[VotoEletronico] Re: FLOR NA PAREDE: ou troteia, ou sai da estrada!

2002-06-09 Por tôpico Francisco Santana

ERRATA:
O livro, O Plano Cohen: A Ameaça Vermelha, é de Hélio Silva. Misturei Hélio
Silva com Joel da Silveira.
 Esquecí de citar a Carta Brandy, outro documento falso usado por Lacerda
para incompatibilizar Getúlio com as forças armadas. etc etc.

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Sent: Sunday, June 09, 2002 1:46 AM
Subject: Re: [VotoEletronico] FLOR NA PAREDE: ou troteia, ou sai da estrada!


> Essa sempre foi uma tática surrada da direita, do DOPS  e de associações
> secretas de combate aos comunistas. Forjar listas,  documentos ou
atentados
> para incriminá-los . A história está cheia dessas falsificações. Na
> Alemanha, o incêndio do Reichstag. No Brasil, em 1937, o plano Cohen, um
> suposto plano comunista com listas de personalidades que seriam
> assassinadas. Posteriormente, no governo de Juscelino, o verdadeiro autor
da
> farsa, o General Mourão filho confessou toda a história num tribunal
> militar, requisitado por ele mesmo para dividir a culpa com o General Góis
> Monteiro. Segundo Mourão Filho, êle fez o Plano Cohen, a pedido de Plínio
> Salgado para treinar apenas internamente os integralistas mas, o General
> Góis Monteiro teve acesso a ele e divulgou-o como verdadeiro. Foi o
pretexto
> para o Golpe de 1937. Ainda segundo Mourão Filho, Getúlio não estava bem
> inteirado do golpe que seguia seu curso elaborado por Góis Monteiro que
> seria o ditador, entretanto o Comandante do Rio de Janeiro exigiu que
fosse
> um civil e Getúlio continuou no poder. Está tudo bem contado no livro de
> Hélio da Silveira, O Plano Cohen: A Ameaça Vermelha.
>
> Na certa, em 1964, tentaram reeditar um novo Plano Cohen, mas viram que
> ninguém ia acreditar e por isso não o divulgaram na imprensa. Sim, e
porque
> não o divulgaram na imprensa?
>
>
> - Original Message -
> From: Carlos Tebecherani Haddad <[EMAIL PROTECTED]>
> To: <[EMAIL PROTECTED]>
> Sent: Thursday, June 06, 2002 7:21 PM
> Subject: [VotoEletronico] FLOR NA PAREDE: ou troteia, ou sai da estrada!
>
>
>  Maneschy e demais amigos,
>
>  Realmente, o tema está para mensagens diretas, fora da lista.
>
>  Mas é empolgante, né?
>
>  Eu não disse que as listas foram produzidas pelo Brizola ou
> Jango, até porque elas foram encontradas em Santos, Bauru, Campinas, São
> Paulo, Piratininga (pertinho de Bauru), São José do Rio Preto, portanto
aqui
> na nossa província.
>
>   O que sei bem com produção do Brizola, à época, é o seu
famoso
> conselho ao Jango, seu cunhado, quando queria que fossem decisões
> importantes:
>
>   "Ou troteia, ou sai da estrada! "
>
>   Jango não troteou, foi apeado do pingo, e saiu
definitivamente
> da estrada! ...
>
> Fiquem em Paz.
>
> Carlos Tebecherani Haddad
>
>
>
> - Original Message -
> From: Osvaldo Maneschy <[EMAIL PROTECTED]>
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> Sent: Wednesday, June 05, 2002 9:00 AM
> Subject: [VotoEletronico] Re: FLOR NA PAREDE
>
>
> Em 64 tinha 14 anos. Em 1970, quando efetivamente a luta armada entre os
> defensores de 64 e opositores estava nas ruas - já tinha 20 anos e
entendia
> bem
> as coisas Em 1978, trabalhando no serviço diplomático brasileiro como
> funcionário da Embaixada do Brasil em Moçambique, com Ítalo Zappa, conheci
> muitos exilados - até porque estava lá quando Zappa deu passaportes para
> todos
> eles, exceto os ainda banidos - uma lista especial, a dos que sairam das
> prisoes
> em troca de embaixadores estrangeiros sequestrados. Conheci os exilados de
> 64,
> do primeiro momento do golpe; e os exilados de 70, da luta armada - em
> Moçambique. Foram dois momentos bem diversos, experiencias de vida tambem
> absolutamente diversas, pelo que aprendi na convivencia - muito dificil,
> especialmente com os segundos. A época, repito, era 1978/1979. Haddad,
para
> mim,
> "aparelhos" só existiram na luta armada. O golpe de 64 foi outro momento.
Na
> minha cabeça - 64 foi um desdobramento da crise de agosto de 54, da
> tentativa de
> não permitir a posse de JK em 1955 e, depois, de nao permitir a posse de
> Jango -
> garantida por Brizola em 1961 com a "Campanha da Legalidade". Em 1964, nao
> houve
> jeito - Jango nao quis reagir, não deu ouvidos a Brizola, achou que o
golpe
> seria passageiro como o que derrubou Getúlio em 45. Nao foi. Já no
final
> da
> década de 60, inicio dos anos 70, houve a luta armada, a guerra suja. Para
> mim,
> "aparelho" é coisa dessa época. Getúlio, Jango e Brizola - até pelo fato
de
>
> também serem pessoas de posses, este último através do casamento com a
irmã
> de
> Jango, pelo que sei - nunca quiseram matar eliminar ninguém fisicamente
pelo
> fato de ser rico. Amigo Haddad, na minha opinião eles sempre lutaram para
> que o
> Brasil fosse dos brasileiros. Nao é a toa que Getúlio Vargas é o
presidente
> da
> República mais lembrado e respeitado pelos brasileiros, até hoje. A
revi

[VotoEletronico] Re: FLOR NA PAREDE: ou troteia, ou sai da estrada!

2002-06-08 Por tôpico Francisco Santana

Essa sempre foi uma tática surrada da direita, do DOPS  e de associações
secretas de combate aos comunistas. Forjar listas,  documentos ou atentados
para incriminá-los . A história está cheia dessas falsificações. Na
Alemanha, o incêndio do Reichstag. No Brasil, em 1937, o plano Cohen, um
suposto plano comunista com listas de personalidades que seriam
assassinadas. Posteriormente, no governo de Juscelino, o verdadeiro autor da
farsa, o General Mourão filho confessou toda a história num tribunal
militar, requisitado por ele mesmo para dividir a culpa com o General Góis
Monteiro. Segundo Mourão Filho, êle fez o Plano Cohen, a pedido de Plínio
Salgado para treinar apenas internamente os integralistas mas, o General
Góis Monteiro teve acesso a ele e divulgou-o como verdadeiro. Foi o pretexto
para o Golpe de 1937. Ainda segundo Mourão Filho, Getúlio não estava bem
inteirado do golpe que seguia seu curso elaborado por Góis Monteiro que
seria o ditador, entretanto o Comandante do Rio de Janeiro exigiu que fosse
um civil e Getúlio continuou no poder. Está tudo bem contado no livro de
Hélio da Silveira, O Plano Cohen: A Ameaça Vermelha.

Na certa, em 1964, tentaram reeditar um novo Plano Cohen, mas viram que
ninguém ia acreditar e por isso não o divulgaram na imprensa. Sim, e porque
não o divulgaram na imprensa?


- Original Message -
From: Carlos Tebecherani Haddad <[EMAIL PROTECTED]>
To: <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Thursday, June 06, 2002 7:21 PM
Subject: [VotoEletronico] FLOR NA PAREDE: ou troteia, ou sai da estrada!


 Maneschy e demais amigos,

 Realmente, o tema está para mensagens diretas, fora da lista.

 Mas é empolgante, né?

 Eu não disse que as listas foram produzidas pelo Brizola ou
Jango, até porque elas foram encontradas em Santos, Bauru, Campinas, São
Paulo, Piratininga (pertinho de Bauru), São José do Rio Preto, portanto aqui
na nossa província.

  O que sei bem com produção do Brizola, à época, é o seu famoso
conselho ao Jango, seu cunhado, quando queria que fossem decisões
importantes:

  "Ou troteia, ou sai da estrada! "

  Jango não troteou, foi apeado do pingo, e saiu definitivamente
da estrada! ...

Fiquem em Paz.

Carlos Tebecherani Haddad



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To: <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Wednesday, June 05, 2002 9:00 AM
Subject: [VotoEletronico] Re: FLOR NA PAREDE


Em 64 tinha 14 anos. Em 1970, quando efetivamente a luta armada entre os
defensores de 64 e opositores estava nas ruas - já tinha 20 anos e entendia
bem
as coisas Em 1978, trabalhando no serviço diplomático brasileiro como
funcionário da Embaixada do Brasil em Moçambique, com Ítalo Zappa, conheci
muitos exilados - até porque estava lá quando Zappa deu passaportes para
todos
eles, exceto os ainda banidos - uma lista especial, a dos que sairam das
prisoes
em troca de embaixadores estrangeiros sequestrados. Conheci os exilados de
64,
do primeiro momento do golpe; e os exilados de 70, da luta armada - em
Moçambique. Foram dois momentos bem diversos, experiencias de vida tambem
absolutamente diversas, pelo que aprendi na convivencia - muito dificil,
especialmente com os segundos. A época, repito, era 1978/1979. Haddad, para
mim,
"aparelhos" só existiram na luta armada. O golpe de 64 foi outro momento. Na
minha cabeça - 64 foi um desdobramento da crise de agosto de 54, da
tentativa de
não permitir a posse de JK em 1955 e, depois, de nao permitir a posse de
Jango -
garantida por Brizola em 1961 com a "Campanha da Legalidade". Em 1964, nao
houve
jeito - Jango nao quis reagir, não deu ouvidos a Brizola, achou que o golpe
seria passageiro como o que derrubou Getúlio em 45. Nao foi. Já no final
da
década de 60, inicio dos anos 70, houve a luta armada, a guerra suja. Para
mim,
"aparelho" é coisa dessa época. Getúlio, Jango e Brizola - até pelo fato de

também serem pessoas de posses, este último através do casamento com a irmã
de
Jango, pelo que sei - nunca quiseram matar eliminar ninguém fisicamente pelo
fato de ser rico. Amigo Haddad, na minha opinião eles sempre lutaram para
que o
Brasil fosse dos brasileiros. Nao é a toa que Getúlio Vargas é o presidente
da
República mais lembrado e respeitado pelos brasileiros, até hoje. A revista
Época fez uma pesquisa ano retrasado para saber isto, ganhou Getúlio. //
Mas
esta é uma discussão que nada tem a ver com a nossa lista, com a nossa luta.
Proponho que continuemos a conversa diretamente através de nossos emails,
poupando a lista. Deixar o espaço aqui, a nossa trincheira brancaleonica,
para
cuidarmos do adversário  que nos espreita através dos bits porque queremos
acabar com a falta de transparencia das eleiçoes brasileiras. Fica em paz,
grande Haddad. A luta continua.

Carlos Tebecherani Haddad gravada:

>   Quando deflagrou o 31 de março, encontraram algumas listas
de
> personalidades em determinad