Quinta-feira, 1 de novembro de 2001
XXX Semana do tempo Comum, cor litúrgica verde
"Cristo e seus membros reclamam de inimigos malvados."

Leitura:
Rm 8, 31b-39
Salmo:
109/108, 21-22.26-27.30-31 
Evangelho:
Lc 13, 31-35

Santos do dia:
Todos os Santos (celebrado no domingo, dia 4/11), Licínio, Tiago da Pérsia, Maria (Séc. IV, virgem e mártir escrava), Cesário e Juliano (mártires), Benigno de Dijon (séc. III, mártir), Austremônio (bispo de Clermont (Séc. IV), Maturino (Séc. IV), Marcelo (410, Bispo de Paris), Cadifano (Séc. V, abade), Vigor (537, Bispo de Bayeux, França)


Leitura
Rm 8, 31b-39
NENHUMA CRIATURA NOS PODERÁ APARTAR DO AMOR DE DEUS!

Irmãos, 31se Deus é por nós, quem será contra nós? 32Deus que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos daria tudo junto com ele? 33Quem acusará os escolhidos de Deus? Deus, que os declara justos? 34Quem condenará? Jesus Cristo, que morreu, mais ainda, que ressuscitou, e está, à direita de Deus, intercedendo por nós? 35Quem nos separará do amor de Cristo? Tribulação? Angústia? Perseguição? Fome? Nudez? Perigo? Espada? 36Pois é assim que está escrito: "Por tua causa somos entregues à morte, o dia todo; fomos tidos como ovelhas destinadas ao matadouro". 37Mas, em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou! 38Tenho a certeza que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os poderes celestiais, nem o presente nem o futuro, nem as forças cósmicas, 39nem a altura nem a profundeza, nem outra criatura qualquer será capaz de nos separar do amor de Deus por nos, manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor.

   

Salmo
109/108, 21-22.26-27.30-31
Salvai-me, Senhor; segundo a vossa bondade!

Agi a meu favor, ó Senhor Deus, por amor do vosso nome, libertai-me, pois, vossa lealdade é benfazeja! Necessitado e infeliz, eis o que sou, dentro de mim meu coração está ferido!

Senhor, meu Deus, vinde ajudar-me e salvar-me, segundo vosso amor e compaixão. Para que nisso reconheçam vossa mão, e saibam que sois vós que o fizestes!

Celebrarei o meu Senhor em alta voz, em meio à multidão hei de louvá-lo. Pois ele defende o indigente e o salva daqueles que condenam sua alma.

 

Evangelho
Lc 13, 31-35
HERODES AMEAÇA JESUS

31Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: "Tu deves ir embora daqui, porque Herodes quer te matar". 32Jesus disse: "Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia terminarei o meu trabalho. 33Entretanto, preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém. 34Jerusalém, Jerusalém! Tu que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os pintainhos debaixo das asas, mas tu não quiseste! 35Eis que vossa casa ficará abandonada. Eu vos digo: não me vereis mais, até que chegue o tempo em que vós mesmos direis: 'Bendito aquele que vem em nome do Senhor"'.

Comentando o Evangelho(*)
SEM MEDO DOS PREPOTENTES

É interessante notar como alguns fariseus tenham ido avisar Jesus a respeito das intenções assassinas de Herodes. A hostilidade deles contra o Mestre, e as continuas controvérsias entre eles, leva-nos a suspeitar de suas reais intenções. A primeira vista, tem-se a impressão de que os fariseus queriam proteger Jesus das tramas do facínora Herodes. Este já havia eliminado João Batista. Agora, queria eliminar também Jesus. Quiçá desejassem evitar complicações com os romanos, supondo-se ser Jesus deveras um revolucionário, um sublevador da ordem. Contudo, a notória hipocrisia dos fariseus recomendava pôr em xeque suas boas intenções. Não conseguiram, porém, enredar o Mestre nesta trama.

Jesus sabia serem eles emissários de Herodes, com quem pactuavam. Por isso, mandou-os de volta com um recado para aquela "raposa" política.

Apesar das ameaças, o Mestre levaria em frente sua missão, sem se intimidar com a prepotência e a arrogância de Herodes. O conselho mal-intencionado dos fariseus jamais haveria de demovê-lo do caminho traçado pelo Pai. Sua missão só chegaria ao fim, quando o Pai assim o determinasse. Seria inútil querer detê-lo, servindo-se de malícia ou de astúcia.

Foi vão o projeto assassino de Herodes contra Jesus. Este "privilégio" caberia a Jerusalém, a Cidade Santa, que se tornou assassina dos enviados de Deus. A morte de Jesus seria mais uma demonstração da vocação desta cidade: ser assassina dos profetas.

 

(*) Jaldemir Vitório é sacerdote jesuíta, professor das Sagrada Escritura no Centro de Estudos Superiores, em Belo Horizonte, MG. Este comentário foi extraído do livro O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano C, ©Paulinas, 1997

Jesus não se intimida com nada. Ele enfrenta sem medo as dificuldades e os adversários, pois tem uma tarefa específica a realizar. (LITURGIA DIÁRIA Nº 119, ©PAULUS)

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