As emissoras de TV já começam covardemente a colocar em tarjas, quadrados, 
retângulos, círculos e qualquer outra forma o que determina parte do Manual
de Classificação Indicativa. Mais uma vez baixando a cabeça, deixando que 
decisões estúpidas, cerce da liberdade de escolha, determinem o que, por quem, 
e a que horas pode ser visto na telinha.
O cidadão tem o direito de ver o que bem quiser na hora em que quiser e as 
emissoras de exibir o que acharem que devem independente de horário. Onde está 
a afirmação de liberdade dos dirigentes das grandes redes? Onde esconderem a 
hombridade? Será que para não se indispor com o governo e conseguir dele 
vantagens, quem é responsável pela programação não tem a coragem de ignorar o 
manual? Basta não cumprir. Pode estar sujeito a sanções? Pois enfrente-as. Lute 
contra mas não ceda. 
E não importa se é determinação, portaria ou lei. Se ela é burra, que não seja 
cumprida. 
Que medo é esse que faz a pusilanimidade superar a dignidade? 
"Um dia vieram e levaram o meu vizinho e eu nada falei!" Chegaremos a este 
ponto? Artistas, jornalistas, escritores, diretores levantem a voz contra mais 
essa aberração entre as milhares que acontecem no país.
Professores, orientem seus alunos que há uma inversão na ordem e que antes de 
cumprir deveres eles precisam ter respeitados os seus direitos. 
Não é possível estabelecer regras para o que é subjetivo. A apreciação da arte, 
a interpretação de manifestações culturais, são
qualidades subjetivas e portanto só cabe julgamento a quem vê, ouve ou lê.
Ninguém, nenhuma pessoa, seja ela detentora de que cargo for, mesmo o de um 
ministrinho qualquer tem o poder determinante de impor horários ou idades para 
a divulgação de qualquer manifestação. 
Isto cabe a quem faz, se quiser fazer e a quem assiste, se quiser assistir.
Eu já ando cansado de pertencer a um povo que é incapaz de uma insurreição e de 
desobediência a imposições burras contra e castrastes da sua cultura.

Carlos Antônio.

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