazer a identificação dos
votos de cada eleitor.
O que buscamos é justamente proteger os eleitores de qualquer possibilidade
de que seus votos sejam identificados, acabando com a garantia
constitucional de que o voto seja absolutamente secreto.
Para exemplificar, no interior do Brasil ainda prospera o famigerado
coronelismo, no qual o manda chuva local impõe que o eleitor vote em seus
candidatos e, tendo conhecimento de que o eleitor não tenha cumprido suas
determinações faz de tudo para prejudicá-lo, podendo, inclusive, mandar
matar seus desafetos. Porias a sua vida em risco diante desta possibilidade
?!!
Por este motivo, alegamos que o voto pela Internet compromete esta garantia
constitucional, pois, jamais existirá condição em que os Tribunais
Eleitorais liberem o voto sem identificar os eleitores, seja pela íris, pelo
sangue, pela digital ou qualquer outro método criado pela ciência e, uma vez
identificado o eleitor, tornar-se-á factível o vínculo entre os eleitores e
seus respectivos votos.
Realmente existiria a possibilidade do programa que confere a identidade do
eleitor sequer admitir que o vínculo fosse estabelecido, no entanto, esta
garantia seria frágil e subjetiva, ou seja, poderia ser modificada a
qualquer tempo pelos programadores sem que os eleitores tomassem
conhecimento e aquelas garantias constitucionais estariam sendo torpemente
vilipendiadas.
Cumpre-nos ressaltar que, no Brasil, até o voto nas Urnas Eletrônicas Atuais
admitem esta identificação, quando o equipamento exige a digitação do Título
do Eleitor para que este possa votar, sendo, este, um dos motivos de nossos
embates pela Internet, evitar que esta identificação ocorra em qualquer
momento da votação, a não ser, pela assinatura nos Livros de Votação.
Para que o sistema seja realmente confiável dentro do que estabelece as Leis
Eleitorais, o processo não pode admitir qualquer identificação dos eleitores
no mesmo equipamento em que se procede as votações, caso contrário, será
passível de desvirtuamento pelas autoridades e programadores que controlam
as eleições.
Espero que os esclarecimentos acima a tenham convencido de que o Voto pela
Internet é totalmente inviável diante dos imperativos legais, pois, se não
houvessem estas implicações seríamos os primeiros a defendê-lo.
POR UMA URNA ELETRÔNICA REALMENTE SEGURA, subscrevo-me
Atenciosamente,
Leamartine Pinheiro de Souza
http://www.LeamartineP.Souza.nom.br
21 2558-9814 - [EMAIL PROTECTED]
Rua Conde de Baependi 78, Ap 1310
Flamengo, Rio de Janeiro, RJ
22231-140
-Mensagem original-
De: [EMAIL PROTECTED]
[mailto:[EMAIL PROTECTED] Em nome de Ana Abegg
Enviada em: sábado, 16 de abril de 2005 12:09
Para: voto-eletronico@pipeline.iron.com.br
Assunto: [VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] TV Justiça - hoje
e se os manipulados de informática falsicarem o tipo de sangue das
pessoas e dai
pessoas inocentes p/ cadeia sem dever. Como existe nos filmes e nos outros
países
escrevendo o tipo de sangue não é nenhuma forma segura p/ evitar sabotage e
manipulação !!!
a segurança perfeita é cada vêz que deve votar deve haver uma nova senha e
nunca a mesma
senha p/ a proxima votação !!!
E essa lista de senha deverá ser feita do tribunal eleitoral p/ a nação !!!
assim fica dificil p/ os manipuladores e saboteadores ler as senhas nas
linhas de sistema.
isso por quê vierá sempre uma nova senha e essa senha !!!
e a próxima senha os manipulados não poderá avinhar !!!
tanto é que será só uma parte do povo que vai votar por internet . assim é
funciona o bankline daqui.
e essa lista não dará tanto trabalho p/ tribunal fazer por que será uma
parte do povo que vai votar por internet.
nunca a mesma senha p/ a próxima votação.
PROGRAMA BRASIL ELEITOR MOSTRA SEMINÁRIO SOBRE IDENTIFICAÇÃO DO ELEITOR
Brasília, 14/04/2005 - O programa Brasil Eleitor de hoje vai mostrar a
cobertura completa do Seminário promovido pela Escola Judiciária Eleitoral
sobre a Identificação do Eleitor e Reforma Política. O programa, que vai
ao
ar hoje, às 22h30, na TV-Justiça, abordará a discussão sobre a criação do
novo título eleitoral, que terá foto, dados de identificação, cpf, rg e
tipo
sanguíneo. Para os ministros do Tribunal Superior Eleitoral, o documento
vai
acabar de vez com a única possibilidade de fraude nos pleitos.
O financiamento público das campanhas eleitorais é outro tema discutido no
Seminário. As campanhas eleitorais devem ser financiadas com recursos
público, privado ou misto? A resposta está no programa de hoje à noite,
que é
transmitido pelos seguintes canais: 10 (NET), 29 (SKY) e 209 (DIRECTV).
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