Quinta-feira, 7 de março de 2002
III Semana da Quaresma, cor litúrgica roxa

Dia do Fuzileiro Naval

Leitura:
Jr 7, 23-28

Salmo:
94 (95), 1-2.6-7.8-9
Evangelho:
Lc 11, 14-23

Santos do dia:
Tomás de Aquino (doutor da Igreja), Paulo (o Simples), Dráusio, Istervino (abade), Ardo, Teofilato (bispo de Nicomédia), Margaret Kekeux (virgem, serva de Deus, franciscana da 3ª ordem, Bélgica) e Saturnino.


Leitura
Jr 7, 23-28
NEM SEMPRE O POVO SOUBE SER FIEL

Assim fala o Senhor: 23"Dei esta ordem ao povo dizendo: Ouvi a minha voz, assim serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; e segui adiante por todo o caminho que eu vos indicar para serdes felizes. 24Mas eles não ouviram e não prestaram atenção; ao contrário, seguindo as más inclinações do coração, andaram para trás e não para a frente, 25desde o dia em que seus pais saíram do Egito até ao dia de hoje. A todos enviei meus servos, os profetas, e enviei-os cada dia, começando bem cedo; 26mas não ouviram e não prestaram atenção; ao contrário, obstinaram-se no erro, procedendo ainda pior que seus pais. 27Se falares todas essas coisas, eles não te escutarão, e, se os chamares, não te darão resposta. 28Dirás, então: 'Esta é a nação que não escutou a voz do Senhor, seu Deus, e não aceitou correção. Sua fé morreu, foi arrancada de sua boca'".

 

Salmo
94 (95), 1-2.6-7.8-9 (R/. 8)
OXALÁ OUVÍSSEIS HOJE A VOZ DO SENHOR: NÃO 
FECHEIS OS VOSSOS CORAÇÕES

Vinde, exultemos de alegria no Senhor, aclamemos o rochedo que nos salva! Ao seu encontro caminhemos com louvores, e com cantos de alegria o celebremos!

Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! Porque ele é o nosso Deus, nosso pastor, e nós somos o seu povo e seu rebanho, as ovelhas que conduz com sua mão.

Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: "Não fecheis os corações como em Meriba, como em Massa, no deserto, aquele dia, em que outrora vossos pais me provocaram, apesar de terem visto as minhas obras".

 

Evangelho
Lc 11, 14-23
SER FIEL A ALIANÇA QUE DEUS SELEOU CONOSCO 
POR MEIO DE CRISTO

Naquele tempo, 14Jesus estava expulsando um demônio que era mudo. Quando o demônio saiu, o mudo começou a falar, e as multidões ficaram admiradas. 15Mas alguns disseram: "E por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios". 16Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu. 17Mas, conhecendo seus pensamentos, Jesus disse-lhes: "Todo reino dividido contra si mesmo será destruído; e cairá uma casa por cima da outra. 18Ora, se até satanás está dividido contra si mesmo, como poderá sobreviver o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que eu expulso os demônios. 19Se é por meio de Belzebu que eu expulso demônios, vossos filhos os expulsam por meio de quem? Por isso, eles mesmos serão vossos juizes. 20Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o reino de Deus. 21Quando um homem forte e bem armado guarda a própria casa, seus bens estão seguros. 22Mas, quando chega um homem mais forte do que ele, vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava, e reparte o que

Comentando o Evangelho(*)
O REINO ESTÁ ENTRE NÓS

A presença do Reino de Deus na história da humanidade revelava-se no poder de Jesus de expulsar os demônios, libertando todo ser humano desse poder opressor. Essa libertação significava a retomada do senhorio de Deus na vida de quem era dominado pelo maligno, possibilitando-lhe, novamente, a vivência do amor e da solidariedade.

Jesus personificava o Reino de Deus na medida em que estava todo centrado no Pai, cujas obras buscava realizar. Em suas ações, revelava-se "o dedo de Deus" na vida de tantas pessoas privadas de sua dignidade.

Contudo, isto não era evidente! Só quem estava sintonizado com Jesus tinha condições de perceber Deus agindo por meio dele. Caso contrário, corria-se o risco de interpretá-lo mal e fazê-lo objeto de falsas acusações.

Foi o que aconteceu quando o acusaram de agir com o poder de Belzebu, o chefe dos demônios. Ou quando exigiam dele sinais sempre mais mirabolantes, como prova da autenticidade do seu messianismo.

O fato de ser incompreendido não impedia Jesus de seguir adiante. Movia-o somente a consciência de dever ser fiel ao Pai. Por isso, não cessava de dar testemunho do amor que Deus derramava sobre a humanidade.

 

(*) Jaldemir Vitório é sacerdote jesuíta, professor das Sagrada Escritura no Centro de Estudos Superiores, em Belo Horizonte, MG. Este comentário foi extraído do livro O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1998

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